Como Beijar Garotos {Tradução- Hiatus}

Capítulo 8 : Narcissa e o Bebê Grande (parte 2)

Narcissa olhou para a pilha miserável, soluçante e contorcida de cobertores e desespero que seria seu futuro marido em alguns meses.

Não era como se ela não entendesse como ele se sentia, ela também ficou extremamente chocada com o conteúdo do diário que Severus lhes enviou por acidente.

Há muito tempo ela via o jovem prodígio das poções como seu próprio irmão mais novo, e descobrir sobre seu atual... 'experimento' também teve um grande impacto em como ela o via. Talvez a seu pequeno Sevy não fosse tão inocente como ela pensava.

Ou talvez, para começar, ele nunca tenha sido inocente e Narcissa simplesmente deixou que os óculos rosa de seu noivo afetassem seu senso de julgamento também.

Ao contrário de Lucius, porém, Narcisa entendeu perfeitamente o quão importante essa pequena façanha é para seu irmão mais novo.

Pode ser a chance de Severus sair completamente de sua velha concha mofada e se tornar o jovem brilhante, confiante e charmoso que sempre foi destinado a ser.

"CISSY!!" Lucius soluçou, quase incoerente debaixo dos cobertores e de seu próprio ranho e lágrimas. "SEVY ESTÁ SE REBELANDO! NÃO POSSO SUPORTAR ISSO! ALGUÉM DEVE TER COLOCADO ESSAS IDEIAS EXTRAJANTES EM SUA CABEÇA. PRECISAMOS ENCONTRAR O CULPADO E EXTERMINÁ-LO!!"

Ao terminar seu mini discurso retórico, ele logo se enrolou mais uma vez e o sistema hidráulico começou novamente. Narcissa o observou com uma mistura de inexpressividade e diversão velada. Ela jura pelo nome da família Black que não estava gostando de sua miséria (ela estava).

"N-NARCISSA!" Lucius guinchou enquanto soluçava, se alguém na alta sociedade visse isso, assumiria que alguém havia escapado no meio da noite e assassinado toda a sua família. Isso, ou os Malfoys certamente seriam motivo de chacota nos próximos séculos.

"Shhh..." a mulher loira o calou, sentando-se elegantemente na cama macia.

"Severus está simplesmente tentando se descobrir. Eu admito que pode haver maneiras melhores de fazer isso, mas você não deveria estar feliz por ele finalmente estar amadurecendo? Ele terá que começar uma família própria um dia. Com uma esposa ou marido, filhos, se desejarem. Por mais que queiramos negar, Severus é um menino saudável e em crescimento, e não há nada de errado com o que ele está fazendo.”

"M-MAS!" Lucius tossiu, engasgando com a saliva - nojento. "Sevy ainda é jovem, ele não precisa de todas essas sanguessugas nojentas em cima dele, e se elas partirem seu pobre e frágil coração! Sev não precisa de mais dor!"

"Eu concordo." mais ou menos. "Mas ainda assim, devemos deixá-lo, Sev tem se saído bem sozinho durante toda a vida. Ele sabe o que está fazendo."

Ela não mencionou o fato de que provavelmente não seria Severus quem acabaria chorando, seu primo mais novo e aquele menino Rosier estão de olho no seu irmão mais novo há anos, sem o conhecimento de Lucius.

Lucius apenas olhou carrancudo, mas relaxou os ombros tensos muito, muito levemente.

Estava claro que ele não confiava nas palavras de conforto dela, mas, honestamente, havia pouco que eles pudessem fazer para piorar a situação, neste momento.

"De fato..."

Um sorriso satisfeito apareceu no rosto de Narcissa enquanto ela podia ouvir as engrenagens girando dentro da cabeça de Lucius.

Ela estava prestes a sugerir que escrevessem um pouco para Severus dando seu apoio junto com seu diário, quando seu marido exclamou, correndo em direção à porta.

"Eu irei para Hogwarts e darei um aviso a cada um desses bastardos! Deixe-os saber que eles correm o risco de sentir o gosto da ira da família Malfoy se machucarem nosso Severus!"

"Não, não!" Narcisa perseguiu o marido, mas as pernas dele eram longas demais e ela mal conseguia acompanhá-lo.

"Não se preocupe, Severus! O irmão mais velho está vindo atrás de você!"

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Em algum lugar nos dormitórios da Sonserina, Severus sentiu um arrepio em todo o corpo, alertando-o dos perigos que viriam.

— Sev, você está bem? Regulus perguntou: "Você está com frio? Posso pegar um cobertor para nós."

"Não, não, estou bem. É só... alguma coisa que eu presenti...”