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Ana narrando

Ana: esquece isso, vamos embora - falo pro grego

Júlia: vai fugir Ana - respiro fundo

Ana: fica na tua Júlia

Pc: precisando de ajuda patrão - fala parando do nosso lado

Ana: ninguém aqui precisa de ajuda - falo - a gente já tá indo, né - falo pro grego que encarava o Heitor

Heitor: acho melhor os favelados irem embora mesmo, aqui não é lugar pra vocês

Vou em um piscar de olhos e o grego tava indo pra cima dele e começa a dar vários socos nele que só colocava a mão no rosto tentando se defender

O Henrique entra no meio mas o pc e o outro homem que se não me engano chama fk segura ele

Ana: para grego - grito tentando separar a briga

Caio no chão assim que recebo uma cotovelada na barriga

Coloco a mão na minha cabeça sentindo a dor já que bati ela

Grego: porra Ana luiza - vem na minha direção - machucou - pergunta me ajudando levantar

Pc: os cana patrão - avisa

Grego: bora - me puxa em direção da moto

Sinto minha cabeça doer

-

Olho pra trás e vejo a polícia perseguindo a gente

Puta que pariu, Deus eu eu não duro um dia na prisão não faça me ser presa

O grego acelerava igual um maluco e não ligava pros sinais

Olho pra trás novamente e vejo que o grego conseguiu despistar eles, dou um suspiro de alívio

Ana: tá indo pra onde - pergunto com o tom de voz mais alto por causa do vento que tava forte

Grego: não quero que os cana segue a gente até morro - falo no mesmo tom - tenho um apartamento aqui na pista

-

Entramos na cobertura e eu encaro ele

Grego: tu andava mermo com aqueles play boy - se joga no sofá enorme que tinha ali - ainda namorava aquele engomadinho - ri e eu me sento do lado dele - certeza que nem sua buceta chupava

Ana: cala a boca - falo e coloco minha mão na minha cabeça

Grego: machucou - pergunta se sentando do meu lado

Ana: só tá doendo um pouco

Grego: acho que tem remédio de dor de cabeça no quarto da minha mãe - fala - vou lá pegar - sai da sala

Ele volta depois de um tempo com um remédio e eu sigo ele até a cozinha pra pegar água

Ana: cadê sua mãe - pergunto curiosa sobre o assunto

Grego: ela não mora no Brasil - me entrega um copo de água - mora lá fora, só vem aqui de vez enquanto

Ana: entendi - bebo o remédio - acho que preciso dormir

Grego: você sempre precisa dormir loira, não sei como consegue dormir tanto assim - voltamos pra sala

Ana: casa bonita a sua - ele dá de ombros

Grego: só tenho por causa da minha mãe, quando ela vem pro Brasil ela fica aqui

Ana: essa é ela - pego a uma foto que tinha ele e mais duas mulheres, o Ph e um outro cara que eu sempre via no morro acho que seu vulgo é w7

Grego: é a de verde - aponta pra mulher da foto

Ana: quem é a outra - pergunto com curiosidade

Grego: minha irmã - se mexe desconfortável no sofá

Ana: onde vamos dormir - coloco a foto de volta e mudo de assunto quando percebo que ele não quer continuar nesse assunto

Grego: bora subir - dá um tapa de leve na minha coxa

-

Entramos em um quarto enorme e eu me jogo na cama

Grego: já vai dormir - se deita do meu lado e eu sinto sua mão na minha bunda e a outra ele tira o cabelo do meu rosto

Ana: sua mão - pego na mão dele que tava machucada pelos socos  - tá doendo - ele nega - como não, tá toda machucada - falo me sentando

Grego: nem tô sentindo - fala colocando a mão no meu pescoço - sabe oque eu quero sentir - fala perto do meu ouvido - sua bucetinha quente em volta do meu pau

Ana: sabe oque eu tô sentindo - ele sorri safado - sono - seu sorriso morre e eu dou uma risada

Grego: tá bom então - tira a mão do meu pescoço - tenho que resolver uns bagulho - olha o relógio no seu pulso - daqui uns trinta minutos tô de volta

Ana: resolver oque - pergunto

Grego: ver se os bota seguiu a gente ou algum bagulho assim - me dá um selinho - pede alguma coisa pra comer - tira carteira e me entrega o cartão dele

Grego narrando

Ph: tu vai matar o cara grego - me tira de cima do play boy - tá bom, já machucou ele

Encaro os outros três e vejo todos chorando

Ph: vai embora eu resolvo com eles - encaro ele - passa no postinho primeiro e faz um curativo na mão, não quer que a Ana luiza veja tu assim

Grego: tu fica com dó de machucar - falo bolado

Essa porra acha as vezes que é meu pai

Ph: vou dar oque eles merecem irmão, vai logo lá aproveitar tua mulher - saio do galpão bolado

-

- o senhor Felipe - ouço o porteiro me chamar pelo meu nome falso - chegou um lanche pra sua namorada - olho pro motoboy - só que ninguém tá atendendo

Grego: quanto que deu - pergunto e ele olha na notinha

- 65 - fala e eu pago com uma nota de cem - tô sem troco patrão - coça a cabeça - pediram cartão então não trouxe troco

Grego: pode ficar com o troco - ele sorri

- seriao - concordo e ele me entrega os lanches e um refrigerante - obrigado

Entro na cobertura e não ouço nada então subo pro quarto

Vejo ela dormindo somente de calcinha e com uma camisa minha que provavelmente pegou no guarda-roupa que tinha ali e os seus cabelos loiros espalhados pelo travesseiro

Ana: tô me sentindo mal pelo motoboy - olho confuso pra ela - se você não tivesse chegado ele ia ter que voltar - morde seu hambúrguer

Grego: no máximo ele ia se dar bem e comer os hambúrguers - dou uma mordida no meu já que ela pediu pra nós dois

Ela suspira parecendo chateada

—-

Tchauu vadiass

Amo vocês

Deixem a estrelinha

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