cobranças

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Hirai acordou assustada com altas batidas na porta. Não tinha ideia de quem poderia ser, ainda mais naquelas horas da madrugada.

Abriu a porta devagar e foi surpreendida por um supetão que quase fez ela cair.

- Eu falei que ia voltar, não foi? - Pegou pela gola da blusa da mulher - Cadê o meu pagamento, Hirai Momo?!

Ele gritava raivoso, Momo não expressava nenhuma reação, apenas o olhava fixamente.

- Virou muda agora?!

Chacoalhou a garota com força e a jogou contra o sofá.

- ONDE ESTÁ A MERDA DO DINHEIRO?!!

- ali - Apontou com a voz fraca.

O homem rapidamente foi até o local indicado pela japonesa e procurou tal dinheiro. Pela sua feição, ele claramente não estava satisfeito com aquela quantia, ele foi mais raivoso pra cima da japonesa.

- Isso?! Você acha que isso é tudo?! - Momo respirava com dificuldade, suas costas doíam por causa do baque e isso a impedia de falar - RESPONDE, PORRA!

Ela apenas o olhou e suspirou. Aquilo tinha sido tudo que conseguiu naquele mês, não tinha o que fazer. Foi só ela fechar os olhos que sentiu uma dor aguda no canto da sua boca.

- Você tá fodida comigo, Hirai Momo. Você definitivamente não sabe com quem você mexeu! - Deu um chute no abdômen da garota e saiu, levando consigo o dinheiro que tinha achado. A porta foi fechada com força, o barulho era extremamente alto.

Hirai ajeitou a postura e tentou levantar, sua boca latejava de dor, assim como suas costas. Essa dívida que tinha com Wooshik já vinha lhe atormentando há meses, ela nunca iria conseguir pagar toda aquela quantia, ele sempre fazia questão de lembrá-la disso.

A única coisa que ela poderia fazer era limpar a boca, a mesma sangrava bastante. Como já havia acordado, pensou em tomar um café que tinha guardado na gaveta, não era tão bom mas enganava a sua fome.

[...]

Apesar dos acontecimentos da madrugada anterior, Momo fez de tudo para ir ao hospital com a melhor aparência possível. Quando chegou lá, viu vários médicos atendendo algumas pessoas, mas isso não a interessava, a única coisa que ela queria saber era como sua avó estava.

- Bom dia, Momo! - O médico cumprimentou-lhe estendendo a mão. - Você veio cedo, sua avó ainda está no quarto.

- Ela está melhor? - Sua voz era eufórica de ansiedade.

- Sim, muito melhor. Tudo que vimos foi uma alteração na dose do remédio, ela tem acesso aos comprimidos e injeções?

- Não. Ficam guardados na minha estante, ela não alcança lá. Não sei como teve essa alteração - Passou a mão no rosto um pouco agoniada.

- Bom, sendo assim, lhe aconselho a ficar de olho nela. Ela está bem porque a dose era pouca, não foi algo consideravelmente grave.

- Ficarei de olho, não se preocupe. - Sorriu e entrou no quarto.

"Tudo bem?" Sinalizou para a mais velha.

A batchan afirmou com a cabeça e sorriu.

"Você me assustou, não faça mais isso" Momo sorriu ao ver a mulher rir.

Ficou lá até o médico liberar elas. Conversou muito com batchan, tanto que ela nem notou os machucados da neta.

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⏰ Última atualização: Mar 24 ⏰

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𝘬𝘯𝘰𝘸 𝘢 𝘵𝘳𝘶𝘦 𝑙𝑜𝑣𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora