CAPÍTULO 7 ///// CRISE

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— É sério? Onde os dois estavam? — pergunta o meu irmão bravíssimo, caso a gente fale algo que ele não aprove , ele nos mata — Eu falo que não é pra demorar, o que vocês fazem!?

— Maninho, não precisa se preocupar, o importante é que estamos bem, não é? — falo tentando tranquilizar meu irmão.

— Desculpa Diluc, nos acabamos atrasando um pouco, não queríamos te deixar bravo, sinto muito por isso — diz Albedo fazendo uma reverência igual ao pessoal de Inazuma, como ele aguenta se desculpar tanto? — E acredito que Kaeya também sente muito por isso — isso é mentira, não inventa.

— Albedo, isso é mentira, não tente aliviar as coisas. Meu irmão nunca vai aprender, mas eu continuo tentando para ver se funciona — eu sou top! Até meu irmão aprendeu que ninguém me segura! — Kaeya, tire esse sorriso triunfante da cara — completa Luc, tiro rapidamente antes que ele me mate — Vou logo fazer o almoço, antes que atrase mais do que eu deveria.

— Diluc, eu ajudo! — diz Albedo prontamente.

Esse garoto é um anjo, de onde será que ele saiu? Não parece que saiu de um castelo, ele não reclama de nada, sem contar que não é exigente como eu imaginei.

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     Tempo Depois
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— Bedo, você cozinha bem! Deveria fazer isso mais vezes — falo gentilmente.

— O-obrigado, não foi nada... eu só ajudei com algumas coisas... — diz ele sem jeito, é engraçado — os elogios devem ir para seu irmão... ele fez toda a refeição.

— Como queiras princesa — falo de e modo provocativo, o rosto dele vira um pimentão em questão de segundos, isso é... fofo de certa.

Tudo continua em completo silêncio até o final do alma, depois de todos os pratos lavados , cá estamos eu e o Diluc enquanto Albedo foi tomar banho.

— Kaeya, você poderia me dizer o motivo da demora de hoje? — pergunta Luc com uma expressão séria.

— Luczinho, eu não fiz nada fora do meu habitual , não se preocupe — falo com um sorriso brincalhão — fora do normal foi só o sorvete que compramos antes de voltar.

— É o seu habitual que me preocupa, espero que não tenha feito nada de errado — diz Luc.

— Errado, não foi, não fiz nada contra a vontade de ninguém — falo rindo, Diluc dá um suspiro decepcionado. Ele tem que entender, a Lumine é uma gata, quem resistiria a uma mina daquelas te dando mole? Pelo que eu sei, ela e o irmão são bem conhecidos, ninguém deixaria os gêmeos passar sem se divertir um pouco.

— ... Eu não sei o que eu faço com você, se continuar assim, vai acabar machucando alguém... — diz meu irmão sério.

— Luc mudando de assunto, quando você melhorar da sua doença, o que está pensando em fazer? — pergunto animado.

— Acho que vou abrir uma adega, para seguir com o mesmo ramo que o nosso pai. Ele era dono de uma, mas depois que a minha mãe morreu, ele meio que se afogou em dívidas, então ele falou, isso foi antes de te adotar... —responde Luc, nunca vi ele falando de um jeito tão triste, nunca falou sobre o nosso pai na vida.

— É um sonho nobre. — falo com um sorriso — quando você abrir a sua adega, eu vou ser seu cliente número 1!

— Nem pensar — diz ele sério, aquele cômodo entrou em um silêncio, depois disso começamos a rir sem motivo.

— Depois que as risadas cessaram, voltou ao silêncio, só que dessa vez com um clima pesado e estranho.

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     Albedo
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Será que eu magoei a Klee? Ela deve ter ficado bem chateada quando sumiu… a maneira que ela me abraçou, é isso que a saudade faz com as pessoas… sinto muito irmãzinha.— falo me afundando mais na banheira. Que horas melhor para pensar nos problemas do que no banho? — Irmãzinha, eu sei que você está com saudade, mas não chore… eu… estou bem.

No que eu estou pensando?! Estou falando com as paredes… elas não são a minha irmã, devo estar enlouquecendo.

Calma, respire fundo… e coloque um sorriso no rosto… vai ficar tudo bem.

“Pare de chorar! As lágrimas iram deixar o seu rosto feio! Além disso, homens não choram!”.

Meu pai sempre brigava comigo por causa disso, imagino que foi por isso que não fiquei triste quando ele morreu.

“Eu tenho vergonha que você seja o meifilho! O que eu fiz de errado para merecer um filho como você?” dizia meu pai com nojo incrustado na voz.

“Afeminado”, adoro música, pintura e livros, várias coisas eu aprendi apenas por obrigação, como lutar, por exemplo, mas isso não faz o menor sentido, porque brigar por algo que não é seu? Nem todos temos o que queremos, qual a dificuldade de aceitar?!

Afeminado, afeminado … é algum problema se parecer com uma mulher? A culpa não é minha! Eu não queria!

Pena que não posso ordenar para esses problemas acabarem de vez …

Sinto lágrimas quentes caírem pelo meu rosto, aquelas que deixam marcas …

— Por favor … para…— falo enquanto cubro o rosto com as duas mãos. Eu preciso de ajuda … — por favor … — não consigo … dói meu peito, tudo … não consigo … socorro…

FIM!
(POR ENQUANTO)

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⏰ Última atualização: Jun 25 ⏰

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𝐀 𝐃𝐚𝐭𝐞, 𝐀 𝐋𝐨𝐯𝐞. Onde histórias criam vida. Descubra agora