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𝐎𝐋𝐈𝐕𝐈𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐑𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 conseguia conter sua felicidade por todas as coisas boas que estavam acontecendo na sua vida; ela havia conseguido abrir sua própria loja e estava tendo todo o sucesso que sempre d...
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As minhas malas já estavam prontas juntamente a toda minha ansiedade e nervosismo, eu realmente irei retornar para Barcelona depois de meses distante. Stella me ajudou a resolver e organizar a loja, eu realmente perdi muito dinheiro, mas eu tenho certeza de que isso foi o melhor para as minhas filhas e até mesmo para mim. Meu pai, me ajudou a fazer um novo visto, agora é aprender com o meu erro e não deixá-lo mais vencer.
Como será que Pablo vai reagir com a notícia? Será que ele vai ficar feliz em saber que será pai de duas meninas? Será que ele vai me odiar por não ter contado antes? E a família dele? Será que vão achar que é mais um golpe?
São tantas interrogações que se formam na minha cabeça, mas eu não posso mais fugir e me esconder, agora preciso colher a consequência dos meus atos. Mesmo que eu e o Pablo não dermos mais certo, ele merece ter a oportunidade de ser um pai para nossas filhas.
Minha amiga e o meu pai me ajudaram a descer com as malas e guardá-las no carro, fomos na direção do aeroporto, enquanto eu me despedia e os agradecia por tudo. Sou extremamente grata pelo quando eles me ajudaram aqui no Brasil.
─ Aí amiga, estou torcendo tanto para que vocês consigam se resolver. E eu quero receber notícias todos os dias das minhas sobrinhas, tá ouvindo? ─ Ela perguntou e eu assenti sorrindo, logo nos juntamos em um abraço.
─ Eu queria tanto poder passar mais tempo com você, minha Oli. Mas eu espero que dê tudo certo lá. Cuida bem das nossas princesas. No nascimento delas eu vou visitar vocês. ─ Ele prometeu.
─ Vá sim, e leve a Maisa com você. ─ Disse me referindo a sua esposa. ─ Eu te amo, pai.
Estou tão feliz por ter reencontrado o meu pai, ele é um homem incrível, fico triste por não ter tido a chance de ter contato com ele, mas entendo perfeitamente que não foi por culpa dele e sou grata por tudo que ele fez por mim enquanto estivermos juntos.
─ Muito obrigada por tudo, amo vocês! ─ Me despedir deles e fui pegar o meu voo.
•••
Abri os olhos assustada quando ouvi às recomendações no avião informando que estávamos prestes a pousar. Peguei meu casaco e assim que sair daquele avião já era por volta das cinco horas da tarde. Mandei mensagem para Louise avisando que eu já havia chegando em Barcelona, depois daquela ligação eu não mais falei com o Pablo, a ruiva me disse que ele estava fazendo uma fisioterapia intensiva e eu também não queria atrapalha-ló. Então foi com Louise que eu conversei e organizei a minha volta.
Sequer com meu melhor amigo, eu consegui falar, simplesmente não sei como agir depois de tanto tempo longe. Quando eu confessei a Louise o medo que eu estava do meu reencontro com Pablo e o motivo disso, ela disse que caso fosse necessário, eu poderia ficar na casa dela e de Pedri.
Porém, tudo depende de como as coisas vão acontecer. Eu tomei o controle das coisas por um tempo e tudo acabou se tornando uma bagunça, agora eu vou deixar que Pablo decida como quer seguir. Acho que ele merece isso.
Peguei as minhas malas e chamei por um táxi, lhe dei o endereço que Louise me passou de sua casa e assim que cheguei lá toquei a campainha. Estou nervosa, na verdade, eu acho que nervosismo foi a coisa que eu mais senti hoje.
A porta foi aberta logo me dando a visão de Pedri que tinha um sorriso imenso no rosto, eu não sabia o que falar, mas nem precisei, já que meu amigo me puxou para um abraço, me apertando toda.
─ Oli, quanto tempo... Eu já está quase morrendo de saudades. ─ Ele sorriu. ─ Como foi o tempo que passou no Brasil? Você está bem? Andou comendo direito? ─ Ele perguntou me checando como um irmão mais velho, e foi aí que ele viu a grande barriga que eu carrego.
Uma gargalhada me escapou pela expressão de choque que ele fez.
─ Isso é um... ─ Ele tentava procurar palavras para concluir sua pergunta.
─ Um bebê? ─ Disse e ele concordou. ─ Bom, na verdade são dois... ─ Eu disse baixinho como se estivesse confessando algo, e sua expressão foi mais engraçada ainda. ─ Bom, eu posso entrar? Estou ansiosa para conhecer minha afilhada.
Pedi e ele me deu licença para que eu adentrasse a casa, logo me deparei com Louise sentada no sofá e a com uma linda bebê em seus braços. Cheguei mais perto, admirando a coisinha fofa em seus braços, queria carrega-la mais estou suja de rua.
Cumprimentei Louise, ainda um pouco receosa, mesmo que tenhamos conversado por mensagens, nosso último encontro foi quando houve toda aquela confusão na casa dos Gavira.
─ Amor, você não está vendo isso, não? ─ Pedri perguntou a esposa, chocado pelo fato dela não fazer nenhuma expressão surpresa ao ver minha barriga.
─ Esse barrigão lindo? Estou sim! ─ Louise sorriu se esticando para alisar minha barriga.
─ E como você não está chocada com isso? ─ Pedri perguntou, como se fosse a coisa mais inacreditável do mundo.
─ Uai, você não é o único que pode guardar segredos da Olívia. ─ Ela disse me arrancando uma gargalhada.
Revê os meus amigos foi ainda melhor do que eu imaginei, pude carregar Maitê nos meus braços, me sentindo feliz por não perder mais nenhum momento da vida dela. Minha afilhada é tão linda e puxou os traços do pai, tirando os olhos, que são todos da mãe.
─ Você está pronta para revê-lo? ─ Louise perguntou, se referindo a Pablo.
─ Pronta não, mas ansiosa com certeza. ─ Admiti.
─ E ele sabe da gravidez? ─ Pedri perguntou e eu neguei com cabeça. ─ Olivia do céu... ─ Ele disse em choque.
─ O que importa é que ele vai saber agora e eu tenho certeza que vai ficar muito feliz em te rever e saber da novidade. ─ A ruiva garantiu.
Tudo o que eu mais quero é acreditar nas palavras de Louise e espero que elas se concretizem. Daqui a alguns minutos eu vou rever Pablo, o meu verdadeiro amor, e meu coração não cabe no peito de tanta emoção e ansiedade.
