capítulo um.

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     Meu humor era péssimo durante a manhã e eu obviamente reconhecia aquilo, afinal eu não era tão filho da puta

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     Meu humor era péssimo durante a manhã e eu obviamente reconhecia aquilo, afinal eu não era tão filho da puta. Acordar cedo me desgastava totalmente e eu vivia no piloto automático, até que o meu corpo finalmente decidisse acordar.

──── Bom dia, Nono. ── Meu pai comentou sorridente, enquanto equilibrava uma bandeja com frutas e a garrafa com suco de laranja.

──── Não podemos ter um café da manhã normal? Eu quero gordura!

──── Você quer se matar?

──── Quero. ── Dei de ombros, pegando uma grande fatia de melancia.

──── Deus te livre, meu filho! Acorda para a vida Sunoo, quer alongar antes de ir?

──── Não, pai. ── Revirei os olhos, aquelas eram as desvantagens de ser filho de alguém tão fitness.

Por mais que eu gostasse muito de esportes e fosse bem saudável, ele passava dos limites.

As vezes eu me perguntava como minha mãe e minha irmã e estariam vivendo. E, elas provavelmente não corriam no parque todo final de semana, às seis e meia da manhã.

Eu sentia falta delas mas a vida com o meu pai era melhor para mim, éramos muito mais parecidos e na maior parte do tempo, nos dávamos muito bem. A separação deles havia sido difícil para todos nós mas eu havia aprendido a não me importar, eu apenas queria seguir em frente.

──── Eu adoraria ver você inscrito no time, ouvi dizer que o treinador é ótimo.

──── Eu não vou participar de nenhum projeto da escola, é sério.

──── Você precisa se misturar mais, Sunoo.

──── Okay pai, anotado.

Meu pai costumava ser super popular, capitão do time e sempre estava com o pessoal mais descolado da escola. Porém ele precisava entender, que eu não era igual à ele.

Tomamos o café da manhã rapidamente e não demorou muito para estarmos finalmente prontos.
Por mais atrasados que estivéssemos, acabamos fazendo o caminho a pé, afinal meu pai era mesmo um maluco quando se tratava de exercícios.

Graças àquilo, eu tinha basicamente trinta segundos para chegar até a minha sala. Mal tive tempo para me despedir do meu pai, apenas peguei a minha mochila e corri o mais rápido que eu consegui afinal a professora da primeira aula, era mais do que intolerante a atrasos.

Enquanto eu corria como se a Zara estivesse em uma liquidação de 70%, acabei tropeçando no pé de alguém e indo de cara para o chão. Para a minha sorte, os corredores estavam vazios porém aquilo não diminuiu o meu estresse.

──── Meu Deus, desculpa! Você está bem? ── O garoto me estendeu a mão, eu apenas bufei irritado e então me levantei.

──── Caralho mesmo, por que colocou o pé na minha frente?

──── Opa calma aí, era você quem estava correndo.

Assim que eu consegui ficar em pé, percebi que ele era muito mais alto do que eu.

──── Isso não te dá o direito de me derrubar! ── Comentei ainda mais irritado, ao perceber que ele estava segurando a risada. ──── Olha o tempo que eu perdi aqui, que saco! A professora já não gosta de mim e agora eu estou ferrado.

──── Foi mal! Mas você também é bem rude, não acha?

Revirei os olhos e então ignorei completamente o garoto irritante e voltei a correr para a minha sala, eu já estava cerca de um minuto atrasado. A porta já estava fechada e assim que eu tentei abri-lá, recebi o olhar mortal daquele projeto de demônio, ela não me deixaria entrar.

O meu dia mal havia começado e já estava péssimo e seguindo os costumes de ser um belo filho da puta, eu colocaria a culpa por todos aqueles problemas, no garoto alto que havia me derrubado.

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