O QUE ELE FALOU PRA VOCÊ?
Como se tivesse me amado
E meu nome tivesse apagado
Como se uma vez tivesse escrito
E sua caneta tivesse riscado
Como se teu corpo tivesse
Toda a memória apagada
Como se atravessasse a porta
E acabasse com a vida
Quem te curou de mim
E te embriagou de anestesia?
Como se tivesse... Amnésia
Amnésia - Anahi
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Pandora e Finnick anunciaram o noivado no mesmo dia da visita de Johanna ao Distrito 4, aproveitando que a equipe de câmeras já estava ali.
Finnick havia percebido que Pandora estava estranha desde que tinha "desaparecido" um pouco depois da coroação de Johanna.
-Está tudo bem? - Finnick perguntou de repente, vendo-a parada a algum tempo encarando a parede.
-Está - ela respondeu - Tudo bem. Estava pensando no casamento. Não sei se quero usar branco - ela comentou e Finnick franziu o cenho, até entender.
Branco lhe lembrava neve.
-Acho que Atlas consegue fazer algo diferente - ele comentou e Pandora pareceu ponderar - Você está estranha - ele comentou a Pandora o encarou.
-Não estou não - Pandora se defendeu, e Finnick a encarou.
-Está sim - ele repetiu - O que ele falou pra você?
-Nada - Pandora responde, mas a resposta pareceu ser rápida demais, quase como se ela estivesse planejando isso - Está tudo bem - ela ficou alguns minutos em silêncio - Vi que está indo menor pra Capital - ela comentou - Isso é bom.
-Sim, as pessoas não estão mais interessadas, não querem interferir no casal do momento - Finnick respondeu - E é por isso que eu preciso agradecer você - ele comentou - Você ter aceitado o meu plano me tirou dos holofotes.
-Coloque na lista de favores que você me deve - Pandora respondeu - Que por sinal, é bem extensa.
-São quase dez anos de você me salvando de enrascadas - Finnick comentou.
[...]
O casamento aconteceu assim que o verão se iniciou, sendo televisionado para toda a Capital. Pandora e Finnick tiveram que sortear convites para os cidadãos, e algumas pessoas influentes da Capital compareceram à cerimônia.
Aquela tinha sido a primeira vez que Pandora e Finnick tinham dado um beijo real, sempre se esquivando e conseguindo enganar as pessoas dando pequenos selinhos, mas ambos sabiam que no casamento, um selinho não seria o bastante.
E os anos foram se passando com Finnick e Pandora ainda fingindo o relacionamento, mas, conforme os meses de convivência foram passando, Finnick sabia que seus sentimentos em relação à melhor amiga estavam mudando.
Ele estava se apaixonando.
-O que está fazendo? - Finnick perguntou, entrando na academia e vendo Pandora encarando um boneco de treino.
-Treinando uma nova arma - Pandora respondeu.
Ela não havia contado a ninguém sobre a conversa com Snow, nem sobre a sua suspeita do que seria o Terceiro Massacre Quaternário. Na real, ela só se lembrava da conclusão que havia chegado por havia anotado em um caderno que costumava usar para desenhar para gastar tempo, caderno esse que Finnick nunca havia pego, então, era um lugar seguro.
-Treinando uma nova arma - Pandora respondeu, indo em direção a parte onde as lanças ficavam armazenadas e pegando uma que se diferenciava das outras. Ela tinha uma haste rematada por uma peça pontiaguda, de ferro, que por sua vez é atravessada por uma lâmina em forma de meia-lua, com um esporão no outro lado. Essa arma recebia o nome de alabarda, sendo utilizada poucas vezes nos jogos, pois a maioria dos tributos não tinha força para segurá-la.
-Por que? - Finnick a encarou.
-Não sei, acho que estava entediada - estudou a arma, sentindo o peso, e a girou em sua mão, cortando o peito do boneco com a lâmina do machado, fazendo um corte que com certeza seria letal.
-Você está entediada e veio pra Academia? - Finnick arqueou a sobrancelha - Por que? Não tem mais chance de você voltar pros Jogos.
Ah, se ele soubesse.
-Porque meu marido simplesmente não me chama mais para ir a praia - ela respondeu brincando e Finnick riu.
-Então, não seja por isso - ele pegou a arma das mãos dela - Vamos passar a tarde na praia - segurou a mão dela e voltaram juntos para a casa do casal na Aldeia dos Vitoriosos, que anteriormente era a casa de Finnick, já que Pandora havia escolhido não receber uma, já que morava com o pai.
[...]
-Cara, como eu te odeio - Finnick comentou, comparando o seu balde de peixes com o balde de Pandora - Como você pescou tudo isso?
-Tenho um talento natural - Pandora retrucou e ela paralisou, atraindo a atenção de Finnick.
-Dora? - ele a chamou - O que houve? - tentou tocar a mão dela, mas Pandora a recolheu e deu um passo para trás, quase como se estivesse assustada.
-Quem é você? - ela perguntou confusa, e Finnick sentiu seu estômago afundar.
Ela havia se esquecido dele.
-Dora, sou eu, Finnick - ele respondeu - Nos conhecemos desde os 10 anos - ele começou, tentando não citar a parte do casamento de fachada, pois ele sabia que em algum momento ela se lembraria. Pandora piscou algumas vezes, encarando o rosto dele como se tentasse reconhecê-lo - Se lembra de mim, certo?
-Eu... Lembro? - ela perguntou retoricamente, e sacudiu a cabeça - É claro que eu lembro - ela afirmou num tom que parecia brigar consigo mesma - Desculpa, é só que... Às vezes eu não consigo discernir o que é real do que não é, eu estava vendo você, mas parecia que não era o seu rosto. É só... Difícil de explicar.
-Você não precisa explicar - Finnick tentou parecer casual, mas seu coração ainda estava apertado - Vou entrar no mar - ele avisou e ela sorriu, antes de tirar sua camiseta e seu shorts, revelando seu biquíni que era um pouco espalhafatoso demais para o seu gosto, mas que havia sido presente de Elara.
-Vamos lá, menino-peixe - ela cantarolou, antes de correr até o oceano. Finnick sorriu, tirando sua camisa e correndo atrás dela., a pegando no colo e entrando na água com ela.
Mas o que havia acontecido ainda martelava em sua mente.
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Um pouquinho de drama é bom, né?
Não se esqueça de deixar o seu feedback e a sua estrelinha *-*
Volto em breve!
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Anjos Caídos - Finnick Odair
Romansa"Que a sorte esteja sempre ao seu favor" Pandora Christensen era a única filha de Netuno Christensen, vitorioso da 53ª Edição os Jogos Vorazes. Desde pequena, ela foi criada tendo a ameaça constante de ser colhida para os Jogos, sabendo que ela tinh...