CAPÍTULO 1 ///// "GAROTA" ESTRANHA

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O único som que escuto nessa casa é apenas o meu irmão tossindo, ele está cruelmente doente a anos.

Não é que não tenha cura, é que nós somos pobres e não temos dinheiro para cuidar da doença dele.

Tenho que fazer alguma coisa para ajuda- lo, se não ele vai morrer... Já sei o que fazer.

- Kaeya, onde você está indo? - perguntou um garoto (adulto, na verdade) de cabelos vermelhos e olhos da mesma cor, ele seria considerado bonito, caso se não estivesse doente, pálido e fraco.

- Estou indo atrás de alguma coisa, já volto. - respondi.

- Kaeya, não faça isso, esse não é o certo a fazer. - disse meu irmão calmamente, parecia conhecer as minhas intenções - Nós vamos dar um jeito...

- Que jeito, Diluc? Nós não temos dinheiro! Quer que eu faça o que? - perguntei quase perdendo a paciência.

- É só começar a trabalhar! Resolveu o mistério! - disse ele secamente - Eu não sou um bebê! Sei me cuidar sozinho!

- Diluc, eu quero apenas que você fique bem, você é a pessoa que mais amo nessa vida! Ver você bem é a única coisa que eu quero! - falei gentilmente.

Ele me puxou para um abraço, com preocupação estampada no seu rosto. Não sei o que faria sem meu irmão.

- Eu confio em você, só não faça nenhuma imprudência, entendeu? - disse ele me dando um puxão de orelha - Idiota! - disse meu irmão com um riso fraco.

EM ALGUM OUTRO LUGAR

- Irmãozão, não tô entendendo essa atividade aqui, poderia me ajudar? - perguntou minha irmãzinha, Klee.

- Claro do que você precisa ? - falei me sentando ao lado dela na chique escrivaninha que ela tem no quarto dela.

- Príncipe Albedo, vossa Majestade está te chamando. - disse a empregada do castelo, Noelle.

- Claro, estou indo. Klee, vou ter que ir, te ajudo outra hora - falei dando um beijo na testa dela.

Caminho lentamente até onde minha mãe deve estar, observando as paredes cheias de quadros, janelas, além da impecável decoração.

-Chamou minha mãe?-perguntei, alto o bastante para ela escutar.

- Albedo, quanto tempo acha que vou ter que esperar? Você não acha que está na hora do príncipe do giz encontrar alguém para se casar? - perguntou minha mãe seriamente.

- Mãe-minha-e-deleite-de-meus-olhos como eu já disse inúmeras vezes, eu não pretendo me casar. Estou muito bem sozinho - respondi calmamente.

- Já que você deseja que seja assim, eu vou ter que escolher alguém para você! Tentei ser liberal com você, mas em troca ganho um filho que não pretende se casar! Eu deveria ter ouvido o seu pai quando ele me avisou. - disse ele decepcionada.

- Mais alguma coisa que gostaria de me me falar? Se não, estou indo para meus aposentos - falei me retirando da sala, que é chique como minha casa inteira.

Volto para meus aposentos e volto a pintar, para esfriar a cabeça. Todos dizem que eu sou inexpressivo, não é isso apenas escondo meus sentimentos, não perder a paciência é essencial para o herdeiro do trono.

Pensando no que minha mãe disse, eu não sou obrigado a me casar com quem não conheço, acho que uma hora ou outra isso vai acontecer, com a intenção de um acordo de paz ou pagamento de dívidas, qual dessa opções será?

𝐀 𝐃𝐚𝐭𝐞, 𝐀 𝐋𝐨𝐯𝐞. Onde histórias criam vida. Descubra agora