Parte 3

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Sua aura alfa é inegável. Mais intensa que qualquer outra que Naruto já tenha visto. E ele nada faz para emaná-la, basta um olhar.

Conforme Sasuke se aproximava, Naruto ajoelhava aos pés dele.

O homem considerado como o mais belo ômega de La Plata, Naruto Uzumaki, orgulhoso e intenso, estava de joelhos como todos os ômegas licanos fazem para seus alfas.

-Eu te darei um palácio, se me pedir. - disse embriagado pela imagem dele. - Te cobrirei de ouro e joias, tudo o que for mais caro e precioso, marido. - Sasuke parou a menos de um passo dele. - Diga uma palavra para mim, por favor. - pediu para si.

O alfa tocou em seus ombros e o levantou do chão, negando discretamente. Então foram juntos para fora da casa, como num passeio. Sasuke ouvia Naruto tagarelar sobre como seria o casamento dos dois, onde ficariam e dava até sugestões de mudanças na fazenda para melhorá-la. Os pais observavam do interior da casa os dois juntos, animados.

Se Sasuke fosse um bom marido de verdade, eles seriam a família mais sortuda do planeta. Embora não tivesse sangue nobre ou real, os Uzumakis eram vistos como um sobrenome de grandeza, como um tipo de aristocracia informal dos lobisomens, já que é uma linhagem antiga e bem conceituada. Ter ligações com os Uzumakis é mais do que poderiam esperar e, quem sabe, algum neto Uchiha se casasse com um Uzumaki no futuro.

O irmão mais velho planejava todos os benefícios que a loja de tecidos teria com a proximidade e a influência daquela família, trazendo investimento e clientes de renome.

A visita acabou após o café da manhã, mas não sem outra exigência: Naruto avisou que no dia seguinte buscaria Sasuke para que fossem ao mercado escolher a mobília de casados - o certo era que sua mãe fizesse isso ou uma irmã mais velha, mas nenhuma das opções está disponível na sua situação.

Apesar do seu próprio estilo, Naruto respeitou os doze dias de noivado com o alfa, mandando arrumar o quarto principal da casa para receber o novo casal. A maioria das coisas que eram dos seus pais, e dos seus avós antes deles, e dos pais dos seus avós antes, foi preservada por respeito, mas houve mudanças. Naruto aumentou o closet ao deslocar certos locais nos cômodos vizinhos para outra parte que mandou construir, colocou a antiga cama dos pais no quarto dos seus avós e comprou uma nova, bem alta, com dossel, tradicional.

Juntos escolhem o novo enxoval feito com os tecidos Uchihas, em tons fortes e sóbrios de vermelho, de laranja, de amarelo, de azul e de preto, com aquela beleza icônica e o caimento maravilhoso que tanto encantou Naruto, então exigiu que belas vestes fossem costuradas para o seu marido.

E que escândalo, quanta fofoca foi dita nos doze dias de noivado.

Um ômega mais rico que um alfa ditando todas as regras, decidindo e vestindo seu marido? Era algo absurdo em La Plata. nunca se vira tal coisa. Um escândalo! O nome Uchiha nunca foi tão falado, a loja de tecidos era visitada por tantas pessoas que as vendas aumentaram. Só porque Naruto gostou das cores, das texturas e do caimento. E sempre estava lá junto de Sasuke experimentando.

-O que acha, marido? - o vendedor de essências mostrava as fragrâncias para os dois. Naruto deveria trocar muitas das suas maquiagens, agora que sentia tanta satisfação em casar. Nas primeiras quatro vezes, fez por obrigação, por mecânica, mal mudou coisa alguma do seu guarda-roupa. Agora era diferente e sentia vontade de cativar o alfa inerte. - Qual perfume fica melhor em mim?

Afastou o tecido que cobre seu pulso e passou o indicador por ele, espalhando o óleo. Sasuke esperou um pouco e então deslizou seu nariz de leve, um quase-toque. Fez todas as mulheres e os ômegas observando se sentirem abalados, corados, quase como Naruto. Embora fosse um gesto simples, naquela cultura era muito sensual, sobretudo em público.

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