Donna acabou desligando o celular, sua tia não parava de ligar e mandar mensagens a ameaçando. E sabe que em algum momento aquilo se tornará agressão física, assim que colocar os pés dentro de casa. E o problema é que precisava voltar, nem que seja para fazer as malas e ficar em um hotel até o final do ano, e ao que parece, todos eles estão lotados. Bendita seja os dias festivos.
Estava tremendo de frio, fazia horas que estava na rua, e pelo horário, quase cinco da tarde, provavelmente sua tia saiu para buscar as filhas na aula de canto. O que Donna gosta de dizer que são duas gralhas no abatedouro, tem pena do professor que é obrigado a tentar ensiná-las.
Chegou em casa, o silêncio indicava que não havia ninguém, então rapidamente correu para seu quarto. E deveria esperar o pior. Suas roupas estavam todas jogadas no chão, estragadas com cortes e furos. Tudo ali estava revirado, e claro que a grande vontade de chorar foi grande, mas a sensação de vingar-se é pior, estava tomando conta de seu peito. Respirou fundo e tocou no anel agora de volta em seu dedo.
— Você é melhor que ela, não se torne ela. – repetia para si.
Suspirou pesado e abriu o armário, apalpou o fundo o retirando. Ali havia um pequeno baú, destrancou com a senha e pegou o bolo de dinheiro que guardou por todos esses anos enfiando na bolsa.
— Eu não preciso de você, Haewon, é você que precisa de mim. – disse a frase e se levantou.
Pegou e guardou as roupas que ainda podiam ser usadas na mala de viagem, o notebook e foi embora. Se ficasse mais um minuto dentro daquela casa colocaria fogo em tudo sem pensar duas vezes.
O relógio marcou 6 da tarde, e Donna continuava sua busca por um hotel, nem mesmo os mais baratos tinham vaga, isso a deixou ansiosa. Estava sentada em uma cafeteria, o chocolate quente ao lado do notebook enquanto analisava os sites hoteleiros. Sinceramente, nada a impedia de comprar uma passagem de última hora pra Itália, mesmo que fosse caro, ali pelo menos sabia que o melhor amigo de seu pai e também seu advogado a receberia de braços abertos.
— Justo no Natal. – bagunçou os cabeços. — Estou começando a desacreditar na magia. – bufou.
Encarou o celular que carregava já esperando que fosse sua tia, mas o nome San surgiu na tela. Ela riu baixo e atendeu.
— Bem inconveniente você, não?
— Boa noite coelhinha.
— Estamos íntimos dessa maneira?
— E por que não? Já nos beijamos uma vez.
Ela riu constrangida.
— Você é sempre emocionado assim?
— Não, mas gosto de ficar provocando. Como está?
— Ilhada em uma cafeteria. – riu baixo. — Procurando um lugar para passar a noite e o Ano-Novo.
— Está sem casa?
— Longa história, mas, basicamente é isso.
— Seonghwa? – ela franziu o cenho com a voz distante dele e conversando com outra pessoa. — Liga pro Yeosang, pede pro pai dele um quarto de hotel.
— Ei, ei, espera...
— Você fica quietinha aí.
Donna encarou a tela do celular, aquele garoto era muito abusado.
— San!
— Tá. Pronto, Yeosang disse pra esperar que logo ele liga para resolver isso.
— Você é doido? Por que está fazendo isso? Não sou nada pra você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Under the Wrong Mistletoe (Choi San - ATEEZ)
Fanfiction*Sob o Visco Errado* [+18] Short fic - Choi San - ATEEZ Algumas noites antes do Natal, Choi San e seus amigos compareceram a uma grande festa com temática natalina. A diversão estava garantida, os flertes com pessoas aleatórias também. Entretanto...