— Tenho que admitir Albedo, você com essas que a Rosária te deu, roupas fica parecendo um adolescente — diz Diluc com uma expressão séria.
— Sério? Eu achava que isso era só brincadeira do seu irmão — falo me olhando no pequeno espelho que tem nessa casa — Não tenho muita noção sobre esse assunto, nunca vi um na minha vida.
— Viver naquele lugar acaba com as suas habilidades de se socializar, né? — pergunta Diluc de uma maneira desapontada — por isso que eu e o Kae decidimos que ele te levaria para a cidade para você se aprender a se comunicar.
— Que legal? — falo curioso, uma vez eu li em um livro que pessoas normais tem o costume de negociar preços, qual o nome disso mesmo?
— Enfim, vão. O almoço não pode atrasar. Chame o Kaeya — diz ele calmamente.
— Vou para onde Kaeya está, ele está contando algumas moedas, não entendo o motivo disso. Qua do ele termina, joga uma bolsa de moedas para cima e cai perfeitamente no seu bolso.
— Beleza princesa. Hoje o nosso limite é sem de mora, nada mais que isso, vamos barganhar o máximo que conseguimos, beleza? — pergunta ele animado.
— Certo, mas Kaeya... o que é barganhar? — pergunto confuso, sinto que já li ela em algum lugar...
— Barganhar? Podemos dizer que é algo parecido com negociar, é uma tentativa de diminuir o preço por meio da conversa. Posso dar um exemplo? — pergunta Kaeya, apenas concordo, então ele vai até sua estante de bebidas e volta com uma garrafa — Bedo, poderia me dizer que preço você daria para essa garrafa aqui?
— Olhando por cima, acho que daria cerca de 100 de mora — falo pendurando a minha cabeça para o lado — Mas caso eu queira faturar, pelo menos um pouco, eu daria uns 150.
— Muito bem observado, mas isso só se fosse uma edição limitada e se a safra for boa demais, mas claramente, esse vinho não se encaixa em nenhuma dessas opções, né? Que tal cobrar 70? — pergunta Kaeya gentilmente.
— Onde você está querendo chegar? — pergunto confuso — Você está tentando vender essa garrafa?
— Hahaha... — Kaeya solta uma risada leve — sua inocência me deixa lisonjeado, pensando bem, aqui não é o melhor lugar para dar um exemplo, vamos logo antes que o Luc fique bravo — dez ele indo em direção a saída.
— Tudo bem — falo seguindo ele.
A caminhada foi tranquila. O caminho até a cidade é bem bonito, tem campos verdejantes por todos os lados, é a primeira vez que eu vejo isso, só sair de noite dificulta as coisas.
— Meus pais nunca me deixaram sair do castelo, nem mesmo com acompanhante, mas a Klee vez ou outra eles deixam ela sair para passear. Qual a diferença entre nós dois? — pergunto confuso
— Acho que é para o príncipe herdeiro não desviar dos deveres deles, já que devem ter imaginado que você é um pouco rebelde — diz Kaeya rindo.
— Você acha? Para mim isso não faz sentido, a Klee é um pouco... explosiva — falo pensativo.
— Então a sua irmãzinha é impaciente? — pergunta Kaeya confuso.
— Não é isso, é que a minha irmã é piromaníaca, ela desenvolve bombas desde sempre. Ela os chama de "dodoco", você vê de longe, acha que são apenas pelúcias, mas não são — falo animado.
— Que elegância da parte da sua irmã... Quantas vezes vocês tiveram que reformar o castelo? — pergunta ele de maneira brincalhona .
— Foi só uma vez, ninguém estava cuidando dela, então explodiu uma pequena parte do castelo. Depois da reforma, contratamos uma babá para cuidar dela, por algum motivo, Klee obedece a Senhorita Jean sem ao menos reclamar — falo pensativo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀 𝐃𝐚𝐭𝐞, 𝐀 𝐋𝐨𝐯𝐞.
FanfictionUm príncipe, cansado da vida que leva, no qual a sua única confiança estava na arte na sua irmã mais nova. E um mero plebeu que se afunda em uma trama de mentiras e mistérios, apenas para ajudar o seu irmão doente. Eles se encontram acidentalmente...