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Arturo Sombravento respirou fundo

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Arturo Sombravento respirou fundo.

Na carroça do mercador, ele contemplava o verão sobre as Terras Meridionais. O ar espesso, impregnado pelo odor da relva e dos cavalos, preencheu seus pulmões. Seu corpo, envolto em tecidos negros, exsudava sob o céu azul, sentindo o eco das rodas e ferraduras na estrada pavimentada.

Ao longo do trajeto, árvores farfalhavam, cada folha dançando em harmonia com o cântico dos pássaros. Os regatos distantes, com seus murmúrios caudalosos e reflexos cintilantes, conferiam um sabor de infância à manhã saturada de expectativas, enquanto o sol brincava sobre as águas.

— Estamos quase lá, jovem mago — disse o mercador, com um sorriso enrugado, guiando as rédeas da carroça. — Já posso sentir as vibrações das ruas, o pulsar do comércio. Há beleza e perigo em igual medida depois daquela ponte. E as melhores tavernas da Costa Vorpal!

Arturo, fechando seu velho e pesado grimório, olhou para a construção arqueada sobre o rio Pelegrino.

— Certamente, mercador. — Pausa. — O feitiço da pontualidade se perdeu. Mas o encanto da cidade aguarda.

Deixando para trás os campos dourados e as colheitas ondulantes, a carroça cruzou a ponte de alvenaria, revelando um novo cenário. Torres de pedra e telhados de ardósia emergiram no horizonte, prometendo uma experiência distinta da tranquilidade rural que os acompanhara até aqui.

Imerso em devaneios, Arturo ansiava pelas maravilhas e mistérios que o aguardavam na cidade de Vereda do Grifo.

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