— Ai, meu Deus — acabei com a mínima distância que tinha entre nós e o abracei.
A gente só percebe que sente falta das pessoas, quando reencontramos ela, percebi isso agora quando abracei Oliver. Sempre foi um dos meus lugares favoritos independente da situação, Oliver sempre entendeu minhas loucuras, então era sempre a primeira pessoas que eu recorria.
Nesse momento, estou chorando feito um bebê, e estou dando graças a Deus por não vir com tanta maquiagem hoje.
— Pare de chorar, está parecendo um bebê — ele disse rindo com as mãos no meu rosto secando minhas lagrimas — ouvi dizer que tem bastante trabalho para mim aqui.
— Olie, tanto tempo sem te ver, claro que vou ficar como um bebê chorando! — disse dando um leve tapa em seu braço que agora está bem mais forte — e sim, tem bastante trabalho para você.
Minutos depois, minha chefe apresentou Oliver para todos os funcionários e aproveitou para fazer uma reunião de última hora.
— Como posso ver, vocês já se conhecem — minha chefe veio em nossa direção com o sorriso de sempre no rosto — Pode levar ele até a sala dele, Zoe?
— Claro chefe, Vamos Oliver?
Ele se despediu do pessoal e fomos andando para o elevador sem trocarmos uma palavra. Eu me sentia como se tivesse 15 anos novamente, mãos transpirando, nervosismo, coração batendo forte. O que ta acontecendo comigo?
— Você... Está bem? — Oliver perguntou analisando meu rosto.
— Estou, estou sim, ta tudo bem.
— Por que está nervosa assim?
— Eu não estou nervosa ta.
— Esta sim — ele disse com o sorriso sínico de sempre.
— Não estou não ta, só estou com... calor, é, calor.
Assim que as portas do elevador se abriu, saí rapidamente de dentro do elevador indo em direção à porta da minha sala.
— Pode vir pegar seus papeis antes de irmos para sua sala, é bom que as caixas estão em cima do — quando me virei, ele estava perto demais — você está... está perto demais.
— Você não reclamava quando eu fazia isso antigamente.
— Mas agora estamos no trabalho — o empurrei de leve e peguei a chave — Vamos.
A sala dele estava com umas caixas que deduzi ser coisas dele, após pôr o carrinho com as caixas dele lá dentro, vi uma porta retrato com uma foto dele e de uma mulher — que na minha visão — não é bonita.
— Quem é ela?
— Ela é... Podemos conversar depois do trabalho?
— Claro, podemos sim. Qualquer coisa pode me chamar.
— Tudo bem.
𝒩ℴ 𝒽ℴ𝓇𝒶́𝓇𝒾ℴ 𝒹ℯ 𝒾𝓇 ℯ𝓂𝒷ℴ𝓇𝒶...
— Não aguento mais essa merda de papéis, não acaba nunca?
Bebi a última gota de café e fui olhar o horário, já eram 21 h. Terminei o que tinha que resolver no computador e comecei a arrumar minhas coisas, pus meu Louboutin Escarlate nos pés e peguei minha bolsa. Assim que puxei as cortinas, escutei duas batidas na porta.
— Quem deve ser a essa hora? — quando abri a porta, dei de cara com Oliver com seu blazer na mão, só assim, pude ver o tamanho do seu bíceps — Oh, oi, Oliver.
— Oi, linda, podemos ir?
— Pode me esperar lá em baixo? Só estou terminando de pegar minhas coisas.
— Claro, te espero lá em baixo.
Assim que ele saiu das minhas vistas, corri para o armário e peguei minha bolsinha de maquiagem reserva e fui para o banheiro. Retoquei a maquiagem e dei uma molhada no cabelo.
— Cacheadas sofrem!
Depois de por tudo no lugar, peguei minhas coisas e fui em direção ao elevador, por algum motivo desconhecido por mim, eu estava nervosa, parecia ser a primeira vez que via Oliver, ou que saia com ele. Mas era compreensível, não o via há 5 anos. Porem, tinha uma coisa que não saia da minha cabeça, quem era aquela mulher?
