Sério?!

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— Você, Sn!

— Eu?!

— Sim, você tem que ser a última a passar por ele! Izuku gosta muito de todos nós, é estranho pensar dessa forma, mas vamos conseguir abalar o psicológico dele pelo menos um pouco, quando encontrar você vai estar sensível. É uma grande carga, mas se usar as palavras certas, como se só a presença não bastasse, vai abala-lo o suficiente! - Disse Uraraka

— Katsuki também precisa estar lá! É o amigo de infância de Izuku! - Complementou Todoroki.

   Katsuki e Sn se encararam e sem enrolação, toparam a ideia de ser o último obstáculo do verdinho.

— Ok, então plano feito? - Questionou Iida.

— Plano feito! - A turma concordou.

   Estavam todos exaustos, e estranhamente sonolentos. Todos subiram para seus quartos, com exceção de Sn e Bakugou... Os dois foram novamente até o terraço e se deitaram observando o tempo passar.

— O que pretende fazer? - Perguntou Sn.

— Para abala-lo?

— Sim... Não consigo pensar em formas de abala-lo... Me sinto péssima pensando assim...

— Ser sincero...

   Por alguns segundos Sn não entendeu mas logo o loiro explicou.

— Falar como eu me sinto em relação ao passado, como eu não queria que as coisas tivessem se desenvolvido como elas se desenvolveram e mostrar que eu não sou mas meu eu do passado...

— Uau... Ser sincera é um bom plano... Mas não sei se tenho muito a dizer... Eu não sei nem como dizer o que sinto... Pensar nisso me traz vazio e dor, tão fartos que não sei como me expressar... Não quero magoá-lo, só de ter tomado essa atitude vejo que ele tem carregado muita coisa sozinho, colocar mais carga pode trazer uma reação indesejada...

— Use da sua presença então... Use poucas palavras e implemente muitos significados. Fale algo que só vocês dois saibam, de motivos racionais irrefutáveis para ele voltar... Não sei, algo do tipo...

— Vou pensar nisso... - Ela disse logo bocejando.

— Vamos descer, o tempo vai esfriar essa noite. É melhor aquecermos nossos quartos.

   Ele se levantou e ergueu a mão para Sn, que se levantou em seguida com o suporte do amigo. Desceram e cada um foi para o seu quarto.

...

   Ver esse dormitório quieto tão cedo a dava uma sensação desconfortável, algo não estava certo... Com certo incômodo, saiu do quarto, aquele corredor acolhedor parecia obscuro... Algo naquele momento não lhe agradava. Desceu até a sala, tudo continuava quieto.

   O sol já estava indo embora, e a iluminação natural começava a não iluminar suficiente aos olhos humanos. Apesar de enxergar bem no escuro por conta de sua quirk, Sn acendeu algumas luzes mais fracas do andar de baixo para os amigos não se acidentarem nas escadas. E saiu do jeito que estava, um short curto e um moletom largo de Izuku... Ainda era cedo, então não se preocupou em voltar rápido. Caminhou pelo espaço da UA até a porta de entrada do prédio e lá saiu para caminhar, o lado interno da UA era exorbitantemente mais seguro que o lado externo, mas mesmo assim queria arriscar, com a desculpa de que precisava buscar algo na própria casa.

   Caminhou tranquila até a casa que ela e Izuku moravam para ver como ela estava, continuava do mesmo jeitinho, tinha alguns lixos espalhados pelo jardim, mas nada demais, juntou todos eles em um saco que buscou na área de serviço e deixou a faixada limpinha. Entrou e fiscalizou a casa, estava impecável, exatamente como Izuku e ela haviam deixado. Escovou os dentes e levou um colar que sua mãe deixou para ela quando se foi para os Estados Unidos. Maneira de arranjar algo que fosse plausível a justificativa que havia dado ao segurança antes de sair.

A Life With Izuku MidoriyaOnde histórias criam vida. Descubra agora