HELL AND BACK [ROMANOGERS]

2.

[N/A: Feliz Natal, meus queridos! Mais um capítulo desta, espero que curtam bastante! Amo o feedback de cada um de vocês! Um beijo!]

Dois dias depois...

A sensação de estranheza foi se abatendo sobre Steve conforme o tempo passava. Peggy já não atendia o telefone com frequência. Tinham conversado muito pouco durante aqueles dois dias, e algo não estava certo. Nick Fury também não falava nada de mais. O panorama na cidade se mantinha inalterado - nada nas notícias. Cada vez mais pessoas estavam infectadas, e conforme Darcy Lewis tinha dito, a análise das imagens das câmeras de segurança do laboratório tinha se provado absolutamente infrutífera. Estavam adulteradas, e quaisquer pistas sobre quem pudesse ter feito aquilo terminava em nada.

Por estar desconfiado, alugou um carro sem a SHIELD saber e o deixou estacionado do lado de fora da casa em que estavam hospedados. Se precisassem sair por qualquer motivo que não o que estava programado, se sentia melhor tendo um plano B. Desejava estar apenas sendo paranoico.

Já era tarde quando resolveu dormir. Não sentia sono, mas sabia que precisava ao menos tentar. Olhando o celular outra vez, notou com pesar que Peggy não tinha dito nada. A última mensagem dele tinha sido uma pergunta sobre a possibilidade dela encontrá-lo na California antes da missão acabar.

Maria Hill estava sentada no sofá quando ele passou. Tinha os olhos vidrados, olhando ausente para a TV.

"Hill?" Ele chamou.

"Hm?" Ela saiu do próprio transe.

"Está tudo bem?"

"Sim." Ela bocejou. "Só estou cansada, com dor de cabeça. Obrigada por perguntar."

"Certo. Estou indo dormir. Até amanhã."

Ela não respondeu. Uma vez cruzado o corredor, Rogers ouviu Romanoff rindo. Provavelmente estava conversando com Clint Barton. Dando de ombros, entrou no quarto e encostou a porta, mas não trocou de roupa. Ao invés disso, pôs-se a reler O Senhor dos Anéis - tinha trazido para tentar passar o tempo.

A leitura funcionou para distraí-lo durante um bom tempo, mas o que o tirou daquele estado não foi o sono como esperava, mas um grito desesperado por ele.

Saindo do quarto e agarrando a arma encaixada no coldre, foi até o quarto de Romanoff, de onde tinha vindo o som. A cena grotesca com a qual se deparou foi da colega segurando os braços de Maria Hill com toda a força que tinha enquanto a morena tentava enforcá-la. Hill não respondia a nenhum comando verbal. Estava rígida e gritava. Os olhos tinham pequenas veias estouradas. Não era ela mesma.

Steve não pretendia atirar, então guardou a arma no coldre outra vez e correu até a colega de profissão, passando um braço em volta do pescoço dela e apertando. Demorou, mas enfim Maria perdeu a consciência e caiu desmaiada.

Natasha olhava de um para o outro embasbacada, puxando o celular na intenção de pedir para a SHIELD buscá-los. Rogers, porém, segurou a mão dela.

"Não chame ninguém."

"Bem, nós obviamente precisamos levá-la para o hospital! Do que está falando?"

"Nós vamos. Só não vamos com a carona da SHIELD. Eu aluguei um carro."

Se Natasha estava surpresa antes, não foi nada comparado àquele momento. No rosto dela estavam estampadas todas as dúvidas, mas havia a confiança tácita na decisão do colega quando ela silenciosamente o ajudou a carregar Hill para fora do quarto.

Saíram rapidamente, colocando a colega no banco de trás do carro com as mãos e os pés amarrados. Romanoff achava tudo aquilo um pouco demais, mas era óbvio que a amiga não estava bem. Talvez tivesse sido infectada.