Fisioterapeuta - Richard Rios

6 meses

Mylene point of view
SÃO PAULO — Brasil

Estamos no almoço com o pessoal do palmeiras, pra ser mais específica os nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiras e o treinador, Abel. Confesso que estou um pouco desconfortável.
Espero que meu lado atriz consiga disfarçar isso.

Abel, se levanta recebendo a atenção de todos na mesa.

—— Um minuto de sua atenção. —— Todos olham para o Português.

—— Além de lindo, tem um sotaque que puta que pariu. —— Ed se abana com as mãos.

—— Deixa de ser piranha! —— dou um leve tapa em sua mão

—— Quero primeiramente agradecer a todos por terem vindo aqui hoje. E queria dizer que estou muito feliz de saber que ainda vamos ser amigos de trabalho por algum tempo. —— ele se refere a outras pessoas que estão na mesa. —— E tô muito feliz de saber que vou ter novos amigos de trabalho. —— Abel olha para mim e Ed. —— Bem vindos! —— Ele abre um sorriso seguido de palmas das pessoas, e vem na minha direção e de Ed para um abraço.

(...)

—— Oi pai, benção? —— Assim que chego em casa resolvo ligar para meus pais e contar da novidade.

—— Oi Myh. Deus te dê saúde!

—— Eae cachorra! —— minha irmã mais nova, Mariana, fala.

—— Oxe, oque que essa vagabunda tá fazendo aí? Não era pra você tá na escola?

—— Estou em semana de prova lesada. Saí mais cedo.

—— Cadê a mãe?

—— Tá no shopping, estamos indo encontrar ela agora.

—— Tenho uma novidade pra contar pra vocês.. —— tento fazer um suspense.

—— Tá prenha! —— Mari afirma. —— Eu falei pai. Bem que eu tava achando ela anêmica.

—— OQUE?! Eu tô anêmica? —— vou na frente do espelho e analiso meu rosto.

—— Tá grávida não? —— a mais nova pergunta e eu discordo. —— Então tá namorando?! DESENCALHOU AEE!

—— Mariana! —— a repreendo —— Deixa eu terminar de contar.

—— Chata!

—— Eu vou trabalhar no Palmeiras. —— falo de uma vez.

—— PAI! —— Escuto Mariana gritar e um barulho de freio.

—— Você oque? —— meu pai fala novamente. —— me dá esse telefone aqui. —— ele fala com a Mari que está xingando horrores

—— Oque foi? Tá tudo bem?! —— pergunto preocupada.

—— O pai! Ou melhor você, quase mata o pai que quase me mata. Freiou de uma vez. —— escuto voz de Mari um pouco distante.

—— Você vai trabalhar no Palmeiras? —— meu pai pergunta calmo. Estranho.

—— É... Mas só por 6 meses. —— escuto meu pai respirar fundo.

Meu pai é fanático pelo Flamengo.
Imagino que tenha sido uma surpresa gigantesca receber isso.

—— Que bom minha filha.. —— rio porque sei que ele está tentando ser o mais compreensível possível. —— Faça oque você faz de melhor. Orgulho de você.

—— Obrigada pelo apoio. E desculpa por quase matar vocês.

—— Meu Deus, você vai ver o Endrik, você vai poder tocar nele. —— escuto sua voz com mais clareza. Acredito que pegou de volta o celular da mão do pai. —— Esqueci que o pai tá aqui. —— ela solta uma risada sem graça. —— Quase me fuzilou com os olhos.

Converso por mais um tempo com o pai e a Mari, mas logo desligo pois tenho que organizar meu apartamento.

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