Eu te amo, Nico Robin. - One Piece.

Festa fantasia.

Robin acorda no meio da noite, ela consegue ouvir o leve ronco de sua noiva, ela sabia muito bem que Kira apenas ronca quando está exausta e ela está exausta. Robin sentiu sede e se levantou com uma leve dificuldade, colocou as pantufas e caminhou para fora do quarto com passos lentos mesmo sabendo que sua noiva estava com um sono pesado. Robin desceu as escadas e observou a Tv ligada e alguém sentado no sofá, ela levantou a sobrancelha enquanto desce os degraus reconhecendo rapidamente de quem se tratava o jovem no sofá.

— Luffy? — Chamou com uma voz suave e doce.

Todavia, o moreno ainda se assustou e arregalou os olhos ao observar a grávida em sua frente com um olhar calmo e curioso sobre ele. Luffy segurava um refrigerante e uma tigela de pipoca de micro-ondas, Robin achou a situação engraçada mas ela estranhou o jovem estar em plena madrugada acordado mesmo após um dia tão exaustivo como foi o aniversário.

— Oh, Robin! Você me assustou! — Luffy ofegante suspirou aliviado. — Pensei que era a Kira.

— Kira está exausta, não irá acordar tão cedo. — Robin brincou ouvindo seu cunhado mais novo gargalhar. — E esses seus olhos não me enganam, você está exausto Luffy.

— Talvez eu esteja com um pouco de sono, mas a fome é maior! — Luffy sorriu, por mais que a Robin soubesse que o que ele dizia era verídico, ela percebe o sorriso forçado do menor.

— Tem razão. — Robin caminhou até o moreno e sentou ao seu lado. — Mas ainda sim, você precisa dormir.

— Eu tô legal aqui! O quarto de hóspedes é muito escuro e fechado. — Luffy afirmou com sinceridade. — Prometo não fazer barulho, pode dormir!

— Sei que não gosta de ficar sozinho. — Respondeu suavemente fazendo carinho no cabelo do mais novo. — Me diga, tem certeza que foi apenas a fome que tirou seu sono?

Robin notou o sorriso do moreno se desfazendo diante de seus olhos, ela estremeceu, a sensação de ver uma pessoa tão doce e alegre como o Luffy mantendo uma expressão tão triste como aquela foi de partir o coração, ela sequer sabia que o Luffy tinha emoções além de alegria e euforia, ela continuou a acariciar os cabelos negros de seu cunhado enquanto observa ele olhar fixamente para a tigela de pipoca em seu colo.

— Eu não consigo dormir. — Falou sem rodeios. — Eu ando tendo pesadelos estranhos, Robin.

— Oh querido. — A voz da arqueóloga havia pena e carinho. — Se não for incômodo para você, pode me dizer que pesadelos são esses? 

— Eu..eu sempre sonho que alguém que eu amo morre. — Luffy falou com pesar. — Eu sonhei dessa vez que o Sabo morreu. Eu não quero Robin, eu não quero dormir!

— Luffy, eu entendo mas foi só um pesadelo querido, seu irmão está bem e dormir também é para o seu bem. — Explicou carinhosa enquanto seus dedos delicados acariciam os cabelos do cunhado. — Você vai dormir bem rápido, confie em mim.

— Eu não quero! — Luffy bradou em desgosto. — Eu já vou dormir, espera um pouco.

— Tudo bem. — Robin cedeu. — Eu vou ficar aqui esperando seu sono chegar.

Robin e Luffy ficam em silêncio por alguns segundos, Robin olha para o mais novo que parecia estar em conflitos mentais consigo mesmo, o que era estranho pois raramente Luffy guarda para si o que pensa, ele apenas fala sem medir consequências. Robin pensou se seria bom apenas aproveitar aquele silêncio ou se ela deveria incentivar o jovem a dizer a ela o que o incomoda. Robin desligou a TV e aquilo chamou a atenção do Luffy que olhou para ela.