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1 year later

Após uma longa conversa sobre meus deveres, estava estabelecido que eu, Charlotte LeBlanc, me casaria daqui a um ano com Theodore Matheo Nott, um nobre bruxo vindo de uma das famílias mais antigas linhagens magicas.

Ele é até legal, nesse ano nós nos aproximamos, apesar de não gostarmos amorosamente um do outro, temos uma boa relação.

Theodore é sempre muito respeitoso comigo, nunca fez nada do que eu não aprovasse. Mesmo que nós dois estejamos "namorando", Theo nunca encontrou em mim segundas intenções ou malícia.

Mas eu estou cansada.

Cansada de nunca poder fazer as minhas próprias escolhas.

As escolhas sobre a MINHA vida.






years before

Mais um dia entediante se passava na Antiga e Mui Nobre casa dos Black.

Há 2 anos, 7 meses, 2 semanas, 18 horas e 37 minutos que Sirius me abandonou aqui.

Definitivamente sinto raiva de meu irmão, por não ter me levado com ele, apesar disso, sei que esse sentimento não é fixo, ele não durará por muito tempo em mim. Pois entendo seus motivos, e entendo também que não há motivos para ele me tirar desta casa.

Entendo que aparentemente, não há motivos para ele me tirar desta casa.

A cada dia que passa mais se fala sobre o tal Lord das trevas, aquele que tem o plano de possuir todo o poder, aquele que quer purificar o mundo bruxo.

Lord Voldemort.

Entendo seus princípios, porém não entendo seus princípios. Como um Meio Sangue, e um Mestiço ele deveria querer mais a aceitação de sangue-Ruins no mundo bruxo, e não a aniquilação deles.

Hoje é dia 27 de agosto de 1977

Por: R.A.B.

—Querido desça para o jantar, eu e seu pai queremos conversar com você. —
Walburga, mais conhecida como:
Minha mãe, fala e abre bruscamente a porta do meu quarto (sem nem sequer avisar).
—Não demore, monstro já está pondo a mesa. —

—Sim, senhora. —
Após isso, me levanto da escrivaninha e guardo meu pequeno caderno, no qual gosto de intitula-lo como um Diário.

O ganhei de Sirius a mais ou menos 3 anos, foi o melhor (e último) presente que já recebi de meu irmão, tudo que se passa nesta casa vira palavra em cima de suas finas folhas.

Ao chegar na mesa de jantar, já posso ver minha não tão querida família postos em seus lugares a grande mesa. Meu pai, sempre se acomoda na grande cadeira da ponta, e faz sempre questão de repetir o hábito de falar de forma orgulhosa, que um dia, esse lugar, que o mesmo ocupa, será meu. E minha mãe, se encontra sentada ao seu lado esquerdo.

— Regulos, não fique parado aí, sente-se logo. —
Meu pai, sempre com seu jeito rude de sempre falar.

— Claro, pai. Perdão —
Digo indo ao encontro do meu lugar, que se situa ao lado de meu pai e de frente para minha mãe

O lugar que costumava ser de sirius.

—Acho que já deve ter ouvido falar sobre o tão famoso Lord das trevas, não é mesmo? —
Claro, como eu já esperava, meu pai quer me incentivar a mais uma loucura sangue purista.

—De fato, muito tenho ouvido falar sobre o tal Lord. Mas não acredito em boatos sobre ele, não acho que ele seja tão poderoso quanto falam, não acham?—
Monstro logo aparece servindo nosso jantar, grandes pratos com todos os tipos de comida (comida para mais para 3 pessoas), são postas a mesa.

—Não são apenas boatos, querido, Lucio já está entre os seguidores mais fiéis dele, acho que deveria o seguir também. -—
Claro, Lucio Malfoy já estaria metido nessas baboseira sangue puristas, colocando-se em perigo por esses ideais.

Não que eu fosse contra eles, porém acho de tremenda babaquice por sua vida em risco por algo do tipo, também não acho que deve ser tão legal matar sangue ruins, apesar de achá-los inferiores, ainda são pessoas dignas de terem uma vida.

Sua falta de sangue mágico os fazem apenas inferiores, mas não os fazem menos digno de vida.

—Gostaríamos que você entrasse para o grupo de seguidores do Lord, como um representante de nossa família. Claro, não poderia esquecer de lhe falar que sua prima Bellatrix também está interessada junto de seu marido Rodolfo.—

Walburga demonstra uma grande empolgação ao falar de Bella, a sobrinha que deu certo.

— Tendo em vista que será o melhor a se fazer, posso me juntar a eles. —
Digo por fim, lutar contra não seria o melhor a se fazer.

Nessa casa, a cadeira da ponta é do meu pai, o maior pedaço de carne é do meu pai, o escritório é de meu pai, a grande poltrona é de meu pai, porém a última palavra é de minha mãe.

____________◇____________

Q̶u̶e̶r̶i̶d̶o̶ ̶S̶i̶r̶i̶u̶s̶...




̶ ̶ ̶C̶a̶r̶o̶ ̶S̶i̶r̶i̶u̶s̶...




̶ ̶ ̶A̶m̶a̶d̶o̶ ̶s̶i̶r̶i̶u̶s̶...


Cometi muitos erros antes de conseguir escrever esta carta, mas, depois de tudo, acho que finalmente conclui meu objetivo...



Sirius,
Lhe escrevo está carta para saber como você está, saber se ainda pensa em mim, saber se ainda sou seu irmão.

A está altura, já deve ter ouvido falar sobre o bruxo das trevas Voldemort, aquele que pretende se desfazer de todos os nascidos trouxas do mundo bruxo, aquele que promete trazer toda glória Bruxa de volta para nós. Venho por meio desta carta lhe informar que estou entrando para seu grupo de apoiadores, chamados de "Comensais da morte", e lhe informo que não é por livre e espontânea vontade, logo, lhe peço desculpas.

Desculpa por ter tanta inveja de ti.

Gostaria de ser corajoso como você; Gostaria de ser forte como você;
Gostaria de ser determinado como você;

E gostaria de estar com você.

Saiba que farei de tudo para nunca te perder, eu não aguentaria tamanha dor.

Com amor,
Regulos Arturos Black.

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