Capítulo 3

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SEOKJIN

- Que porra é essa? Acha que eu sou o que?! Eu quero comida que preste nessa merda! Você acha o que, ômega imbecil?

Não eram nem nove da manhã e Hyungsik já estava gritando por alguma coisa. pelo café da manhã, por estar frio quando ele acorda ou então por que o meu filho chorou em algum momento durante a noite. Hoje é a primeira opção felizmente, pois tenho medo do que ele poderia fazer com meu pequeno caso esteja com raiva.

Diferente do que ele diz, meu filhote é muito calmo e bem comportado. O que me preocupa mesmo é ele ser um tanto pequeno para sua idade, porém estou ciente de que se deve a falta de uma presença alfa em seu dia a dia, já que Hyungsik faz de tudo para se manter longe e eu agradeço aos céus por isso.

Andei de um lado para o outro com Taemin nos meus braços, cobrindo-o com meu cheiro para que a presença irritadiça de Hyungsik não o afetasse.

-Que porra, Seokjin! É por isso que eu não fico nessa merda! Nem tratar seu homem você sabe! Eu deveria ir aí e te dar uma lição!

Engoli em seco com suas palavras. Na última vez que isso aconteceu, fiquei sem ar por um tempo devido ao soco no estômago, as marcas roxas ainda pintam minha pele daqueles golpes de uma semana atrás.

- Preciso sair daqui. murmurei comigo mesmo, abraçando ainda mais meu filhote.

Poucos minutos depois, ouvi a porta batendo com força e suspirei aliviado. Ele havia saído.

O quarto de Taemin é o mais completo e confortável possível: um amarelo claro cobria as paredes enquanto a cômoda, o guarda-roupa e o berço eram marrom, fora o cercadinho que havia ali para
ele brincar com segurança. É um cômodo pequeno, mas fiz tudo da melhor forma possível para que ele se sinta seguro aqui.

Coloquei-o no cercadinho e fui até o quarto onde eu dormia para pegar meu travesseiro e voltei para perto do meu filhote, deitando-me ali mesmo no chão.

[...]

Almocei acompanhado do meu bebê. Enquanto eu comia minha comida, ele dava conta de sua
papinha de verduras que eu havia feito.

-Faz aaah para o papai, meu amor.

O alfinha fez um aaah adorável e sacudiu seus bracinhos gordinhos quando lhe dei uma colherada com a papinha. Tudo o que ele faz
é fofo e adorável e me faz querer ter algo melhor na vida. Depois de alimentados,
peguei-o no colo para nos limpar e fui até o quarto pegar minha carteira e uma bolsa de fraldas. Iríamos às compras.

[...]

Todo meu dia foi agradável, Hyungsik não apareceu antes
das oito da noite e meu bebê já dormia.

- Hyungsik... - Ganhei sua atenção. - Estou indo trabalhar.

- A porcaria do seu filho já está dormindo? Por que eu não vou cuidar de ninguém!

Engoli todos os palavrões que quis soltar e mantive a calma.

- Taemin já está dormindo, só deve acordar pela manhã, mas logo estarei aqui.

- Tá, tá, tá, agora sai daqui logo que eu quero assistir TV!

A Heart Of Glass ficava em um bairro classe média de Seoul, então eu teria que pegar o metrô e um ônibus para chegar lá. O percurso era de, em média, quarenta e cinco minutos, isso se não houvesse nenhum atraso, mas graças a Luna hoje foi um desses dias. Como esperado, os seguranças já estavam ali, assim como outros barmans e as dançarinas, todos em seus postos, até mesmo o pessoal responsável pelo som já estava tocando algumas músicas. Eu fui para trás do balcão pegar algumas frutas que iria usar, deixei as bebidas já dispostas para mim sobre o balcão, assim como os copos. Poucos minutos depois, as portas haviam sido abertas e logo tudo por ali ficou animado. Fiquei servindo bebidas por bastante tempo até que aquele cheiro se fez presente, mas parecia distante.

Heart of Glass (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora