Capítulo 02

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Senti um cobertor macio sobre meu corpo, um cheiro maravilhoso de lavanda, flores-do-campo, um lugar que sempre desejei visitar

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Senti um cobertor macio sobre meu corpo, um cheiro maravilhoso de lavanda, flores-do-campo, um lugar que sempre desejei visitar. Por alguns segundos, vi apenas um borrão enquanto abria meus olhos, meus olhos finalmente focaram nos móveis ao redor da cama em que estou confortavelmente deitada.

— Que lugar é esse? Esse quarto... - Pensei comigo enquanto as memórias lentamente apareciam para mim, virei o pescoço para a penteadeira e uma dor surgiu ali. - Ahhh! - Toquei meu pescoço dolorido, estava com um curativo de algodão, muito bem feito.

Puxei meu cabelo para trás do ombro e observei atentamente no espelho da penteadeira, ainda estava com meu uniforme preto e vermelho, isso é bom, ninguém deve ter mexido comigo...

Aquela pessoa assustadora de antes apareceu nas minhas lembranças, ele era uma pessoa bonita, embora os olhos vermelhos tenham me assustado, no fim a única coisa que ele fez comigo, aparentemente, foi me morder.

Se estou viva, isso significa que fui alguém que atendeu as expectativas daquele sujeito? Espero que ele não planeje me machucar novamente... Quero apenas, ir para casa, falar com a minha tia e pensar em uma forma de nos darmos bem, vou trabalhar duro para ajudá-la, independente de qualquer trabalho terrível que eu arrumar.

Pensar nisso me deixa triste, sempre pensei que continuaria estudando, e saber que isso acabou, porque não fui boa o bastante para passar na prova, me deixa com um sentimento horrível de frustração no peito, eu queria tanto poder continuar... O meu sonho, aquele sonho bobo que riram uma vez, ainda mexe comigo, é o que eu desejo... Mas agora, eu nunca vou tê-lo, nunca vou realizar... Mamãe, papai... Eu falhei!

Então escutei a maçaneta da porta se abrir, esteve aberta esse tempo todo? Fui boba de não ter ido conferir. Então vi aqueles sapatos de boneca, pretos, meias brancas até o tornozelo. Uma empregada entrou, tinha cabelos negros, olhos castanhos, uma marcação na mão, era uma mestiça com roupas de empregada doméstica, branco e preto. Algo me dizia que ela usou roupas como essa a sua vida toda.

Ao contrário da maioria das pessoas, não tenho problema nenhum com os mestiços, eles sofrem tanto quanto nós, nesse mundo terrível e injusto.

— Bom dia, fico contente que esteja acordada. - Aquela mulher jovem tinha uma feição gentil, lábios levemente curvados. Ela adentrou no quarto e fechou a porta.

— Quem é você? - Perguntei hesitante.

— Sou uma das empregadas dessa mansão, me chamo Toky... E estou aqui para ver como você está.

— Eu sou a Mirai... O que está acontecendo? Eu... Posso ir embora daqui?

— Primeiro há uma pessoa que quer falar com você, antes de decidir ir...

— Uma pessoa? Aquele homem assustador de antes?

— Aquele Homem é o meu lorde, dono dessa mansão... E não é ele quem vai falar com você... - Ela deu um passou na minha direção, se aproximando.

Flor de Sangue! - NOVELOnde histórias criam vida. Descubra agora