A luz forte da manhã filtrando-se pela janela empoeirada do dormitório despertou Severus. Ele piscou, os eventos de ontem, junto com a luz profana (como ela chegou aqui? Eles não estavam nas masmorras?) batendo nele como seu pai alcoólatra.
Professor Riddle, os elogios, as lágrimas, os beijos... suas bochechas queimaram carmesim só com a lembrança. Ele saiu da cama, os lençóis emaranhados em volta das pernas, uma estranha mistura de apreensão e excitação fervendo em seu intestino.
Ele não tinha certeza do que fazer com tudo isso. As ações do professor tinham sido tão inesperadas, tão... confusas. Severus não era ingênuo o suficiente para acreditar em tudo que o Professor Riddle dizia. No entanto, o desejo desesperado por validação que ele sentia... era inegável.
Sem mencionar que seu experimento agora entrou em territórios perigosos, ele era, afinal, ainda menor de idade. No entanto, as leis bruxas eram notoriamente arcaicas e cheias de brechas; um homem como o Professor Riddle provavelmente conseguiria escapar de qualquer problema. De qualquer forma, Severus nem sonharia em denunciá-lo — não às custas de sua já frágil reputação.
Ele se vestiu rapidamente, vestindo seu robe da noite anterior e alisando as rugas sem muito sucesso. O cheiro persistente de chá de camomila — o mesmo cheiro que havia grudado no Professor Riddle — pairava no ar, uma lembrança ardente daqueles eventos. Ele enfiou as mãos mais fundo nos bolsos, acelerando o passo. Ele não podia se dar ao luxo de se perder em seus pensamentos, a menos que quisesse bater nas paredes novamente como fez antes.
A cacofonia matinal habitual de armários batendo e conversas de estudantes desapareceu em ruído branco quando Severus entrou no corredor. Mas antes que ele pudesse chegar ao Salão Principal, uma mão fechou sua boca, abafando seu grito de surpresa. Ele foi puxado para uma alcova próxima.
Severus mal registrou a surpresa. Não era mais uma experiência nova. Tinha se tornado um tema recorrente, acontecendo com uma frequência tão alarmante que uma maldição parecia a única explicação lógica.
"Finalmente peguei você, Snivellus." uma voz sibilou em seu ouvido. Ele se virou para ver o rosto de James Potter pairando a centímetros de distância, um sorriso presunçoso distorcendo suas feições. A fúria surgiu em Severus, é claro, ele nunca poderia ter uma manhã tranquila, não com esse cogumelo ainda por perto.
"O que você quer, Potter?" Severus rosnou, empurrando a mão de Potter.
"Não se faça de bobo, Snivy." Potter zombou. "Que tipo de plano nefasto você está tramando dessa vez?" Ele sacudiu a cabeça para o lado, sua voz cheia de suspeita. "Você e aquele novo professor em conluio? Ele também faz parte do seu pequeno clube de magia negra?"
Severus se irritou. A acusação era tão irritante quanto previsível, principalmente vinda de Potter. "Magia negra? Você não reconheceria magia negra nem se ela mordesse seu traseiro arrogante, Potter." Ele cuspiu o nome com veneno.
"Não minta para mim, Snivellus." pressionou o grifinório, estreitando os olhos. "Primeiro foi Remus, depois Sirius também! Eles estavam todos atordoados e mal-humorados, olhando para você com tanta força que caíram de bunda. Então me diga o que você fez com eles!"
Severus zombou. "Como se eu tivesse alguma influência sobre seus preciosos amigos, Potter. Eles provavelmente estão cansados de sua ostentação incessante." Ele não conseguiu resistir a uma cutucada no ego inflado de Potter.
O rosto de Potter escureceu. "Não tente mudar de assunto, Snively. O que você está fazendo?" Ele se lançou para frente, sua varinha já estendida. Severus reagiu instintivamente, sua própria varinha aparecendo em sua mão com um movimento de seu pulso
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Como Beijar Garotos {Tradução- Hiatus}
FanficNo qual, Severus chega a uma conclusão (não tão) surpreendente sobre sua sexualidade, é decide experimentar e acidentalmente adquire um harém. Deixe o ciúmes rolar, pânico, expectativas irrealistas e muitos beijos com vários níveis de sucesso. Auto...