Capítulo XIII - Obsessão

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Finalmente, nós estamos juntos. Mas essa dor de cabeça continua me perseguindo, não importa o que eu faça.

    – Eu te amo Scara.–

Escuto Kazuha dizer, mas isso não me acalmou como costumava fazer.

    – É... Eu também te amo.–

Eu estava feliz, eu estava muito feliz, mas aquilo era insuportável. Sentia minha cabeça doer como se fosse explodir, e apenas manter os olhos abertos me deixavam cansado.

    – Scara... Eu sei que tem algo de errado, ainda tem algo te incomodando não é?–

Ele pergunta, com um certo cuidado em seu tom de voz.

    – hm? Não! De jeito nenhum. Eu estou com você agora, não tem como estar mais certo.–

Disse, sem querer preocupa-lo... Mas isso já estava me deixando louco.

Kazuha

Eu sei exatamente quando Scara está mentindo, o tom de voz e suas expressões mudam. Sei que ele está passando or alguma coisa, que não se atreve a compartilhar comigo.

Não vou pressiona-lo, e espero que ele se encontre capaz de me contar em breve. Eu o amo e não quero vê-lo sofrer novamente.

[Quebra de tempo]

Estamos namorando e já faz 2 semanas, estamos em um campo florido relaxando. Scara ainda não parece bem, e não aguento vê-lo assim.

    – Scara... Por favor-.–

    – Eu tô bem Kazuha... Por favor, pare de se preocupar a toa.–

Suspirei, sabendo que ele estava mentindo.

    – Scara, por favor, pare de mentir para mim. Eu consigo ver perfeitamente que você não está bem, não quero te ver sofrer de novo, não quero te perder de novo...–

Ele desviou o olhar, ainda hesitante em falar.

    – É só uma... Uma dor de cabeça, não é nada sério, eu disse que estava se preocupando a toa.–

Ainda me sentia inseguro, sabia que não era algo tão fútil quanto ele fazia parecer.

    – Já tentou tomar alguns remédios?–

Ele acena com a cabeça.

    – Nada adianta.–

Ele parecia cansado ao falar sobre.

    – Já foi ao médico?–

Scara não responde de imediato, uma brisa suave nos aconchega em meio as flores que pareciam dançar ao som da brisa.

    – Não, me da ansiedade.–

Imaginei ser por culpa do Dottore, mas não queria pensar muito naquele cara.

    – E se eu for com você?–

Ele me olha nos olhos, transbordando sentimentos desconhecidos, que se escondiam na profundidade dos lindos olhos de ametista, que me encaravam com tanta ternura e amor.

    – Eu te amo muito.–

Nos abraçamos em frente ao sol poente, que nós acompanhava com seu brilho quente.

Aceno com a cabeça, entendendo perfeitamente a resposta.

[Quebra de tempo]

Scaramocuhe

Fomos juntos no hospital hoje mais cedo, tudo correu bem, o médico me indicou alguns remédios mais fortes. Kazuha não soltou minha mão nem por um momento.

Sinto que agora vai ficar tudo bem, nunca mais sequer ouvimos falar sobre Dottore e isso nos acalma.

Nós dois nos sentimos mais juntos do que nunca, uma conexão inquebrável.

Na escola, passávamos cada momento juntos. Ayato e Thoma passavam o dia juntos, quanto a Ayaka, ela mudou bastante, e aparentemente está saído com uma garota chamada Yoimiya. Ela não era das mais populares, mas Ayaka parece estar se dando muito bem com a loira.

[Quebra de tempo]

Mais uma vez, cá estou eu, a espera de Kazuha no ateliê.

Após o toque, vi alguns colegas do Kazuha saindo, dentro eles só conhecia Albedo, mas não cheguei a dar importância.

A professora saiu e olhou para mim com um sorriso.

    – Kazuha me pediu para te chamar, ele quer te mostrar uma coisa.–

Aceno com a cabeça e entro no ateliê, no momento em que entrei me deparei com múltiplas obras, dentre elas... Muitas de meu rosto.

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas, enquanto Kazuha me olhava com um olhar um pouco presunçoso.

    – Lindo, não é?–

Desviei o olhar, rindo.

    – Não acredito que você fez isso...–

Kazuha me puxou para perto e me beijou, não se preocupando com mais nada.

O lugar pouco iluminado dava uma atmosfera romântica, o aroma das tintas se dissolvia com o perfume doce que Kazuha usava.

O beijo durou mais do que nós dois esperávamos, senti borboletas no estômago novamente, e meu corpo pareceu esquentar.

--Continua--

[Heh~]

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