Autora Narrando
Tisha estava radiante por ter os seus netos em sua casa. Todos eles, incluindo os filhos de Blake e Karine que ela os considerava como tal. Sua casa enchia-se de alegria com os meninos, e ela gostava da vitalidade que as crianças as proporcionava. Tanto, que fazia de tudo para mimar os meninos o quanto podia, isso incluía ignorar algumas recomendações das mães. Isso incluía de alimentos á o uso restrito de aparelhos eletrônicos por conta do castigo. Mas veja bem, ela era avó... Como dizem: Avó é mãe duas vezes. Ela sentia-se no direito e no poder de quebrar algumas restrições e mimar os seus netos, até porque se existia uma coisa que vó sabia fazer muito bem era aplicar uma dose extra de amor incondicional pelos seus.
Os meninos não estavam muitos felizes, isso não tinha nada a ver com a Tisha. Eles amavam a avó, de muitão. Mas estavam magoados com suas mães por mais uma vez os abandonarem para curtir a vida. Sempre era assim, eles quase nunca estavam incluídos nas viagens relâmpagos de suas mães, os mais velhos entendiam que essas viagens repentinas representavam apenas uma coisa: Sexo. Mas isso também não os impediam de se ressentir com suas mães. Quase todos ali – com uma exceção de Ryan e Florence estavam carentes de colo de mãe.
Becky, Freen, Jimm e Paola pareciam que viviam envolvidas em suas próprias bolhas. Elas não percebiam que a atenção que dava para os filhos era insuficientes. Isso estava gerando uma revolta entre eles e uma hora a rebelião iria explodir, e certamente nenhuma das quatro gostaria disto.
Mas, eles estavam tentando se distrair da maneira que podia por consideração a Tisha que ficaria entristecida ao perceber que os netos não estavam felizes e empolgados como ela.
Ryan estava brincando, sozinho. Os maiores não gostavam de jogar com ele porque o menino preferia os joguinhos bobinhos propício para a sua idade, ele não se magoava pela rejeição, nem se importava na realidade.
Já a Lily estava concentrada em escovar a Lila, obviamente que não deixariam a gata idosa sozinha em casa, isso distraiu a trigêmea mais velha por um bom tempo, já que a gata não estava muito receptiva.
A Nina estava na cozinha com a Tisha, a sua avó tinha lhe arrastado no intuito de ensina-lhe como fazer um bolo de chocolate, a feira do bolo do colégio estava próxima e secretamente a mais nova tinha ganas de participar e acima de tudo, ganhar, e os bolos de Tisha apesar de serem simples, eram deliciosos.
Pietro estava entretido no celular, ele estava com algumas paquerinhas e trocavam mensagens com as meninas. O seu sorriso era largo e ele estava começando a se sentir um playboyzinho, que as suas mães não soubessem disso porque certamente elas ficariam irritadas por seu filho ter várias namoradinhas, já que o menino estava dando corda para todas que falava com ele nas redes sociais. Tsc.
Agatha estava jogada na sala de cinema, mas não estava assistindo nada, pelo contrário, estava lendo um livro: O diário de Jack, O Estripador. Por hora, a menina estava achando a leitura um saco porque sinceramente aquelas confissões não estavam a surpreendendo em absolutamente nada. Uma coisa que se aborrecia era quando jorrava as suas expectativas em cima de uma literatura, pessoas ou até mesmo em pequenas coisas da vida e não recebia um retorno. Tanta ilusão sendo jogada pelo raro... Lamentável. Por isso, ela se mantinha neutra quase entediante sobre tudo porque nada era capaz de lhe surpreender...
Pierre estava andando de um lado para o outro no corredor, os seus olhos percorriam para dentro da sala de cinema que estava com a porta aberta, ele via a Agatha entretida na leitura e estava nervoso com medo de interromper algo que a menina estivesse de fato apreciando. Ele puxou um courinho do seu dedo, receoso se deveria ou não adentrar na sala, a Agatha não era o exemplo de paciência ao se tratar dele e ele não queria ser enxotado, porque mesmo que não demonstrasse, magoava-se com as recursas de sua prima, não que ela tivesse obrigação de lhe corresponder, porque definitivamente não tinha, mas isso não impedia de ele sentir que não era bem-vindo por ela. Respirando fundo, Pierre afastou os pensamentos e adentrou de supetão na sala antes que perdesse a coragem.
— Agatha, eu conseguir o DVD do filme Invocação do mal 1, 2 e 3. — Pierre falou com afobamento, recebendo um olhar da prima. — Isso mesmo, é um combo. Você quer assistir comigo? — ele tinha muito medo de filme de terror, mas não daria o braço a torcer, muito menos mostrar os seus medos para a sua prima, ele queria impressioná-la e se isso resultaria em enfrentar os seus medos, ele não se importava. Ele faria de tudo por ela.
