Eu choro

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Decido não visitar a mãe de Gunwook nos próximos dias. Ele claramente não deseja minha presença, e respeito sua escolha. O doutor, por outro lado, vai verificar o estado dela diariamente e me manter informado sobre qualquer novidade. Hoje marca o quarto dia que ela continua desacordada, e minha ansiedade e medo só aumentam. Não consigo me concentrar em nada. Graças aos céus, meu pai não está em casa; ele certamente ficaria preocupado, e já basta a inquietação dos empregados. A sala de música tem sido meu refúgio nos últimos dias. Enquanto toco meu violino para tentar me distrair, Kuanjui aparece à porta.

"Zhang Hao, Sung Hanbin está aqui para vê-lo. Devo mandá-lo embora, ou..." Não escuto o restante da frase. Quem está aqui? O quê? Por quê? Será que ouvi errado? Saio correndo em direção à sala de visitas, e lá está ele, de pé, olhando ao redor. Ao me ver, Hanbin sorri.

"Hao." Seu sorriso se desfaz rapidamente ao notar minha expressão preocupada. Ele se aproxima e toca meu rosto com carinho. Sinto uma onda de emoção e quase choro com seu gesto afetuoso.

"Hanbin..." As palavras ficam presas na minha garganta, e as lágrimas começam a rolar. Hanbin me abraça com força, e apesar de ser um pouquinho maior que ele, me sinto minúsculo em seus braços. Finalmente, parece que estou respirando novamente. Não sei quanto tempo passamos assim, mas eventualmente começo a desfazer nosso abraço. Hanbin gentilmente limpa minhas lágrimas.

"Desculpa, meu Deus, eu devo estar horrível. Que péssimo anfitrião eu sou em receber meu convidado assim," tento levantar o humor, soltando uma risada.

"Você nunca estaria péssimo, mesmo se tentasse," Hanbin responde, e sua expressão se torna séria. "Você está melhor?"

"Sim, estou melhor, obrigado, Hanbin. Ai, meu Deus, vou pedir algo para você comer." Me afasto dele e chamo o guarda que estava na porta, pedindo que ele avise as servas para prepararem algo para Hanbin. Enquanto isso, volto a me virar para ele. "Então, a que devo a honra dessa visita? Não estava te esperando."

"Hao, posso ajudar?" ele pergunta cauteloso.

"Infelizmente não, Hanbin, mas agradeço por sua preocupação. Não precisa se preocupar, estou bem agora. Só precisava chorar. Desculpa por chorar no seu ombro. Meu Deus, eu sou muito chorão, é a segunda vez que choro na sua presença. Que vergonha."

"Hao, não tem problema. Estou aqui se você precisar. Por favor, não esqueça disso. Você disse isso para mim, e quero que saiba que é recíproco."

"Não fiz isso com a intenção de ser recíproco, mas agradeço, Hanbin. Entretanto, você ainda não me disse o motivo da sua visita.." Hanbin respira fundo e parece pensar sobre o que falar a seguir.

"Não sei se este é o momento certo, mas lembra que eu te falei que a minha festa de debut na alta sociedade vai acontecer? Eu disse que te convidaria, e aqui está o convite. Fiz questão de te entregar pessoalmente, e espero que você possa ir. Ficaria muito feliz." Ele parece tímido ao final de sua fala, o que o torna ainda mais encantador.

"Obrigado, Hanbin. Vou verificar minha agenda, mas agradeço pelo convite e por você vir pessoalmente entregá-lo. Não precisava."

"Não é o único motivo de eu ter vindo pessoalmente. Eu queria te ver", diz Hanbin. Sua declaração me surpreende, e posso ver a surpresa refletida em seu rosto. "O que quero dizer é que você mencionou que contaria sobre a mãe do seu amigo, e já se passaram quatro dias, mas você não apareceu. Então, eu estava curioso, só isso — estava curioso", ele diz nervosamente, e sinto toda a ansiedade retornando em meu corpo.

"Desculpe, Hanbin. Eu não contei porque não havia nada para contar", tento explicar, mas as lágrimas começam a fluir novamente, e não consigo continuar minha frase.

Me tornei o vilão do meu webtoon favoritoOnde histórias criam vida. Descubra agora