Grande notícia

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(...)

  Bom, todos ontem ficaram aliviados na ausência de Alcina, mas também surpresos pelas falas nada discretas de Allie. E lá estavam, no escritório da condessa novamente para dar a tão esperada e temida notícia do noivado.

---Sem mim? Demônio insolente, faça de novo, eu quero ver!--- Alcina se levanta irritada, encarando Allie com um olhar mortal.

---Eu sabia que ela iria dizer isso na maior cara de rabo!!!!!--- Kark dá ênfase na última frase, fazendo Alcina bufar e resmungar baixo.

---Avvincente...--- Donna sussurra baixo, mas ainda assim foi audível para todos.

---Receio que não seja possível pedir isso novamente, então... Minhas sinceras desculpas. Mas eu certamente não queria morrer no dia que tive coragem.--- Allie rebate de forma sincera e direta, mantendo a postura.

---Muito bem, trate de cuidar bem de Donna! Ou vai ser aí que eu te mato.--- Alcina cruza os braços e aceita a derrota quando Donna parece a olhar com seriedade.

---Com certeza, eu vou. Mas talvez eu deixe vocês... Nós deixaremos vocês sozinhas agora, Donna me informou que precisava urgentemente falar com você.--- Allie dá um empurrãozinho nos outros, que entenderam o recado.

  Donna se aproxima de sua irmã quando todos já está fora da sala e a encara por um momento antes de começar a falar.

---Ela quer.... T-ter um... Oh, ela quer um bebê!--- Donna embola as palavras e Alcina arregala os olhos em surpresa.

---Eu sabia! Ela te falou como?--- Alcina questiona arqueando uma sombrancelha.

---Toccando... Toccando... Come di solito accade con le coppie comuni--- Donna estava nervosa, geralmente mistura o italiano com outras línguas que sabe. Alcina a encara ligando oa pontos. ---Como todos os casais!---

---Uhh, isso é... Muito convincente e muito exótico! Talvez você devesse falar à ela o que te encomoda em ter um bebê.--- Alcina fala finalmente entendendo o que Donna estava dizendo.

---Fiquei muito rígida para protestar, principalmente depois do ocorrido. Eu simplesmente estava com minha visão turva como nas alucinações, eu não faço ideia do que houve naquele momento.--- Donna suspira enquanto fala, perece realmente intrigante o que ela tem à dizer... Vamos aprofundar essa conversa, sim?

  Isso é comum na adrenalina do momento, certo?

  Errado.

---O que você está insinuando m com tudo isso, Donna?--- A condessa pergunta, no fundo ela tenta matar a charada, mas isso é realmente confuso.

---Eu acho que ela... Lilith, drenou os poderes de mim e os usou isso à favor dela, mas soube controlá-lo até certo ponto e os devolveu para mim antes de desaparecer.--- Donna explica, a matriarca parece atenta para cada palavra que sai da boca de Donna.

---Isso já foi comprovado? É uma boa teoria, um bom chute, talvez?--- Alcina suspira pesado e pensa em silêncio por alguns segundos. ---Allie te falou algo?---

---Ela me informou que viu o Marido dela... O ex-marido, neste caso. Karl me disse que ela tinha uma esposa, mas ele se enganou pelo que ela me disse, parece que Heisenberg só acertou a parte do incêndio.--- Donna explica, mas ainda assim confusa e pensativa como sua irmã.

---Curioso, de fato é muito curioso! Você acha que aquilo foi uma alucinação?--- Alcina questiona, mas Donna parece ficar em sigilo. ---Donna... Suas alucinações são muito fortes, até mesmo para Allie, isso pode ter prejudicado ela gravemente!--- A condessa franze o cenho em preocupação e suspira em seguida.

  A conversa acabou ali, Alcina só ouviu um "Eu sei...", foi baixo o bastante para um humano comum decifrar o que ela havia dito. Mas para Alcina foi completamente audível, claro. Uma vampira de 2,90 metros de altura não teria uma audição ruim, teria?

  Agora a preocupação era Allie, ela aparentemente estava bem, sorrindo e brincando com as piadas sem graça de Kark. Mas será que ela realmente estava bem? Por um segundo que parecia uma eternidade, Donna pensou em seu jardineiro. Ele era um bom amigo, uma boa pessoa... Mas ficou enlouquecido como todos os outros, ele sentia falta de sua família, e Donna deu para ele uma chance para ver seus entes queridos novamente.

  Logo depois, logo depois. Donna estava em seu escritório vendo um filme no projetor com Angie, sua companhia que sempre esteve ali para ela quando ninguém mais esteve. Ouviu um grito alto, muito alto. Era o pobre jardineiro que havia pulado da cachoeira, da mesma forma que a família de Donna se foi... Assim como todos os outros que pisaram ali.

Eles pularam, eles pularam!

Todos eles!

  Mas isso não foi culpa de Donna, ela só queria ajudar o pobre jardineiro. Isso fez ela perceber que não importa se a visão for boa ou ruim, sempre acabará em tragédia e dor para completar sua desgraça.

  Certamente Donna era o mais gentil e doce dos Senhores Lordes. Mesmo que não tivesse o costume de sair de sua mansão para a aldeia, muitas pessoas faziam boatos sobre ela. Mas ela os ajudava secretamente dos Licanos.

  Mas parou de o fazer quando os boatos começaram a ser sobre sua aparência, pois toda rara vez que ia até Duke comprar linha de costura ou alimentos, as pessoas se perguntavam e faziam fofocas do que ela escondia atrás do véu.

  Certa vez Angie fugiu de casa com as irmãs Dimitrescu, e estava tão estressada e sobrecarregada que nem se  preocupou com o véu. Apenas saiu de sua casa para dar uma bronca nas meninas, já que as filhas de Alcina estavam ficando ym pouco em sua casa.

  Todos ficaram em choque com sua face. Da massa purulenta em seu olho direito, com gavinhas agitadas e a pele era a própria porcelana sensível. Era a mulher mais linda que já viram, muitos falaram que não era a senhora Beneviento, mas era ela de fato...

~Bela dama~Onde histórias criam vida. Descubra agora