SEOKJINUma música latina tocava a toda altura, luzes coloridas e
corpos dançantes se esgueiravam ao meu lado, bêbados com a libido nas alturas. Estava servindo
a sétima dose de rum quando um homem alfa chegou: ele usava um terno caro e junto
a ele veio aquele cheiro. Deduzi que fosse o Lee, que havia chegado há pouco tempo acompanhado de Nanjy, que se trancou no escritório há um tempo atrás, pude notar pela minha visão periférica que Heejin foi atrás do alfa, como uma boa cachorrinha que era.Continuei com meu trabalho normalmente quando percebi olhares profundos em minha direção. Senti-me acanhado com a sensação, pois, diferente dos demais horários, aquele parecia bem ciente de seus atos.
- Garoto! ouvi uma voz masculina me chamar. - Dose tripla.
Era ele, Lee Jooheon.
- Noite difícil? perguntei casualmente.
- Você não faz ideia.
- Negócios ruins?
- Antes fosse. Eu levei um fora, um dos grandes!
- Nada está tão ruim que não possa ficar pior. ele riu.
- Você está certo. Trabalha aqui há muito tempo?
- Há quase um ano.
Ele ficou pensativo, então resolvi deixá-lo ali e dei continuidade ao meu trabalho. Um drink ali, uma dose de vodca aqui. Quando notei, já estava perto das quatro da manhã, e o Lee ainda estava sentado e bebia, ainda meio tristonho.
- Garoto do bar!
Aquela voz irritante soou muito alta e, como se já não bastasse seu chamado desprezível, seu corpo estava impregnado com o cheiro dele. Por mais bobo que seja,
meu lobo grunhiu inquieto.- S-sim? minha voz saiu falha.
- Prepara uma bebida bem docinha para mim, eu preciso repor as energias!
Assenti, começando a fazer um coquetel de frutas, talvez
para igualar ao aroma natural dela,não sei. Quando
a entreguei, ela provou e pareceu gostar, mesmo que minimamente.- É, até que está bonzinho. Melhore, se não quiser ir para
o olho da rua. - E ela, então, tomou mais um gole. - Sabe, você fede a maternidade, isso até explica seu corpo ser feinho. Depois que se tem
bebês, nada volta para o lugar. - Ela disse rindo, como se fossemos íntimos.Percebi que outras pessoas ouviam nossa conversa, ou melhor dizendo, seu monólogo de insultos, e
aquilo deixou-me constrangido. Meu rosto esquentou e quis me esconder em qualquer lugar
para que ninguém me visse.Heejin saiu resmungando o
quão cansada estava e que precisava urgentemente de um banho.- Sabe... - Havia esquecido que o alfa Lee estava ali também. - Não deveria deixar que falassem dessa maneira com você.
Durante toda minha vida não tive ninguém que ficasse ao meu lado, nem que dissessem palavras de conforto, então essa frase boba me deixou sem jeito.
- Você tem um filhote e isso não é motivo para vergonha e, se me permite dizer, também é um garoto bastante atraente, então não deixe que uma garota estúpida como ela te diga algo assim. Ela ainda vai quebrar a cara achando que o Kim realmente vai levá-la a sério.
- C-como sabe dela e o senhor Kim?
- Tsc, ela fede a ele e sexo, sem contar que não é difícil imaginar que ele vá foder qualquer um, até eu faço o mesmo. deu de ombros.
Ah... foi a última coisa que disse antes do Kim aparecer.
Não sei quando realmente comecei a reparar nele desse jeito, mas agora não consigo evitar. Ele está todo de preto, como de costume, sua camisa social estava com os primeiros botões abertos e seus cabelos um tanto compridos e bagunçados, dando um ar atraente e despojado.
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Heart of Glass (adaptação)
FanfictionA vida não foi justa com Kim Seokjin. Vivendo com um alfa abusivo e tendo um filhote pequeno para criar, o ômega passa a maior parte das suas noites atrás de um balcão de uma boate afim de sustentar a si e sua cria. Entretanto, sentimentos diversos...