001, queda do céu

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Os olhos verdes da garota observava o céu com seu tom de azul claro e sua nuvens branquinhas, enquanto sua mãe a espremia em um abraço apertado. Ela não reclamou apesar de não gostar muito de contato físico , mas permitia para agradar á ela, apenas para vê um dos seus sorrisos doces e ingênuos. Florence possuía o cabelo da junção de um café com leite com leve ondas e a pele clara e macia, assim como a mais velha. Já seu irmão, Elliot, era do mesmo jeito já que haviam nascidos gêmeos, entretanto ela era a mais velha por um pequeno período de tempo.

Os olhos de joia de esmeralda, o maxilar marcado e o jeito inquieto vieram do pai, que bagunçava o cabelo do filho como um ato de despedida. Os dois iriam fazer uma viagem em um navio no alto mar por alguns meses, deixando os dois adolescentes sobre os cuidados da governanta da família. Que era uma senhora de idade, com o cabelo loiro brilhante acompanhado por muitos fios grisalhos, de altura baixa e um forte sotaque alemão.

— Não se preocupem, queridos — a mãe acariciou o rosto dos dois filhos— O tempo passa muito rápido.

— Isso é verdade, crianças— o pai se aproximou e abraçou a esposa por trás depositando seu queixo no ombro dela.

— Tem certeza que precisam ir?— Elliot cruzou os braços, com seus olhos brilhando como se ainda fosse uma criança prestes á chorar— È capaz da Florence fazer uma revolução em Londres ou até mesmo na Inglaterra inteira.

— Isso é bem provável— o mais velho riu— Mas a cachinhos é uma boa garota, não é?— ele sorriu para a filha.

Florence deu um sorriso desajeitado e assentiu com um aceno de cabeça, se tornando forte e engolindo as lágrimas que queriam sair á tona. Ela era do tipo que odiava demonstrar fraqueza e chorar só por que os pais iriam passar um tempo longe, era totalmente idiotice. Seu irmão se aproximou dela timidamente e segurou sua mão, apertando-a levemente. Ao contrário da irmã, Elliot era sensível e não se importava de demonstrar seu lado vulnerável.

Os La Rey mais velhos depositaram um beijo no topo da cabeça de cada um dos filhos e se afastaram para finalmente subir no navio. Florence e Elliot logo sentiram seus ombros pesarem e se viraram olhando para a governanta, que sorria gentilmente para os dois.

— Senhora Frank— os gêmeos falaram em coro e acenaram com a cabeça, em forma de respeito.

— Vamos senhor e senhorita La Rey— ela depositou as palmas de suas mãos gordinhas nas costas dos dois, os empurrando levemente— Tem biscoitos e leite quentinho esperando por vocês em casa.

Os irmão deram uma última olhada na enorme estrutura metálica que em breve partiria pelo mar, e um adeus surgiu silenciosamente em suas mentes, enquanto viraram-se para a carruagem e adentraram nela com suas posturas perfeitas e reprimindo a saudade em seus corações. Um La Rey é forte. Não se pode ser derrotados por mero sentimentos.

Florence sabia que o tempo havia passado deste que viu seus pais pela última vez, o verão havia indo embora sendo substituído pelo gélido ar do outono. As folha esverdeadas das diversas árvores que arrodeavam a casa dos La Rey, tinham se tornado amarelas e laranjas, caindo dos galhos deixando eles nus. Ela não poderia enviar nenhuma carta, mas mesmo assim escreveu várias e as escondeu em um compartimento escondido em sua caixa de música. 

A La Rey sempre obteve essa sua paixão pela escrita, escrevia de tudo, desde os mundos malucos e fantasiosos que surgiam em sua mente aos acontecimentos realistas em sua vida e no país que nasceu. Nunca mostrou esse talento á ninguém fora seus pais e irmão, o mundo era estranho e julgador, principalmente quando você nasce mulher. A uma lista de coisas repletas de expectativas sobre as mulheres, padrões que se uma mulher quebra é condenada e Florence iria quebrar isso, ela foi educada para a elegância, mesmo que no fundo havia uma pontada de rebeldia.

Ela terminou de selar a carta que havia escrito naquele dia e guardou no compartimento, havia gastado seu último pote de tinta e sua última folha para isso, poderia ficar sem esse requisitos mas nunca pararia de escrever. Logo após desceu as escadas ás pressas, para o chá da tarde que nunca poderia ser desrespeitado, e a senhora Frank fazia questão que Florence e Elliot comparecesse. Os dois irmãos sentara-se nas cadeiras lado a lado, serviram-se do chá quente e biscoitos como verdadeiros ricos constituídos pela elegância e educação, mesmo sem a presença da governanta.

— O que você acha que aconteceu? —  Edgar depositou sua xícara de volta ao pires e encarou sua irmã.

— Sobre o que? — ela o olhou nos olhos, tomando outro gole do líquido quente.

— A ausência da senhora Frank.

—  Não deve ser nada —  Florence deu de ombro e observou a fonte de água repleta de flores com sua coloração de outono. 

— Ela nunca se atrasa —  ele disse contorcendo seu dedos, era visível que estava nervoso.

Florence suspirou e logo avistou sua governanta andar em direção á eles, seu semblante que sempre era muito vívido e alegre estava coberto por uma expressão silenciosa, prestes á contar uma noticia ruim. E foi isso que aconteceu. Enquanto, a garota observava a mulher incrédula com as palavras que saía de sua boca, sentia o aperto da mão de Elliot em seu braço que logo a puxou para uma abraço. Seus pais estavam sendo declarados mortos.

O navio havia desaparecido em meio ao mar pacífico uma semana depois de ter partido do porto de Londres, havia tido diversas buscas á procura da tripulação e das milhares pessoas que estavam embarcadas no navio. Os meses se passaram e as únicas pistas que apareceram era os pedaços metálicos da estrutura do navio, fazendo as autoridades declararem todos mortos. Orfãos. Era isso que Florence e Elliot La Rey haviam se tornando naquela tarde de outono, a desgraça havia chegado para eles e esfriou seus chás com um só sopro, mostrando que de agora em diante ela os perseguiriam com sua aura assombrosa e não largaria por nada.

 Era isso que Florence e Elliot La Rey haviam se tornando naquela tarde de outono, a desgraça havia chegado para eles e esfriou seus chás com um só sopro, mostrando que de agora em diante ela os perseguiriam com sua aura assombrosa e não largaria ...

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🦋. Primeiro capítulo
dessa obra, espero
que goste.

🦋. desculpe por qualquer
erro na escrita e por não
ter postado o capítulo no
dia em que promete,
acabei tendo um imprevisto.

🦋. não seja um leitor
fantasma, por favor.

🦋. obrigado por
sua leitura. 

Bjs do Darling ☆

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Bjs do Darling ☆

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⏰ Última atualização: Jun 18 ⏰

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𝐵𝑅𝐼𝒮𝒯𝐻 𝒞𝐻𝒜𝑅𝑀, Gilbert BlytheOnde histórias criam vida. Descubra agora