𝐁𝐑𝐔𝐓𝐀𝐋, 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐊𝐀𝐈 [REVISÃO]

𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐨

𝐍𝐞𝐫𝐝𝐬.

Charlotte já estava na casa de Samantha há algumas horas, sentada na borda da piscina, os pés balançando na água, enquanto as outras meninas riam das palhaçadas que faziam. Ela se mantinha envolvida o suficiente para não parecer deslocada, mas sua mente vagava. O grupo era divertido, mas ela nunca se sentia completamente à vontade.

— Você tava certa, isso é muito divertido — Sam disse, rindo para Yasmine, que parecia satisfeita com a aprovação.

— Eu e a Charlotte dissemos, Sam! É sempre melhor ser a dona da festa — Yasmine respondeu com confiança, levantando o copo de cerveja, como se estivesse sempre no controle. Charlotte, que até então estava quieta, apenas sorriso e deu de ombros, sem realmente querer se envolver na conversa.

A conversa logo se voltou para os garotos. Yasmine, com o tom provocador de sempre, não perdeu a oportunidade de comentar:

— E o Kyler tá te olhando o dia todo, Sam — disse, com um sorriso travesso. Todas as meninas olharam na direção de Kyler, que estava encostado perto da piscina, sorrindo para Samantha. Ao lado dele, estava Theo, o típico amigo que ficava à sombra, mas que não passava despercebido.

— E o Theo está te olhando também, viu, Char? — provocou Moon, tentando incluir Charlotte na dinâmica, mas sem muita reciprocidade. Charlotte levantou uma sobrancelha e lançou um olhar rápido na direção de Theo. Ele estava, de fato, olhando. Mas, ao invés de se sentir lisonjeada ou envergonhada, ela apenas deu um sorriso breve e um aceno, claramente mais por obrigação social do que por qualquer sentimento de atração.

— Legal — respondeu de forma indiferente, pegando seu copo e dando um gole, como se a informação não tivesse importância.

Moon, como sempre, logo perdeu o interesse na conversa e se levantou animada.

— Rory, pula de novo! Quero filmar pro meu canal! — exclamou, já com o celular em mãos, pronta para gravar.

Todos começaram a gritar, encorajando Rory a pular na piscina de novo, enquanto Charlotte observava de longe, mantendo uma distância segura da confusão. Ela preferia aquele canto mais calmo, longe do caos que o grupo sempre causava.