Bem vindo ao meu hospício Tae-Tae pt2

120 10 9
                                    

Pov. Jungkook

Se essa cena fosse vista de fora, à achariam cômica e iriam rir toda vez que lembrassem do estado em que estávamos. Eu fazia parte da cena cômica e meu coração estava para pular pela boca enquanto eu tentava conter a ideia de esquartejar meus hyungs.

Taehyung se agarrava ao meu braço como se fosse a última coisa que ele fosse fazer na vida. Seu rosto bonito e bem marcado mantinha-se virado em minha direção, com sua cabeça levemente inclinada, e ele aparentava estar assustado com os outros. Certeza que se ele me soltar, ele corre.

Bem, os meninos notaram nossa presença e eu acho, somente acho mesmo, que não era assim que queriam nos receber. Talvez porque eles estavam paralisados, travados, no modo pause.

Jin hyung travou segurando sua chinela rosa com cara de espanto. Hobi e Yoongi pararam um do lado do outro, ambos com uma expressão neutra. Jimin agora estava calado e sobre o sofá, suas mãos no cabelo emaranhado, acompanhado pelos olhos molhados e uma expressão chorosa. Já o Namjoon hyung apenas nos encarou com uma expressão derrotada e frustrada dominando sua face.

— Kookie. — Jimin foi o primeiro a falar, de forma manhosa, ao que se jogava em cima de mim e me apertava em um abraço forte, os braços cobertos por um moletom circulando meu pescoço. — O Hosoek deixou cair amoeba no meu cabelooo! — exclamou, arrastando a última letra, e começando a chorar escandalosamente.

Meus olhos arregalados encararam o ômega agarrado a mim de forma surpresa. Jimin sempre foi muito manhoso, contudo não costumava fazer tamanho escândalo. O cio dele não estava próximo, fazia pouco menos de dois meses que fiquei responsável de fazer a vigia do seu apartamento em conjunto do irmão mais velho, já que o Park não tinha encontrado nenhum alfa que o agradasse para passar essa época. Estava confuso com suas reações, e também estava indignado que todo aquele alarde era por isso. Bastava lavar o cabelo!

— Calma Chimy. — comecei a fazer um carinho nas suas costas conforme seu choro cessava. — Isso sai.

— Eu quero matar o Hobi. — disse emburrado e se afastou minimamente, me encarando com um bico igualmente emburrado que me fez sorrir.

— Você é fofo demais para acabar na cadeia. — respondi brincalhão.

— Verdade. — concordou em um resmungo.

Os olhinhos rasgados focaram no garoto esguio ao meu lado e logo deu seu lindo sorriso aberto, fazendo seus olhos se tornarem risquinhos meia lua.
              

Reparei que Taehyung não me segurava mais e olhei em sua direção. Ele se encontrava de braços cruzados e com uma carranca, que era até fofa, bufando audível. Os pés cobertos por um all star branco batiam sobre o piso liso de forma impaciente ao que o bico em seus lábios aumentava conforme ele ficava mais irritado. Soltei Jimin de forma sutil e me afastei um pouco, pegando o ômega pela cintura com carinho.

— Bom pessoal, esse é o Taehyung, meu namorado. — sorri para eles.

Seokjin, Hoseok e Jimin olharam o ômega encantados. E Taehyung faltava matar Jimin com os olhos belos, não disfarçando nem um pouco seu descontentamento com o ômega baixinho.

— Agora eu sou, mas quando aquele ômega atrevido te agarrou nem se lembrou que eu estava aqui. — Taehyung resmungou baixinho, mas acabou sendo audível para todos, já que estavamos em silêncio esperando por sua reação.

Arregalei meus olhos, tossindo constrangido e surpreso. Taehyung não usava aquele tipo de linguajar e eu nunca tinha presenciado cenas de ciúmes dele. Não cenas de fato, apenas pequenas demonstrações. Taehyung tinha muito ciúmes, tinha ciúmes da sua manta favorita, da sua caneca de pikachu, da sua mãe, de mim.

Não importa os outrosOnde histórias criam vida. Descubra agora