Quando cheguei lá em baixo, vi ele apoiado em uma moto discutindo com alguém no telefone.
— Para de me controlar, Helena, chega. — ele desligou a chamada e passou a mão no cabelo.
— Ei... Esta tudo bem?
— Oi linda, esta sim, podemos ir?
Suas bochechas estavam avermelhadas, ele sempre fica assim quando esta com raiva. Suas mãos estavam fechadas, prontas para socar algo, e seu lábio inferior estava entre os dentes. Deixei um leve carinho em seu braço e fui para o meu carro, como não sabia onde iriamos, apenas segui sua moto.
Ele parou a moto em frente a uma cafeteria, parecida com a que tem onde morávamos, depois que ele parou, estacionei meu carro e logo depois fui em direção à cafeteria. Nos sentamos em uma mesa perto da janela e fizemos nossos pedidos.
— E aí Olie, como vai à vida?
— Desde que você foi embora? Um caos. — Suas mãos foram em direção ao seu cabelo, os jogando para trás novamente — Quando fiz 20 anos, meu pai fechou um contrato com um cara lá, mas para isso eu teria que me casar com a filha dele, a Helena. Desde o início, fui contra isso, mas meu pai me disse que sabia onde você estava e te faria mal se eu não aceitasse.
— Mas o que tenho a ver com isso?
— Ele sabe que gosto de você linda, sabia que se tocasse no seu nome, eu faria o que ele quisesse, e eu fiz. Ele me disse que depois de 2 anos, eu poderia terminar esse casamento, mas ela não quer aceitar o divórcio, não me deixa em paz por um momento, quer porque quer ter um filho, mas eu não quero nada com ela. A insistência dela me irrita, da vontade de sumir.
— Eeeei, se acalma, não vamos falar sobre isso okay? — tirei um fio de cabelo do seu rosto, o colocando para cima — Tirando essa parte, como tem sido tudo?
— Adotei um cachorro depois que você se foi, o nome dele é Martins.
— É o meu sobrenome!?
— Sim—ele deu uma risada gostosa, que me fez rir também — estava sentindo sua falta, e quando vi ele na rua, seu nome foi a primeira coisa que veio na minha cabeça, ai, coloquei seu sobrenome.
A conversa rendeu bastante, nos atualizamos de tudo, comemos, rimos, choramos também, e só ali percebi quanta falta eu sentia de Oliver, a cada risada que ele dava, meu coração ficava acelerado, cada toque dele em mim me arrepiava. Muitas coisas eu não precisava dizer para ele, meu corpo e minhas ações diziam tudo. Estava tão entretida, que quando reparei já eram 23:00 h.
— Olie, já são 23:00hrs, está tarde— ele olhou no relógio e fez uma careta, pegou a carteira e o capacete e foi pagar- está chovendo, quer que eu te deixe me casa?
— Não precisa linda, vou de moto mesmo.
— Não Não, está chovendo, é perigoso.
— Ta bom mulher, vou deixar a moto em frente a empresa e a gente vai.
Fui com ele até a empresa e depois fomos para a casa dele, como ficava um pouco afastada da empresa, demorou um pouco mais de 1hr até chegar, nesse tempo ficamos cantando Die For You, uma das musicas favoritas em comum que temos.
— Bom, acho que chegamos.— disse retirando meu cinto e virando em direção a ele— sorte que minha casa é perto daqui.
— desculpa te dar trabalho linda.
— Voê não me da trabalho Olie, nunca. Nos vemos amanhã?
— Graças a Deus, sim. Boa noite linda, mais tarde te ligo.
— Estarei esperando, Boa noite Olie.
![](https://img.wattpad.com/cover/357943634-288-k205031.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fique Comigo
Fiksi PenggemarZoe Martínez, tem 22 anos e trabalha em uma empresa de administração como gerente. Não se dá muito bem com sua família, apenas com seu irmão Zayn. Ela tinha um melhor amigo no ensino médio, estavam sempre juntos e raramente se separavam. Porem, com...