Ele governa a máfia com mão de ferro, enquanto ela, criada pelo pai na crueldade da rivalidade, é uma assassina letal. Seus destinos se entrelaçam em uma festa, onde a atração floresce antes que a verdade obscura venha à tona. Agora, presos entre le...
O homem amarrado ecoa os gemidos abafados no prédio deserto. Meu assistente se aproxima sussurrando sobre o próximo alvo. Sem desviar o olhar, ordeno que deposite os papéis na mesa e espere.
Ao finalizar com o homem sob meu comando, me aproximo dos papéis, manchada de sangue. A luz fraca destaca as marcas de violência em minhas roupas.
Ao ler, um lampejo de reconhecimento passa por mim.
-Vincenzo. -Murmuro seu nome, e meu assistente inicia o relato sobre ele. Reconheço-o de algum lugar, mas a penumbra me impede de identificá-lo completamente.
Permaneço em silêncio, relendo as informações e desviando o olhar para as fotos. Conheço esse homem de algum lugar.
Mando meu assistente pegar um carro para voltarmos para casa, a frieza em minha voz não revela a complexidade de sentimentos que me assolam. Enquanto ele deixa a sala, percebo meu olhar demorando na foto de Vincenzo.
Observando a imagem, uma confissão escapa de meus lábios.
-Ele é bonito. -Uma pausa, e então a brutal verdade emerge.- Bonito é pouco. Ele é o homem mais lindo que já vi. É uma pena ter que matá-lo, ele faz o meu tipo.
Contemplo a foto, minha expressão se tornando mais reflexiva.
-Por que esse homem incrível tem que ser um Cassano?
Desvio meu olhar da foto de Vincenzo para meu assistente, que retorna para me chamar para o carro. Meu rosto impassível contrasta com o turbilhão de emoções que percorre meu interior.
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Vincenzo
Em meu escritório, aprecio uma taça de vinho, o olhar perdido através da janela que revela a cidade noturna. O silêncio é rompido pelo som firme de batidas na porta, e Luca adentra com papéis em mãos.
-Capo. - Diz colocando os documentos sobre a mesa. Seu rosto sério denota a importância do conteúdo. Observo enquanto ele menciona as informações sobre os envolvidos na morte de Mario, minha mente alerta.
Luca continua, revelando as escassas informações sobre a assassina, destacando que a maioria foi extraída de seu currículo. A incerteza paira no ar quando ele confirma que não sabem quem é o pai dela, mas enfatiza que é alguém poderoso. Intrigado, questiono sobre as medidas tomadas para proteger seus segredos.
-O pai dela fez o possível para blindá-la. -Luca responde, revelando as tramas de poder que envolvem a misteriosa assassina. Enquanto observo os papéis diante de mim, percebo que esta mulher é mais do que uma simples executora, ela é um enigma.
Dispensando Luca com um aceno impaciente, permito-me um instante a sós para mergulhar nas informações.
Ao examinar os papéis, não consigo conter um xingamento, frustrado pela falta de detalhes concretos sobre a mulher que tirou a vida de Mario. "Che cazzo," escapa de meus lábios, um reflexo da tensão que se acumula em meu interior.
