𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐔́𝐃𝐎 𝐌𝐀𝐃𝐔𝐑𝐎🔞
Essa obra é dedicada para os leitores que prezam pelos genêros:
- Terror psicológico
- Enemies to Lovers
- Leve dark romance
- Ficção Científica
Antes de mergulhar nesse universo caótico, é preciso saber 3 cois...
Encosto minha bochecha contra o metal gelado da carabina, recostada no banco do passageiro da van preta, que nos levará para um abate em uma hora. Costumamos usá-la para fins de transportes lucrativos por assim dizer. Como drogas e armas modificadas. Muito difícil a usarmos para levar alguém em especial, até mesmo de outras facções rivais para o abate. Para esses indigentes, temos outro carro mais apropriado para levá-los.
Direciono meu olhar ao espelho do retrovisor para o Heitor. Que não tira os seus olhos hipnotizados da delatora. A maneira de como a olha, de como toca suavemente sua pele do rosto, com um certo brilho nas suas pupilas, compartilhando o medo de ser abandonado de novo...como nossa mãe fez, anos atrás.
Diana Smthfield, era seu nome... O nome da mulher que me rejeitou em seu ventre, que anos depois descobri que tentou me abortar várias vezes por ser nova demais, e uma delas foi tentando me cutucar lá dentro com um cabide de arame, até que sangrasse. Na região leste de Londres, tão decadente daquela época. Joseph, meu pai pelo menos assumiu sua paternidade. O único que ainda conversava comigo sobre a miserável realidade, era ele, aquele que me apresentou a bebida e as drogas quando eu pensava que era o certo apenas brincar, com meus 8 anos de idade. Entretanto, minha mente àquela altura já se encontrava em outra dimensão.
Eu desde pequeno me sentia como algo quebrado, sem valor. Só me lembro do quanto que as palavras dela me deprimiam. Eu lutava sozinho sempre que me encontrava para baixo, e sigo fazendo isso até hoje, lutando sozinho com os meus demônios internos. Já perdido, estando no limite tão novo, fiz novas amizades nas ruas, vi coisas que uma criança não deveria ver, seguindo com minha voz interior gritando por liberdade, pois me sentia um pássaro preso na gaiola de sua casa. Só me sentia livre nas ruas, e com meus amigos que possuo até hoje comigo, sendo os capitães das divisões e a guarda de elite.
Todos os dias, esclareço para mim, que a única vontade que prevalece é a minha, eu faço o que acho melhor e continuo me sentindo sozinho. Todas as minhas decisões fazem disso intocável e toxico. Tendo consciência que irei sofrer pelas minhas consequências pelo resto da vida. Mas consigo sobreviver até lá, pois sei como esse sistema funciona.
Por conta das drogas que Joseph consumia, como consequência ele se tornou infértil com o tempo, porém Diana não sabia, apenas eu, pois consumia junto com ele, só não a mesma quantidade, e eu pude o observar morrer aos poucos se acabando no vício. Meu irmão foi uma falha tentativa de concertar o casamento arruinado de anos. Eu só não esperava que ela fosse, ser tão dócil e carinhosa com o Heitor, mesmo sabendo que ela era traída por garotas de programa ou dos bicos que ele fazia, e para não descontar nele, ela descontava nos seus vinhos na frente dele ou da minha. Contudo, ela sempre o tratou bem, diferente de mim. Isso não me incomodava tanto, pois eu a odiava com todas as minhas forças, menos o Heitor. Apesar de ser um mimadinho irresponsável, eu sempre o defendi.
Ele estava entrando na puberdade quando foi atingido por várias emoções de uma só vez. Quando descobriu que não era meu irmão de sangue, e que foi fruto de uma traição, de um deslize momentâneo e o usado para concertar algo arruinado, trazendo mais discórdia naquela casa, por ele ser infértil. Ou quando ele foi abandonado no parquinho que Diana sempre o levava para brincar e de repente, nunca mais voltou para buscá-lo. Ele teve sorte deu o encontrar sentado no balanço, totalmente vulnerável ao frio que fazia naquele clima de outono. Demorou 2 horas até que ele acordasse para a realidade e percebesse que ela não voltaria mais. Enquanto eu ficava no balanço ao seu lado esperando por sua resposta para irmos logo embora.
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