Capítulo 04

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A aula de poções com o professor Slughorn pareciam mais animadas do que com Snape, talvez fosse a aura animada e entusiasmada do professor com Harry em sua turma ou então, outro motivo pelo qual Arielle não sabia identificar.

Nos primeiros momentos, o professor apresentou poções como Amortentia, o que explicou o porque ela sentia o cheiro de quadribol dentro da sala subterrânea, sua maior paixão. Até que ela petrificou quando Harry passou por ela na bancada, atrasado com Rony, exalando o mesmo perfume.

Ela apenas torcia para não estar corada.

Com o desafio proposto por Slughorn em recriar a melhor poção do Morto-Vivo, para ganhar a poção de Felix Felicis, Arielle tentava se empenhar o máximo que conseguia mas nada do que estava escrito no livro parecia fazer efeito no caldeirão.

Ao olhar para os outros, notou que não era somente ela que estava tendo problemas, exceto por Harry, o que a fez estranhar se o livro que ele pegou no armário realmente era o mesmo que a turma estava usando.

Com o preparo do líquido, Arielle acreditou que chegou próximo ao que deveria ser o resultado ideal. Ela não esperava ganhar o prêmio, só esperava que não lhe desse uma nota baixa.

— Senhorita Coleman — Slughorn chamou a garota, aproximando-se da sua bancada — Ouvi muitas coisas boas sobre a senhorita, principalmente envolvendo poções. Agora, vejamos.

Examinando minuciosamente, o nervosismo da garota passou quando o professor disse que ela chegou perto da poção perfeita, mas que não estava 100% completa, dando uma nota positiva.

O comportamento de Slughorn na poção de cada aluno foi completamente diferente quando chegou em Harry, e ao eleger a do Potter como a poção perfeita lhe dando o frasco do prêmio, a garota soube que tinha algo muito errado.

A aula acabou e antes mesmo que pudesse abordar o amigo, a garota ouviu seu nome ser chamado.

— Senhorita Coleman, por favor, espere — Horácio se aproximou da garota — Quero que saiba que, se houvesse um outro frasco, com certeza seria da senhorita. Ouvi que é uma bruxa excepcional em várias matérias além de uma ótima artilheira no quadribol.

— Muito obrigado, professor.

— Sabe, tenho o costume de reunir um grupo de alunos que enxergo futuros promissores. Poderia se juntar a nós em uma das reuniões, o que acha?

Na hora, a mente da jovem fez um estalo e soube que aquilo era um convite para participar do clube do Slughorn.

— Claro, um dia irei nessas reuniões. Obrigado pelo convite.

— Explêndido! Explêndido! Pode ir, senhorita.

Arielle apenas sorriu fraco antes de sair da sala e apressar os seus passos até alcançar o grupo de amigos, que cercavam Harry sobre o que ele havia feito para se destacar tanto em poções.

Com suas habilidades de quadribol, a jovem arrancou o livro surrado da mão do garoto e com um sorriso maroto, começou a folhear o objeto até notar que havia algo na capa que era diferente dos demais livros.

— Este livro pertence ao príncipe mestiço — ela leu em voz alta — E quem seria esse ser milagroso que fez você se destacar em um dia em poções o que não conseguiu desde o primeiro ano?

— Para com isso, Ary. Me devolve — o garoto tentou pegar mas Arielle desviou, e quando ele tentou novamente, ela saiu correndo pelo corredor com Harry atrás de si.

Graças as habilidades de quadribol que ambos possuíam, conseguiram correr ferozmente pelos corredores até que Arielle entrou no salão comunal da Grifinória.

— Arielle!

— Deixa eu ver o livro, espera um pouco!

— Eu vou deixar se você me... — mas antes que ele pudesse falar algo, acabou caindo em cima da menina, derrubando os dois no sofá.

O coração de Arielle se acelerou ao ver que Harry estava tão perto dela, mas tão perto, que podia enxergar cada ponto de suas íris verde por trás dos óculos. O Potter também notava o quanto a Coleman mudou em pouco tempo, ganhando uma nova perspectiva principalmente ao notar que o aroma de lavanda que sentiu na sala de poções quando entrou atrasado também estava nela.

De repente, para o garoto, os lábios da Coleman estavam aparecendo atrativos, tão rosados e tão próximos ao ponto de sentir o seu hálito do chiclete de uva que ela mastigava anteriormente.

Talvez, só talvez, ele desejasse provar o sabor de modo não convencional...

— Ok, aqui está o seu livro — ela devolveu quando conseguiu falar sem que sua língua saísse algo como "blá, blá, blá", tirando o Potter do transe que se encontrava — Agora saia de cima de mim, está pesado.

Desajeitado, o rapaz saiu de cima da amiga e olhou para outro ponto da sala que não fosse os olhos castanhos esverdeados da Coleman. A cena havia sido presenciada por um pequeno grupo de primeiranistas, então Arielle não se preocupou tanto, pelo menos não naquele momento.

— Quando quiser ler o livro, eu te empresto, ok?

A porta da sala se abriu e Hermione entrou junto com Rony observando a cena na frente deles, sem entender o que havia acontecido anteriormente para cada um olhar para o lado oposto do salão.

— Ok, hã... vou estudar agora. Vejo vocês depois pessoal — Arielle saiu correndo, sob o olhar do trio.

Ronald não entendeu o que houve, mas Hermione observando o olhar meio abobado de Harry para as escadas das quais a Coleman se dirigiu não precisou pensar muito, o que fez com que a Granger começasse a pensar em como faria com que os dois pudessem se unir finalmente.

— Também tenho deveres para terminar, vejo vocês depois.

Assim que entrou dentro do quarto, a Granger notou que Arielle estava nervosa e andando de um lado para o outro.

— Você está bem?

— Claro! Por que não estaria? — o tom de voz nervoso como se tivesse sido pega no flagra fez com que Hermione cruzasse o braço — Não me encare assim, por favor. Eu só estou torcendo para não estar vermelha e procurando vergonha na cara para encarar o Harry de novo. Não sei o que deu em mim pra fazer aquilo, tem chances de ser a amortentia?

— Não, a poção não faria aquilo. Você sabe o que é, Ary, por que esconde?

— Porque eu sei qual será a resposta e não quero me frustrar — rebateu a garota, se jogando na cama — Não quero perder o que temos.

Hermione não disse mais nada, apenas observou Arielle estar em seu dilema interno enquanto a jovem tentava recuperar as batidas do seu coração após ficar tão perto do Potter com outros sentimentos falando mais alto.

E, por Merlin, o sexto ano havia apenas começado.

•─⊱⚯͛⊰─•

Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Último capítulo do ano de Sparks Fly com os sentimentos do nosso casal Harielle começando a sentir coisas um pelo outro que não podem florescer, ah esse sexto ano promete...

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!

Até o próximo!

Sparks Fly - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora