Quando Lara perdeu seu caderno de anotações pessoais, ela não fazia ideia de onde foi parar. E muito menos nas mãos de quem foi parar.
Ela descobriu dois dias depois.
E foram esses dois dias que fizeram a vida dela mudar para sempre.
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Quando...
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—Lara. – chamo por ela tentando afastar meu rosto do dela, mas era extremamente difícil ao julgar pelo calor absurdo que me tomou conta quase que instantâneamente. — Eu..
—Shiuu, fica quieto. – ela me diz e então as mãos dela vão em direção a bainha da minha camiseta, travo suas mãos e ela me olha irritada.
—Olha aqui pra mim. – peço quando ela desvia o olhar do meu e sai do meu colo.
Toco seu maxilar, acariciando de leve enquanto olho seu rosto fixamente. Os olhos castanhos me crucificando e a boca avermelhada franzida. Ela estava literalmente, fazendo um bico bravo.
—Eu não.. – pra ser sincero eu nem sei o que dizer, mas tenho que dizer alguma coisa. — Porquê me beijou?
—Porque eu quis. – ela diz ríspida e eu respiro fundo.
Ficamos em silêncio por um momento, eu encarando o volante e ela as unhas.
—Eu quero que você me ensine a transar, Ramon. – o mundo parou, minha garganta secou e eu tossi feito louco, ela se manteve na mesma posição em que soltou a bomba e então me olhou. — Eu não quero ir pra faculdade sendo virgem e nem sem me sentir desejada.
—E de que forma me beijar e subir no meu colo se inclui? – pergunto.
—Se você me recusasse de cara eu ia saber que não podia ser você. – pisco com a resposta. — Eu não quero ir pra faculdade sendo virgem e também não quero perder com qualquer um. Eu preciso de alguém que tenha experiência nisso e que eu tenha confiança.
—E aí você pensou em mim? – pergunto.
—Sim. Você tem muita experiência com sexo e eu confio em você. Crescemos juntos.
Existe aquele momento na vida de todo ser humano que nós ficamos divididos entre a cruz e a espada, como ficar dividido entre a razão e a emoção. Era como se o universo estivesse me forçando a ficar no meio disso tudo.
—Aí Lara.. não sei não. – sou sincero, pensando em todos os cenários possíveis.
E em todos eles, eu acabava levando um soco na boca. E não era legal a ideia de levar um soco na boca.
—Não é que a ideia não seja interessante, é só que.. como que a gente faz se seu pai ou seu irmão descobrirem..
—Pera aí. A única forma do meu pai e meu irmão saberem é você abrir essa bocona ou eu acabar contando. – ela me responde brava. — E você acha que eu vou sair desse carro, esperar minha família chegar e falar "e aí família, Ramon vai me ensinar a fazer sexo"?
—Você faria se quisesse se vingar por eu ter pego e lido seu diário. – digo a ela que ri pelo nariz.
—Não. A única coisa que eu quero é não ser uma virgem sem experiência nem uma se for ter relação com alguém na faculdade. – ela me responde e eu torço o nariz.