Vincenzo despertou abruptamente, envolto em um suor frio. Seus olhos cansados refletiam os resquícios do pesadelo, ecoando os rostos das vítimas. O quarto silencioso se tornava sufocante enquanto ele lutava contra as memórias.
Com um suspiro profundo, ele se levanta da cama, a luz pálida do amanhecer revelando a palidez de seu rosto. Com uma expressão vazia, ele caminhou até o banheiro, buscando redenção na água gelada que caía do chuveiro.
Após um tempo que pareceu uma eternidade, Vincenzo emergiu do banheiro, envolto apenas por uma toalha na cintura. Seu corpo exibia a marca de uma noite turbulenta, mas era nos machucados recentes que seu olhar se fixava. Observou as marcas deixadas pelos três assassinos enviados por Paolo.
Diante do espelho, seus olhos encontraram os cortes superficiais e o rosto endureceu.
-Parasita maldito. - A toalha apertou-se em seus punhos, as mãos cerradas de raiva enquanto ele encarava sua própria imagem refletida. Tocou a ferida, e as palavras em italiano escaparam entre dentes cerrados. -Che cazzo.
Ele pega uma pomada para cuidar dos machucados, sua expressão séria denunciando a dor física. Enquanto massageia o produto nas feridas, ele resmunga entre dentes, xingando Paolo e as próximas gerações dele. As palavras afiadas ecoam no ar, refletindo a intensidade de sua frustração e irritação com a situação recente.
Então, ele fecha a tampa do pote de pomada com um movimento brusco, a expressão endurecida. Com um gesto de raiva, ele joga o pote longe, assistindo enquanto o mesmo se choca contra a parede com um estrondo. O ato serve como uma libertação momentânea, deixando o local ecoando com o som do impacto.
Antes que pudesse prosseguir com seus xingamentos, o silêncio foi quebrado pelo som insistente de seu telefone. Luca, o nome piscando na tela, trouxe uma pausa momentânea.
Vincenzo adentrou o galpão deteriorado, seu terno preto contrastando com a decadência ao redor. odor insuportável de entulhos, umidade e sangue impregnava o ambiente abandonado, enquanto goteiras pingavam incessantemente.
Caminhando entre as goteiras, Vincenzo estreitou os olhos ao notar ratos e baratas atravessando seu caminho, como se o próprio ambiente estivesse vivo com a decadência que o consumia. Uma expressão de repulsa e nojo se desenhava em seu rosto enquanto ele avançava.
O olhar afiado de Vincenzo se fixou em cinco figuras sentadas em cadeiras velhas, suas silhuetas deploráveis e manchadas de sujeira e sangue. A repulsa se transformou em reconhecimento quase imediato. Eram os cinco homens, agora cadáveres em um espetáculo mórbido.
Seus olhos percorrem os detalhes.
-Conheço esses rostos. -Murmura Vincenzo consigo mesmo.
Sua atenção foi desviada para um pequeno pedaço de papel colado em uma das cadeiras. As palavras escritas em um post-it capturaram seu olhar, "5 Lucianos para o meu Cassano favorito. (obs: use de adubo para os vinhedos)" -Ao lado da instrução, um coração desenhado como um toque final. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto ele absorvia a mensagem, uma mistura sinistra de familiaridade e desconcerto.
Segurando a ânsia de vomitar, Vincenzo foi alertado por um ruído atrás dele, prontamente apontando uma arma. Luca surgiu, explicando que ouvira um barulho do outro lado do galpão. Vincenzo, perplexo, mostrou o post- it a Luca.
-Você sabe quem escreveu esse post-it?
Ele franze a testa.
-Não estava aí antes. Não faço ideia de quem possa ter feito isso.
Os corpos ensanguentados mantiveram o olhar de Vincenzo, mas um som de passos sobre poças d'água desviou sua atenção. Uma silhueta feminina, vestida de preto, emergiu calmamente do galpão.
Vincenzo sai apressadamente do local, determinado a alcançar a mulher, mas ao chegar ao carro, encontra apenas um post-it no vidro. "Espero que goste do presente. Também odeio aquela família. (Carlo, Antonio, Matteo, Giuseppe e Marco.)"
Os nomes dos cinco membros mortos ecoam na mente de Vincenzo. Uma sensação fria e intensa percorreu sua espinha, e, ao contrário da repulsa anterior, um sorriso sutil se formou nos lábios de Vincenzo.
O pai de Seoyeon desliga a ligação abruptamente, deixando um silêncio tenso no ar. Ele permanece olhando para a filha do outro lado da mesa, com uma expressão que mistura raiva e frustração.
Ela permanecia serena, concentrando-se na carne diante dela, enquanto seu pai começava a despejar acusações no ar.
-Foi você, Seoyeon? Você matou os cinco membros da família Luciano?. - Ele rugiu, sua voz ecoando pelas paredes da sala de jantar.
Ela levou um pedaço de carne à boca, ignorando as acusações. O clima tenso explodiu quando o copo de whiskey voou em sua direção, estilhaçando-se na parede atrás dela.
-Papai, você errou. Está perdendo a prática. E não, não fui eu.
O pai de Seoyeon a encara com incredulidade após suas palavras
-Quem mais seria capaz de matar cinco homens de uma vez?!
Imperturbável, ela soltou o garfo e a faca no prato, encarando-o.
Já disse que não fui eu. -As palavras dela pareciam cortar o silêncio tenso, mas antes que pudesse continuar, um objeto cortante foi arremessado em sua direção, cortando-lhe a bochecha.
-Você espera que eu acredite nisso?
Ela limpou o sangue ameaçando escorrer, sussurrando em tom baixo.
-Alcoólatra maldito. -Em seguida, olhou para ele com firmeza. -Não ligo para o que você acredita.
Ele se manteve em silêncio, a raiva ainda evidente em sua expressão, mas sem palavras para continuar a acusação.
Demonstrando um desinteresse frio, empurrou o prato à sua frente para longe. E com um suspiro profundo, Seoyeon olha para o objeto e para seu pai.
-Perdi a fome. Jante sozinho. -Ela se afasta da mesa, deixando seu pai atônito.
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The Sweetest thing on this side of hell
FanficEle governa a máfia com mão de ferro, enquanto ela, criada pelo pai na crueldade da rivalidade, é uma assassina letal. Seus destinos se entrelaçam em uma festa, onde a atração floresce antes que a verdade obscura venha à tona. Agora, presos entre le...