Capítulo VIII - Esquecimento

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Scaramouche

[Quebra de tempo]

Após aquela aula de história infernal, eu e Kazuha ficamos juntos no intervalo.

Saíamos por aí, fofocando e namoricando de lá para cá... Foi um avanço para nós os dois, mas não era nada oficial ou assumido.

Ficamos juntos o resto do dia, Kazuha me levou até em casa, minha mãe o convidou para almoçar, aquela idosa só queria nos ver juntos, mas felizmente, Kazuha recusou... Com seu jeito encantador e gentil, claro~.

Fui deitar pensando em Kazuha, deixando em mente todos os momentos que passamos juntos, até escutar alguém bater na porta da frente. Raiden estava tomando banho, e Miko estava cozinhando, então tive que me levantar para abrir a porta.

Kazuha

Quando voltei para casa senti um frio na barriga, mas ignorei.

[Quebra de tempo]

Hoje na escola Scara faltou, eu obviamente fiquei preocupado. Quando as aulas acabaram finalmente, fui até a residência de Scaramouche, onde suas mães que me comprimentaram, perguntei sobre Scara mas elas... Elas disseram o que?!...

    – Hm?... Meu jovem, receio que esteja na casa errada, nós não temos filhos, e nunca vi ninguém com esse nome.–

Meus olhos se arregalaram e dei um passo para trás, completamente confuso. Voltei correndo para a escola, perguntei a todos que eram amigos de Scara, mas nenhum sequer lembrara da existência dele, dizendo que nunca conheceram alguém com tal nome. Fiquei em choque, o que estava acontecendo?!...

Fui até a diretoria, mas nem sequer aviam registros de alguma vez alguém com o nome Scaramouche ter se matriculado na escola.

.          .          .          .          .          .         .

Oque está acontecendo?

...

Porquê ninguém se lembra dele?

...

Não

...

Isso não está certo

...

.          .          .          .          .          .         .

Sai correndo e fui para o ateliê, a pintura na qual eu havia pendurado continuava lá, não conseguia alcançá-la, porém queria olhar de perto...

      – Vai uma ajudinha? Kaedehara Kazuha?–

...

Um tom arrogante, da forma como as coisas estavam cheguei a ter um pingo de esperança. Me virei, apenas para dar de cara com um cara alto. Aquele cabelo... Aquele cabelo azulado... Senti uma onda de desespero quase que de imediato, mas quem é ele?.

    – Onde está o Scaramouche?!! V-Você o conhecia né?! Se lembra dele?!!!–

Ele riu e pegou o quadro nas mãos ao ouvir minhas palavras.

    – Vim avisar que ele está em minha posse, nada que você faça adiantará, pois para o mundo... Scaramouche nunca existiu~

Senti como se fosse desmaiar por um momento. Como ele estava controlando tudo?! Eu só tinha certeza de uma coisa...

Ele vai sofrer por ter mechido com as pessoas erradas.

    – Onde ele está? Ele está-.–

    – Sim, está ótimo! Ele agora não é nada além de uma marionete em minhas mãos, ele faz o que eu quero, na hora que eu quero, e da forma que eu quero~. Ele não passa de um pequeno experimento~. E alguém fraco como você jamais conseguirá mudar o que eu causei.–

A voz dele era arrogando e irritante. Como ele ousa fazer algo dessa escala? O que ele quer com isso?! Mas eu jamais deixaria Scaramouche cair no esquecimento por completo-.

    – Onde tudo o que lhe resta, é essa linda obra que você pintou~.–

...

...

Isso é um sinal, ele sabe exatamente o que eu estou pensando, e quer que eu saiba disso.

    – Não, você está errado. Eu ainda o sinto em meu coração, vou trazer o amor da minha vida de volta e fazer com que todos se lembrem. Mesmo que eu morra tentando.–

Ele sorriu, coloco o quadro no lugar e saiu, como se nada tivesse acontecido.

.          .          .          .          .          .         .

Quem quer que esse cara seja

...

Ele não vai largar tão fácil de qualquer que seja seu plano

...

Ele é louco

...

.          .          .          .          .          .         .

--continua--

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