CAPÍTULO 01 - NADA DE RUIM PODE ACONTECER COM VOCÊ SE VOCÊ FOR RUIM

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Depois de quase quinze minutos na estrada pela floresta, finalmente avistei a casa em que minha família e eu morávamos

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Depois de quase quinze minutos na estrada pela floresta, finalmente avistei a casa em que minha família e eu morávamos. Não é como se gostássemos de viver isolados do restante da cidade, é mais uma questão de segurança mesmo, é mais fácil vigiar um lugar sem muita movimentação.

Assim que paro na frente dos portões, esperando que eles se abram para que eu possa passar, vejo o carro de Olívia, minha irmã mais velha, por apenas dois anos de diferença. Olívia mora na cidade desde que se tornou advogada, mas todo mês ela arranja um tempo e fica uma semana inteira conosco, e pelo que parece, ela decidiu voltar pra casa está noite.

Que bom que ela está aqui, preciso de sua ajuda para doar o dinheiro que ganhei hoje pro hospital infantil, eu sei, é irônico pensar que eu mato pessoas que muitas da vezes tem família, e logo em seguida doo o dinheiro para que outras possam sobreviver. Mas a verdade é que eu nunca tirei a vida de nenhum inocente, todos os meus alvos foram mortos porque fizeram coisas ruins pra própria família ou pra sociedade.

Assim que adentro aos portões, estaciono meu carro ao lado do de Olívia, pego minha bolsa no banco do passageiro, e avalio pela ultima vez minha aparência no espelho do carro, então desço, trancando a porta do veiculo. Sigo até a porta principal e digito o meu código de entrada, logo a porta destrava e eu entro em casa, após passar pelo pequeno corredor, avisto Olívia sentada no sofá verificando algo em seu iPad. Ela está tão concentrada que nem me notou, então decido assusta-la.

Começo a andar silenciosamente por trás dela, até que o som suave de sua voz invade meus ouvidos.

— Nem ouse, Yasmin! Eu ouvi o som do seu carro. — ela disse, estragando todos meus planos.

— Droga, Olívia! — eu sorri, e a abracei por trás. — Estraga prazeres. Preciso de um favorzinho seu. — dou a volta e sento-me no sofá que está de frente pra ela. — Alias, onde estão nossos pais?

— Quando cheguei eles não estavam aqui, mas liguei e disseram que saíram pra comprar algumas coisinhas. — disse, seus olhos azuis me fitando. — Quanto você vai doar agora? — pergunta tirando seu talão de cheques da sua bolsa.

É, minha irmã mais velha me conhece muito bem.

— Como sabe que quero fazer uma doação?

— Você nunca me pede favores, a menos que seja sobre doações.

Eu sorri levemente.

— Mamãe e papai saíram disfarçados? — pergunto, como todas as vezes que eles resolvem sair.

Nossos pais nunca saem de casa sem seus disfarces, há muitos anos vivemos escondidos, na verdade, desde que eu me entendo por gente eu tive essa vida dupla, eles nunca nos contaram porque vivemos escondidos a tanto tempo, só sabemos que tem pessoas perigosas e de muito poder querendo mata-los. Meu pais trabalhavam pra uma organização e eu acredito que eles nem sabem pra quem trabalhavam, todas as ordens que recebiam vinham através de mensagens de texto.

APENAS UMA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora