Águas-vivas
Que não estão mais vivas
Águas vazadas em minhas mãos.
Eu clamo por seu brilho
Eu escuto o que eu enxergo
Tem areia nos meus olhos,
E com a irritação não consigo abri-los.
Procuro saber onde estão os passos das conchas
Entre as areias escondidas dos poços.
A eletricidade das águas
Toma conta do meu corpo
Células das águas
E as células do meu corpo.
Elas levam minha energia com o seu brilho
Levam minha consciência com seu vestido
Cheio de babados dancarinos.
Águas-vivas, vivas das águas
Chorando, se levando com as ondas.
Entre a superfície e o mar
Elas estão a brilhar
Gelatina transparente
Que quando a toca
Te deixa quente
Elas tem ligações com as mudanças climáticas
Usa o seu brilho para se proteger
Do lado obscuro e silêncioso do oceano.
Que logo vão se aprofundar,
Junto com as algas do mar.
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A famosa filosofia de uma fanática
PoetrySou um poeta perdido nas páginas empoeiradas de silêncio. Este livro contêm algumas de minhas poesias e palavras de meu dicieunario.