Quando Lara perdeu seu caderno de anotações pessoais, ela não fazia ideia de onde foi parar. E muito menos nas mãos de quem foi parar.
Ela descobriu dois dias depois.
E foram esses dois dias que fizeram a vida dela mudar para sempre.
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Quando...
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Eu não consigo nem descrever qual foi a sensação de ser tocada pela primeira vez, a forma como meu corpo reagiu de forma intensa e sincera a todos os toques, desde os beijos até o momento em que eu chorei.
E eu nem sei o porquê chorei pra ser sincera. Acho que foram os meus níveis de hormônios aumentando de uma vez só e eu não soube como reagir.
—Oi bebê. – minha mãe diz quando eu passo na frente do quarto dela. — Vem aqui com a mamãe. – sua mão bate ao lado dela da cama, o lado que meu pai dormia.
Subo na cama e vou de gatinhos até ela, entrando de baixo do cobertor e agarrando a mulher cheirosa ao meu lado.
—Como você soube que era apaixonado pelo meu pai? – pergunto, mamãe pisca pensativa.
—Eu não sei bem amor. Eu só.. soube. – ela sorri. — Eu também não sei quando foi. Mas doeu antes de ser fácil e simples.
—Você nunca pensou em desistir? – pergunto, ela concorda.
—Já. Diversas vezes, mas o universo sempre dava um jeito de nos colocar um no caminho do outro. – sorrio com a carinha que ela faz. — Bom.. existem coisas que você quem escolhe pra sua vida e outras são escolhidas para você antes mesmo de nascer. Eu sinto que seu pai foi uma das coisas escolhidas para mim. Assim como ser mãe do seu irmão e ser sua mãe.
Sorrio para ela e me aconchego mais ainda nos braços dela.
—Porquê essas perguntas? – ela diz de repente e eu a encaro.
—Hum?
—Porquê essas perguntas?
—Ah.. curiosidade. – minto.
—Filhinha. – ela me chama e eu a olho. — Promete pra mim que sempre vai me contar as coisas quando se sentir confusa?
Concordo com ela e recebo um sorriso alegre.
—Eu tenho muito orgulho de ser sua mãe, sabia? Uma boa menina, carinhosa, divertida e linda de dentro pra fora. – ela alisa meu rosto e beija minha testa. — Eu sinto falta de quando você era bem pequenininha. Eu achei que você seria apegada ao seu pai, mas não, você sempre foi apegada em mim, assim como seu irmão. E ainda são.
—Eu amo vocês igual. – digo a ela, que concorda. — Mas você tem uma energia diferente mãe, é sempre incrível estar com você.
—Você me prefere porque eu não sou ciumenta igual ao seu pai. – ela me diz desconfiada e me faz rir.
—Sim. Esse também é um bom ponto. – mamãe da uma risadinha. — O quê está assistindo?
—Um programa qualquer que não edifica nossa inteligência mas acalenta a nossa patricinha interior.
—Uh, parece incrível. – digo me ajeitando. — Vem cá. Deixa sua filha cuidar de você um pouco.
Abro os braços e a mulher me abraça de uma forma gostosa, curtindo um momento gostoso comigo enquanto somos só nós duas nessa casa enorme.