Capítulo IX - Reencontro

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Scaramouche

Estou em um quarto escuro, minhas mãos estão atadas, acho que aquela injeção finalmente parou de fazer efeito.

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Eu quero ir para casa

...

Quero ver o Kazuha

...

E dizer o quanto senti a falta dele

...

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Eu não consigo parar de chorar, assim como mal consigo me mecher. Meu corpo inteiro dói e respirar se torna cansativo.

Dottore... Eu te odeio.

Kazuha

[Quebra de tempo]

Passei o dia inteiro procurando Scaramouche, mas não tive sucesso, tentei procurar pelo garoto de cabelo azul, mas também havia sumido.

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O que quer que ele tivesse feito, não tem como fazer sózinho.

...

[Quebra de tempo]

...

2 semanas e nada, eu não vou desistir.

...

[Quebra de tempo]

...

2 meses se passaram, eu não aguento mais.

...

Dói tanto

...

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Estava andando por zonas da cidade, não posso perder tempo e preciso encontrá-lo.

Até que...

    – Haha~ para!~ você vai me deixar todo sujo!–

Era a voz dele... Olhei em volta, e o vi sentado em um banco, comendo sorvete com o garoto de cabelo azul. Mas não importa, eu o encontrei.

Corri em direção a Scara e o abraço. Ele parece confuso, olha nos meus olhos e pergunta.

    – Com lincença? Nos conhecemos?–

Eu não aguentei e comecei a chorar, e a chorar muito. O do cabelo azul ficou apenas olhando, parecendo satisfeito com o desenvolver desse reencontro.

    – Scaramouche... Não sabe o quanto eu senti sua falta... Eu te amo, por favor me diz que você está bem...–

Ele parecia desconfortável, me fez me sentir pior ainda.

    – Ah- s-sim?... Porque eu não estaria? E-E como assim me ama?! Acabamos de nos conhecer...–

Fico sem saber o que dizer, queria tirá-lo de perto daquele psicopata. Mas como eu faria todos se lembrarem? Incluindo o próprio Scaramouche?!

Isso tudo ainda não havia acabado, e talvez era apenas o começo.

Peguei a mão de Scaramouche e comecei a levá-lo dali, o azulado não tentou me parar, quase como se soubesse exatamente como iria acabar.

Scaramouche olhou para trás.

    – D-Dottore!!! Dottore me ajuda! Esse cara é maluco!–

Dottore... Então era esse o nome dele? De qualquer forma, 'Dottore' apenas o ignorou. Me senti obrigado a levar Scaramouche a força para minha casa, minhas mães estavam muito preocupadas, mas decidiram confiar em mim.

    – Me solta!!! Por favor! Para!–

Scaramouche gritava e chorava por ajuda, mas minhas intenções nunca foram o trazer medo... Fiquei com Scara no meu quarto, nós os dois chorando em silêncio, por motivos diferentes.

    – O que voce quer de mim?!! Por favor me deixe ir!!–

Ele dizia, tremendo como se em desespero. Eu queria acalmá-lo.

    – Scara... Por favor, se acalme. Eu jamais te faria algum mal, eu te amo.–

Me levantei e saí do quarto, voltei depois de um tempo com um copo de chá em minhas mãos.

    – ... Não aceito nada de estranhos.–

Ele disse, como uma criança pequena.

    – É um chá calmante, como disse, jamais lhe faria mal. Não vou te obrigar a beber então.–

Olhei para ele, com pena. Agora eu não fazia ideia do que fazer com ele, ele nem sabe quem eu sou...

--continua--

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