Voltando para casa

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(...)

  Depois da reforma que Karl e Edward fizeram na mansão, Donna mais uma vez vez se emocionou ao ver sua casa como ela era antes da morte de seus pais. Depois de meses que pareciam anos, teve a alegria de segurar suas crianças nos braços. 

---Não sei como essas três crianças couberam dentro de mim todo esse tempo...--- Donna disse tendo ajuda de Allie para carregas os bebês.

---Precisamos ter uma conversa séria depois que a gente colocar essas coisinhas no berço. Dessa vez você não escapa.--- Allie sobe as escadas para conhecer melhor o quarto de seus pequenos. Era um lugar aconchegante com três berços e uma luz colorida para manter a imagem de ser um lugar ainda mais confortável.

  Depois de deixarem os gêmeos em seus berços, fecharam a porta e foram até o quarto de Donna.

---Se é sobre a questão da minha autoestima, saiba que não é preciso se preucupar. Meu corpo está como antes, já que não sou uma humana.--- Donna fala se sentando na cama.

---Eu estou preucupada sim... Estou mesmo! E eu vou ficar de olho em você, guarde minhas palavras.--- Disse Allie se sentando ao lado de Donna. ---Deve ter percebido que Nell nasceu com uma mechinha platinada por ter mais cabelo do que os outros. Ela herdou isso de mim, minhas sobrancelhas também tinham isso, meus cílios... Eu os pintei para que ficassem da mesma cor do meu cabelo sem as mechas grisalhas. Mas eu não quero que Nell faça isso quando estiver maior.

---Eu percebi isso... E eu acho tão lindo o jeitinho que ela é.--- Donna suspira e apoia a cabeça no ombro de Allie. ---Vamos cuidar para que ela goste disso quando ficar maior.

---Tudo bem, mas eu acho que você precisa descansar agora. Eu fico de olho nas crianças.--- Allie dá um beijo rápido em sua noiva e a deixa dormir um pouco.

  Take yo praise era com certeza a música preferida de Allie. E colocou o disco para tocar na sala enquanto lia um livro, mas desistiu de tentar ler e apenas ouviu a música tocar de forma calma.

We've come a long, long way together...
Through the hard times and the good.
I have to, celebrate you baby
I have to praise you like i should....
You're so rare... So fine
I'm glad you're mine is so rare
So fine
I'm so glad you're mine, you make me. Glad i'm a woman...

  O tempo foi passando, e ao som de sua música favorita. Quando Donna desce as escadas depois de algum tempo descansando. Se sentou no colo de Allie e repousou a cabeça no ombro da mesma.

---Você ama essas músicas antigas, não é?--- Questiona levantando a cabeça para encarar a mulher por um instante. ---Eu também...---

---Elvis.... Camille...--- Allie ri e beija o topo da cabeça de Donna. ---For i can't help...---

---Falling im love with u!--- Donna completa escondendo o rosto no pescoço de Allie. ---Você ama todos os filmes que tocam essa música.---

---Você não acha que está muito silêncio?--- Allie se deu conta acariciando as costas da mulher.

---Angie ficou de olho nos gêmeos! Eles até agora não choraram, não é intrigante?--- Disse Donna sorrindo.

---Certamente sim... Puxou esse mistério todo da mãe, eu imagino.---

---Você não se atreva! Edward vai vir as oito para ver os pequenos. Sua madrinha está de olho nele depois que se separou do marido e perdeu o bebê que esperava.--- Donna ri baixo e abraça Allie fechando os olhos.

---Fiquei sabendo, o que mais me irrita é que meus amigos todos estão de olho nela! Lembra aquele dia que Lilith... Você sabe.--- Allie faz uma pausa. ---Karl, Inês e até Alcina ficaram a falar dela. O que tanto eles querem com minha madrinha?!

---Se eu te conheço bem, você contou para Helena, não é?--- Questionou Donna gargalhando baixinho.

---Sim, eu contei! E ainda avisei que iria contar se ela não parasse. Foi no dia em que tiveram uma briga, e depois disso ninguém nunca mais falou de Ângela.--- Allie riu junto de sua amada. ---Só Angie que tem uma quedinha nela. Mas não diga à ela o que nós conversamos aqui.---

---Minha boca sempre foi um túmulo!--- Donna brinca ainda com um sorriso no rosto. Sua íris era meio esverdeada quando estava em um lugar iluminado, como se mudasse de cor. Vez ou outra um castanho forte estragava sua linda íris.

---Você não se atreva, Donna Beneviento!--- Allie entra nas brincadeiras de sua noiva e deposita alguns beijos em seu rosto depois de erguê-lo.

---Acho que não consigo ficar muito tempo longe dos meus bebês, eu vou vê-los!--- Donna se levanta depois de beijar Allie nos lábios. ---Você vem?---

---Vamos ver o que Angie está aprontando com eles.--- Allie segue sua noiva pelas escadas até entrar no quartinho dos bebês. Nem frio, nem quente. Era um ambiente perfeito para eles.

  Entraram de fininho para ver Angie  contar a história de como Donna sumiu por três semanas por causa do Alphamiceto. Como se estivesse em um teatro interpretando todos os personagens.

---E foi assim que a mãe de vocês quase foi de base. Eu espero que vocês não sejam assim, ela voltou em um estado crítico depois. Parecia um esqueleto, estava mais pálida do que costumava ser, sem contar no vestido estilo Alcina Dimitrescu, sua mãe virou uma miniatura da tia de vocês, além de ter voltado com um pouco do humor de Karl. Que é pai hoje em dia, e isso me impressiona cada dia mais.--- A boneca faz uma pausa para dar um um coelhinho de pelúcia para Nell que fez uma cara de quem estava prestes a berrar.

---Não chora não, sua mãe precisa descansar! Eu conto mais dessa história. Bom, com certeza Alcina vai ensinar vocês a tocar piano, cantar, resolver um monte de papeladas, serem comportados e principalmente odiar Karl Heisenberg.--- Continua ela. ---Não que eu esteja julgando essa parte, mas grandes melões lá é maior que qualquer um dos lordes. Aqui todo mundo é gay, então não se importem em nos contat quando quiserem namorar uma pessoa do mesmo gênero. Todos são iguais aqui nesse fim de mundo.---

---Angie, não acha que são muito pequenos para falar essas coisas para eles?--- Donna se aproxima sorrindo. ---Será que eles estão com fome?---

---Não acho, mas com certeza é hora de trocar a fralda desses gêmeos furacão.--- Allie ajuda Donna a pegar as crianças.

---Deveriam me agradecer por mater esses bebezinhos em silêncio.--- Angie reclama cruzando os braços


Eu não sei vocês, mas minhas músicas favoritas da vida sempre foram Take yo praise e Can't help falling in love. Relíquias, super recomendo

~Bela dama~Onde histórias criam vida. Descubra agora