Tá aí uma coisa que impressionou a Agatha, já que a menina achava que o seu primo era um filhinho de mamãe mimado que tinha medo até da sua própria sombra. Ela gostou da atitude dele.
— Okay. — ela fechou o livro com a atenção voltada pra ele.
Pierre quase engasgou em sua própria saliva, a Agatha tinha dito ok para ele? Uau... Uau!
— Okay. — ele respondeu de volta, controlando o sorriso que queria rasgar os seus lábios ao caminhar até o aparelho plugado na televisão.
Ele não viu, mas a Agatha sorriu suavemente, aparentemente, algumas coisas estavam avançando...
No lado de fora da casa, o motorista abria a porta para a Soraya que descia do carro com animação. Depois que chegara na casa de sua avó e com os aparelhos eletrônicos disponíveis, tinha feito a sua pesquisa de todo sempre sobre artigos sobrenaturais e quase caiu da cadeira ao ver que algo que ela queria muito estava disponível. Só choramingou uma vez com Tisha para que a senhora permitisse que a sua neta fosse ao centro com um acompanhante adulto para fazer a compra. Claro que Soraya não disse do que se tratava, para a senhora era apenas um brinquedo qualquer.
Soraya exibia um sorriso convencido por ter conseguido comprar um tabuleiro ouija, o site dizia que era amaldiçoado e o vendedor reforçou, claro que tinha chance de ser apenas baleira, mas a menina torcia que tivesse um quê de mal ali ou alguns espíritos presos pronto para devorar almas. Imagina que louco que sua vida se transformasse uma réplica de Atividade Paranormal?
Obviamente a Soraya não tinha um pingo de juízo, e mais doido ainda era quem dava crédito para a menina.
Enfim, ela tinha gastado um bom dinheiro naquele tabuleiro, felizmente, dinheiro era algo que escorria em sua família, se não, certamente, as suas mães, principalmente a Jimm teria uma parada cardíaca com o valor da compra.
A menina ia entrar na casa com o seu tabuleiro definidamente embalado debaixo do seu braço, estava perguntando-se se deveria desenhar um pentagrama e invocar o satanás com aqueles rituais imprimido da internet quando viu ela... A loirinha parou na hora para admirar a sua fonte de inspiração, até seu pequeno coração acelerou uns segundinhos e ela esqueceu do que estava pensando para originar novos pensamentos: Céu existe? Se existisse, a Florence certamente era um anjo.
Florence estava bem tranquila no jardim, achando graça a forma que as borboletas lhe cercavam, ela não tinha medo, pelo contrário, achava lindo aqueles contraste de cores diante dos seus olhos, até tentou pegar algumas de brincadeiras, mas sem sucesso, até que umas duas pousaram em seus cabelos encaracolados e que tinha umas flores que a mesma tinha colocado anteriormente, ela não viu as borboletas em seus cabelos, mas a Soraya sim, e isso encantou a loirinha.
— Oi... — Soraya cumprimentou assim que chegou um pouco perto da outra.
— Soraya! — Florence virou-se radiante ao ver a loirinha, o sorriso aberto e os olhos brilhante eram indícios de que realmente gostava da presença. — Onde você estava que eu não te encontrava?
Soraya sentiu as bochechas queimarem pela simples atenção recebida. Ela não sabia o que acontecia, mas a Florence despertava coisas diferentes nela e isso não a assustava, pelo contrário, a fazia se sentir bem.
— Fui comprar um tabuleiro. — Soraya respondeu com os olhos voltados para a pequena a sua frente, quase como se tivesse hipnotizada por tanta beleza. — Você está parecendo uma fada nessas flores e com as borboletas em seus cabelos.
Foi a vez de Florence se sentir envergonhada, mas ela soltou uma risadinha adorável ao encolher os ombros e ofereceu a mão para a loirinha.
— Estou correndo atrás das borboletas, você quer brincar comigo?
Soraya olhou para a mão de sua amada e sentiu o peso do tabuleiro debaixo do seu braço. Ficar com a menina que lhe trazia luz ou mergulhar no mundo enegrecido proporcionado pelo tabuleiro? A batalha foi perdida rapidamente quando a loirinha soltou o tabuleiro que caiu de qualquer jeito no gramado e segurou a mão de Florence que sorria lindamente para ela...
Um fato: Ao se tratar de Florence, a Soraya sempre escolheria a luz, sempre...
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True Love - FreenBecky
Romance"Uma amizade verdadeira é o combustível que te leva até os destinos mais bonitos da vida". Essa frase definia bem o que se passava entre Becky e Freen. Grandes amigas e inseparáveis. Eram como unha e carne. Os destinos não foram cruzados na maternid...