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𝐎𝐋𝐈𝐕𝐈𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐑𝐎 𝐍𝐀̃𝐎 conseguia conter sua felicidade por todas as coisas boas que estavam acontecendo na sua vida; ela havia conseguido abrir sua própria loja e estava tendo todo o sucesso que sempre d...
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Tínhamos a importantíssima missão de ir até o departamento de imigração com os documentos e com a data do casamento para que Enrico ficasse ciente da nossa situação.
Felizmente, eu não estava tão nervosa quanto a primeira vez, afinal, já não é mais necessário fingir que estamos apaixonados, pois de fato estamos.
Entramos no prédio de mãos dadas e com aquele sorriso enorme no rosto, a secretária nos encaminhou até a sala de Enrico, que quando nos avistou, deu um largo sorriso e caminhou em nossa direção para nos cumprimentar.
─ Olá, casal! ─ Disse antes de fechar a porta da sua sala, nós o cumprimentamos de volta.
─ Aqui estão os papéis que você pediu que trouxessemos após marcamos a data do casamento. ─ Pablo disse colocando uma pasta sobre a mesa, Enrico concordou dando uma olhada na papelada.
─ Olha só, o casamento será em maio, o mês das noivas. ─ Ele sorriu olhando pra mim.
─ Sim, para ser ainda mais especial! ─ Respondi sorrindo.
─ Vamos ver se está tudo certinho... ─ Ele disse checando nossos documentos. ─ Como foi o pedido de casamento? ─ Perguntou ainda distraído com papéis.
─ Foi perfeito! Pablo organizou um jantar surpresa com os nossos amigos na casa dele e me fez o pedido. ─ Disse olhando pro moreno que sorria levemente.
─ Queria algo mais íntimo, apenas com as pessoas do nosso cotidiano. ─ Pablo explicou.
─ Eu já havia encaminhado sua situação, então um oficial do departamento estará presente na cerimônia.
Enrico explicou e em seguida olhou pra nós, assentimos a tudo que ele falava.
─ Depois do casamento você terá que retornar até aqui para pegar o seu novo visto, Olivia. Nele irá haver o estado civil e tudo mais... ─ Explicou e eu assenti prontamente.
─ Enrico, eu queria saber se seria possível a Olivia viajar comigo no meio do mês? É que eu terei um jogo fora do país e quero muito que ela vá comigo. ─ Pablo perguntou.
─ Olha, ela pode viajar tranquilamente no aeroporto, mas para evitar constrangimentos sobre o visto...
─ Vou levá-la no jatinho particular. ─ Pablo deduziu e Enrico assentiu rindo.
─ Excelente escolha, Sr. Gavi. ─ Ele disse. ─ Então é isso, desejo felicidades ao casal.
•••
Assim que deixamos o local, conversamos sobre a organização do casamento, Pablo me contou que a mãe dele se ofereceu a nos ajudar a organizar tudo, o que é perfeito, já que como a Sara voltou para a Alemanha, eu não tenho mais sua ajuda por perto.
Resolvemos boa parte das coisas que tínhamos pendente e depois fomos para o meu apartamento, logo na entrada eu avistei Marco, certamente a minha espera, pude perceber Gavi revirar os olhos assim que o viu.
─ O que ele está fazendo aqui de novo? ─ Perguntou.
─ Eu não sei...
─ E o que ele veio fazer aqui naquela noite?
─ Ele disse que estava de férias e que passou para me visitar. ─ Respondi e Pablo estacionou o carro.
─ Vamos ver o que esse babaca quer. ─ Ele disse abrindo a porta do veículo, desci correndo atrás dele, antes que o mesmo fizesse alguma besteira, porém ele parou no meio da calçada e pegou em minha mão, caminhando comigo até a entrada do prédio.
Quando Marco nos avistou se aproximou tocando meu braço.
─ Olivia, eu preciso falar com você. ─ Ele disse e eu me virei em sua direção.
─ Oi, Marco!
─ Então você está mesmo namorando o Pablo Gavi. ─ Ele disse após notar nossas mãos grudadas.
─ Noiva, pra ser mais exata! ─ Respondi e ele sorriu.
─ Achou outro cara pro seu plano?
─ Não, na verdade já resolvi aquela situação. ─ Menti, certamente é mais seguro assim.
─ Então está dando um golpe no jogardorzinho rico. ─ Ele debochou.
─ Qual o seu problema, cara? ─ Pablo perguntou com o cenho franzido.
─ Eu não tenho nenhum, mas a sua noiva só está lhe usando para não ser deportada; da mesma forma que ela iria fazer comigo. ─ Marco respondeu e Pablo soltou a minha mão, dando um passo a frente.
─ Eu conheço bem o seu tipinho, Marco. Sei que você está prestando a esse papel ridículo pois está arrependido.
─ Arrependido? ─ Ele riu em desdém.
─ É isso mesmo, você sabe o que perdeu e voltou achando que poderia conseguir de volta, mas uma atitude idiota como a sua não tem desculpa. Até porquê, agora ela irá se casar comigo e eu vou tratar de fazê-la muito mais feliz do que você faria.
Pablo disse com um sorriso sacana nos lábios, em completo deboche.
─ Vem, amor! Vamos subir. ─ Disse o puxando pelo braço.
─ Isso não vai ficar assim, tá ouvindo? ─ Marco gritou quando atravessamos o portão.
Dentro do elevador, pude perceber o moreno passar a língua no interior da bochecha, sabia que o mesmo estava tentando controlar sua raiva; sorri de canto, confesso que gostei da forma como ele me defendeu, sua postura séria e ao mesmo tempo debochada.
Assim que adentramos o meu apartamento, o moreno tirou o tênis e se jogou no sofá deitando no mesmo.
─ Que filho da puta, não acredito que ele ainda teve a cara de pau de vir aqui lhe encher o saco, depois do que fez. ─ Pablo esbravejou, o semblante raivoso ainda era presente em seu rosto.
─ Esquece isso, amor. ─ Disse tirando o salto e caminhei em sua direção. ─ Vamos tomar um banho e depois jantar. ─ Sugerir sentando sobre seu quadril. ─ Ele não vai estragar nossa noite, certo?
Gavi assentiu sorrindo, e então, fizemos como combinado, tomamos banho e logo depois pedimos um jantar.
A melhor maneira de terminar a noite era sem sombra de dúvidas agarradinha com Pablo no sofá vendo um filme idiota.
De fato, eu estava preocupada com o que Marco poderia fazer, afinal, ele sabe do plano, mas só em olhar o jeito sereno do jogador ao meu lado, concentrado no filme enquanto faz um cafune em meu cabelo, todo e qualquer medo parece desaparecer; Pablo Gavi é a minha calmaria.
