Charles Leclerc
Quando eu era criança os adultos diziam para mim que ao estarmos perto da morte começávamos a ver todas nossas lembranças boas, ruins e principalmente nossas lutas, contudo eu tenho que fazer uma distorção dessa teoria. Creio eu que este não é um privilégio somente das pessoas que estão perto da morte, mas também daqueles que estão ao ponto de perder alguém que amam além do permitido
No momento que olhei para cima e vi aquela arma na cabeça de Arthur eu senti que tudo estava acabado, lágrimas talvez de medo escorriam dos seus olhos como quando ele era criança e se machucava, fazendo eu me sentir mais quebrado que tudo se é que é possivel, Arthur era meu único irmão, minha força e meu companheiro de vida, sangue do meu sangue, o melhor presente que minha mãe poderia deixar antes de partir
Eu tinha apenas cinco anos quando Arthur chegou a minha vida, meus olhos brilharam quando o peguei no colo pela primeira vez, foi o dia mais feliz da minha infância, e eu jurei cuidar dele até o último dia de minha vida independente do que precisasse fazer
...
- Meu amor cuidado com seu irmão ele é frágil!
- Eu sei mamãe ... - passava os pequenos dedos pelo seu rosto tão delicado e macio - eu amo você thurthu, prometo cuidar de você pra sempre de montão...
...
E agora olhando para cima eu acabo de constatar que não cuidei, que não fui forte e que não tive capacidade de protegê-lo como eu sempre prometi...
- VAMOS ARTHUR FALA CARALHO, QUAIS SUAS ULTIMAS PALAVRAS? - lucyan gritou
Seguro meu braço que ainda está sangrando e aperto com força, Domenicali tem razão, a dor física faz eu esquecer a emocional as vezes...
Abaixo a cabeça para não ver o que irá acontecer, não aceitava esse fim, não depois de tanta luta
Não depois de tudo...Ouço o disparo...
Porém o corpo que cai em minha frente não é o de Arthur, mas sim o de lucyan, o mesmo está morto com um buraco de bala no meio da testa, levanto o rosto e olho na direção que veio o tiro e vejo kaira
- Jamais toque no meu marido!
Arthur se levanta e sai correndo para os braços da amada a beijando como se sua vida dependesse disso e eu finalmente consigo respirar aliviado
Max então se levanta com raiva - Como você sabia que estávamos aqui jade? - (uma curiosidade, ele nunca chama ela pelo primeiro nome, é sempre por jade ou Bianchi, nunca descobrir o porquê disso) talvez seja algo deles
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forgive darling
FanfictionAmélia Lucy Muller é uma brasileira formada em jornalismo investigativo e apaixonada por jornalismo esportivo, no auge de sua carreira com 21 anos ganha a oportunidade que pensa ser a de sua vida "fazer a cobertura do Gran prix da Espanha 2021" rep...