após uma incrível descoberta, a jovem Charlotte descobre um método eficiente de viajar no tempo, tendo essa ideia em mente, a mesma volta até o tempo dos marotos, na missão de ajudar Regulos Black a sobreviver a ilha e capturar outras horcruxes para...
Pai, afasta de mim esse cálice, pai Afasta de mim esse cálice, pai Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga? Tragar a dor, engolir a labuta Mesmo calada a boca, resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa? Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, Pai! Afasta de mim esse cálice (Pai!) Afasta de mim esse cálice (Pai!) Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado Se na calada da noite eu me dano Quero lançar um grito desumano Que é uma maneira de ser escutado
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Os dias em Hogwarts passavam rapidamente; mal notei quando chegou o Natal. Mais um fim de ano no qual eu seria obrigado a suportar toda a minha família; não sou o maior fã de pessoas interesseiras que claramente só querem sugar seu sangue.
Certamente, haveria um grande banquete com as mais importantes famílias do mundo bruxo presentes, e eu seria adorado como se fosse um Deus, nada de novo. As famílias empurrariam suas filhas para o meu colo, como se um casamento com um Black fosse tudo que precisassem.
Muitos morreriam para estar no meu lugar, mas sinceramente não consigo levar tudo isso para o lado bom. Tudo que eu queria era coragem, assim poderia ser quem eu sou, sem me importar com meu sangue, assim como Sirius fez.
Estar em Hogwarts se tornava uma tortura quando eu esbarrava com meu irmão pelos corredores, ou quando era jogo Sonserina contra Grifinória, ou quando tinha a tão temida festa do Clube do Slug. Em todos esses momentos que eu dividia o mesmo espaço que meu irmão, era possível ver seus olhos indecifráveis sobre mim. Sei que ele não gosta de mim, pois até o momento não havia respondido nenhuma de minhas cartas.
Não sabia que meu irmão poderia ser tão cruel assim.
Não sabia que o mesmo irmão que já havia levado inúmeras punições em meu lugar poderia ser tão malvado.
Sirius, saiba, eu só queria te ver novamente. Por favor, me responda. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Por favor. Eu imploro, só quero ter você de novo, quero meu irmão de novo, Sily. Lembra das noites chuvosas que você passou em meu quarto, me protegendo do meu maior medo? Eu lembro de você tentando me explicar que a chuva não iria me fazer nenhum mal, que eu estava seguro dentro daquela casa, mas você mentiu. Eu não estou seguro dentro daquela casa. Por favor, me salva.
Seu irmão, Reggie.
Mandar cartas para ele estando no mesmo lugar que ele era de fato complicado. Não podia entregá-las pessoalmente, pois, caso alguém visse e meus pais ficassem cientes sobre o encontro, eu poderia ser severamente punido. Não gosto nem de imaginar o que me ocorreria caso meus pais desconfiassem que tento contato com Sily. Então eu me virava, do jeito que podia, entregava as cartas para a minha coruja, e a mandava o entregar.
Nunca tive coragem o suficiente para o ver pegá-las no salão, então geralmente eu me sentava de costas para a mesa da grifinoria. Bem, ele também sempre se sentou de costas para a mesa da sonserina.
Sirius Black Natal De 1975
Poderia ser mais um dia comum na mansão Black, mas aqui nunca é um dia comum.
Minha mãe chorava de forma exagerada, e gritava palavras desconexas. Meu pai me olhava com um olhar fulminante, eu poderia jurar ver fumaça saindo de suas narinas.
—COMO PODE TER FEITO ISSO COM O GRANDE NOME DA FAMILIA BLACK, COMO PODE? Walburga gesticulava enquanto se aproximava mais de mim. — Eu gostaria que você nunca, nunca tivesse nascido. Ela cuspia as palavras em meu rosto.
Logo um silêncio se instalou pela casa, e o silêncio foi cortado por uma fala baixa, quase um susuro.
—Crucio Minha mãe fala
Um longo grito é solto por mim.
Um soluço é solto por meu irmão.
A dor era indescritível, e eu preferi a morte do que ter que sentir essa mesma sensação denovo.
Pela primeira vez depois do início da briga, noto meu irmão encostado no canto da sala. Reggie assistia tudo com silenciosas lágrimas molhando todo o seu rosto, os olhos vermelhos evidenciam que ele havia começado a chorar no início da briga.
E foi olhando em seus olhos verdes, que eu decidi naquela noite dar um fim naquilo.
—SIRIUS ORION BLACK, AONDE VOCÊ VAI, VOLTE JÁ AQUI. meu pai gritava, me seguindo pela escada — PARE JÁ, EU NÃO TERMINEI DE FALAR COM VOCÊ !
Eu apenas tentava o ignorar e seguir direto para o meu quarto.
—o que acha que esta fazendo Sirius III ? Coisas semelhantes eram berradas
—ESTOU DEIXANDO ESTE LUGAR! Estou indo embora. EU ODEIO TUDO ISSO, TODA ESSA BESTEIRA DE SANGUE E... E ESSA PALHAÇADA JÁ ME DEIXOU DE SACO CHEIO.
Entro em meu quarto, para pegar apenas o essencial
Pego meus documentos, dinheiro e uma foto, e saio de casa sem rumo, deixando meu bem mais precioso lá dentro.
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[Para todos verem: a foto contém um garoto de aproximadamente 7-8 anos, pele clara com sardas, olhos verdes e cabelo castanho escuro. Ele está vestindo uma camisa branca. A foto mostra apenas do colo para cima. Em baixo está escrito "Regulus A. Black 1972."]
...
Talvez o mundo não seja pequeno (cálice) Nem seja a vida um fato consumado (cálice, cálice) Quero inventar o meu próprio pecado (Cálice, cálice, cálice) Quero morrer do meu próprio veneno (Pai, cálice, cálice, cálice)
Quero perder de vez tua cabeça (cálice) Minha cabeça perder teu juízo (cálice) Quero cheirar fumaça de óleo diesel (cálice) Me embriagar até que alguém me esqueça (cálice)
