𝕬𝖉𝖊𝖑𝖆𝖎𝖓𝖊, percy jackson!

02. capítulo um



❛capítulo um.

Deixe o céu cair
Quando ele desmoronar
Nós estaremos de pé
Encararemos tudo juntos. 
Skyfall,
Adele. 

Adelaine observou os trovões pela janela de seu quarto, enquanto trazia seu seus joelhos contra o peito. Ela observou o clarão que o raio deixou apor alguns segundos ao cair do ceu com violência, enquanto seu olhar vago era levado de forma inconsciente aos eventos daquela manhã.

Após despertar de seu desmaio, todos pareciam alheios ao que ela e Percy tinham vivenciado. Adelaine poderia até considerar que tudo foi fruto de sua imaginação, desejava que fosse apenas isso. No entanto, essa esperança desvanecia ao perceber que Percy também lembrava dos acontecimentos tanto quanto ela. 

- Acho que está na hora de trocar de roupa, antes que você fique resfriada, querida. - Falou sua mãe em um tom doce, e a garota assentiu após ver que a ela ainda se encotrava de roupão. 

Meia hora depois, após trocar de roupa, Adelaine encontrou sua mãe na sacada, sentada no sofá acolchoado, contemplando a tempestade. Os trovões ressoavam ocasionalmente, sua glória iluminava a sacada mal iluminada. 

Adelaine sentou-se ao lado de sua mãe, aconchegando-se a ela, buscando seu calor e a sensação reconfortante de segurança.

- Acho que você gostaria de saber que Percy está bem, liguei para a mãe dele enquanto estava no quarto, - informou sua mãe, acariciando sua cabeça. A garota apenas assentiu, fazendo com que sua mãe desviasse o olhar do horizonte acima delas para encarar a garotinha em seus braços. - Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não é, querida?

Adelaine saiu do abraço de sua mãe para encará-la nos olhos. Em seguida, contou todos os eventos, ou pelo menos tudo o que ela acreditava ter acontecido. Ao concluir, a única resposta de sua mãe foi um suspiro. Não havia expressão de descrença, raiva ou qualquer sinal de dúvida sobre o relato da pequena garota. - Mãe, eu estou louca? F-foi tão real-

- Não!... não, - exclamou a mulher, percebendo o impacto de sua ação na mais nova. Annabeth trouxe sua filha para mais perto, olhando nos olhos que tanto se assemelhavam aos do pai. - Você não é louca, ouviu? O que aconteceu hoje... realmente aconteceu.

- Mãe..

- Não. Escute, - pediu ela. - Eu vou te contar algo que mudará toda sua vida a partir de agora. Então, preciso que você me ouça com bastante atenção, - Annabeth disse, observando o semblante da garota. - Lembra daquelas histórias que eu contava para você quando era mais jovem?

- Sobre os Deuses, os semideuses e o acampamento? - perguntou Adelaine, com o semblante confuso. - Sim, mas...

- Eles são reais, - interrompeu Annabeth. - Todas aquelas histórias, tudo. São reais. 

Annabeth fitou sua filha, cujos olhos refletiam um turbilhão de emoções. Contudo, nenhum som escapou de seus lábios. 

- Minha mãe, era uma cerva da Deusa Atena, assim como a mãe dela e assim como eu era para ter sido. – contou a mais velha, com o olhar perdido na chuva. – Mas de alguma forma, ela foi mandada para o acampamento de semideuses para ajudar a criá-los. – Ela falou. –  Ela nunca me falou, mas eu sabia que aquilo era algum tipo de punição para ela.

Um trovão ressoou no ar, fazendo a mulher olhar para a Monroe mais nova, que a fitava com descrença. - A Senhora... A Senhora está dizendo-

- Que eu não sou totalmente humana, sim - confirmou. - Eu sei o quanto pode ser difícil acreditar, se fosse por mim, você nunca saberia disso-