𝙄 𝙖𝙢 𝙛𝙞𝙣𝙚!

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Já havia amanhecido e os únicos resquícios de pensamentos que eu tinha eram totalmente voltados para a brincadeira que foi realizada ontem.

Aquilo foi absurdamente incrível, e sempre que eu lembrava me dava uma tremenda vontade de rir; Eu considerava isso normal, aliás, era minha única reação forçada sobre o nervosismo que ainda habitava em meu corpo e estremecia minha pele;

Umild estava agindo normalmente comigo, pelo menos, era a impressão que eu tinha tido sobre a forma que ele demonstrava me tratar naquele fim de noite tão agraciado.

Eu não tinha a menor ideia do que viria por hoje, porém a luz clareando mais e mais os pequenos espaços recém tampados em minha janela me demonstravam sem sombra de dúvidas que estava na hora de levantar e tomar um café bem reforçado, visto que não havia me alimentado bem na noite anterior; Afinal, todos ali eram preguiçosos em questão a seus dotes culinários.
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Ao terminar de realizar minhas higienes pessoais e tomar um banho bem generoso, vesti uma blusa qualquer e um shorts jeans preto levemente rasgado em um modelo considerado normal; Seguindo plenamente meu lema: Dias normais; Roupas normais.

Desci as escadas ainda com a toalha na cabeça e conforme fui me aproximando da cozinha onde nos encontraríamos para uma alimentação digna, percebi que ninguém estava lá; Achei super estranho, afinal, já eram 09:00 da manhã e normalmente eram para todos estarem ali em seus devidos lugares, ou pelo menos, quase todos; Mas nem uma sugestão nem outra estavam sendo cumpridas.

Não era capaz que eles ainda estivesse dormindo, mas, por desencargo de consciência, não vale nada verificar; Fui passando quarto por quarto, e para minha surpresa, todos estavam vazios; Ou pelo menos, quase todos.

Umild estava em seu quarto, ainda dormindo...Mas pera lá, abraçado em um ursinho??? Do Botafogo?? Eu juro que tentei me segurar e rapidamente me retirar fora do quarto, entretanto, fui duramente interrompida pela voz grossa e sonolenta de Umild dizendo:

-Nunca viu o Biriba não? Estranha!

-Como caralhos você me viu aqui? Rebati com uma dúvida impertinente, já que, ele estava dormindo, e eu jurava por tudo que me era mais sagrado que não havia feito nenhum barulho, justamente, para não acordá-lo.

-Eu já tava acordado; Mas e você? Que que tá fazendo no meu quarto de novo.

-Pelo jeito todo mundo saiu, olhei no quarto de cada um e não achei ninguém, desci lá embaixo e não achei ninguém, juro que já olhei em todos os lugares dessa casa e não tem nenhuma alma viva aqui.

-E eu não sou? Perguntou ele em forma de uma piada ou uma pessima tentativa de brincadeira.

-Não.

Ele pegou seu celular que estava ao lado de sua cama e delicadamente analisou se havia alguma mensagem de pelo menos uma das pessoas que habitavam naquela casa junto conosco, e como forma óbvia; Keller havia lhe enviado um áudio dizendo que foram em algumas lojinhas asiáticas espalhadas pelo centro para comprarem comidas estranhas, já que Scott tinha tido uma ideia de vídeo para seu canal;

"Provando doces estranhos"

-Escutou? Eles foram pro centro, não preparam o café e nos deixaram se fuder de fome aqui.

Ao escutar a análise do áudio feita por Umild dei uma leve risada e me retirei do quarto, ressaltando ao menino que ainda estava deitado em sua cama que era para levantar logo e não ficar enrolando, aliás, por mais de quase ninguém estar ali presente, aquela cozinha e sala deveriam ser dignas de uma arrumação de qualquer maneira, independente de quem havia bagunçado ou quem simplesmente não havia feito nada mas ainda sim era condenado a cuidar de uma culpa meramente não justa.
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Já eram 11:30, já estávamos quase terminando de organizar a bagunça quando desgraçadamente me envolvi em um pequeno acidente e acabei me cortando com algum caco de vidro que estava sobre a pia de mármore; Alguém havia quebrado algo e não se atentou á essa pequena arma que por puro azar me escolheu como vítima.

Por mais de ser um pedaço de vidro tampouco avantajado, conseguiu fazer um corte consideravelmente grande em minha coxa direita;

Enquanto eu tentava conter meu desespero em ver aquele pouco sangue escorrendo em minha perna, vi que minha única opção seria chamar pela ajuda de Umild que estava cumprindo sua missão no cômodo vizinho organizando a pequena mesa central que estava impressionantemente bagunçada.

-Gustavo, vem aqui pelo amor de Deus.
Foram as únicas coisas que conseguiram sair da minha boca com uma voz desesperadora e angustiante pelo que eu estava diante á observar.
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>Umild on<

Eu estava realizando minhas poucas tarefas na sala quando apenas consegui escutar a voz de Bina me chamando desesperadamente, só por seu grito eu tinha certeza que coisa boa não era, então rapidamente larguei tudo onde estava e fui correndo verificar o que tinha acontecido.

-Caralho!
Foi a única reação que consegui ter, sua perna estava com um corte médio mas até que estava bem ensanguentada, eu sinceramente não sabia ao certo o que fazer mas sabia o básico, peguei ela no colo e coloquei na cadeira que se localizava no canto da sala, e fui correndo atrás do kit de primeiros socorros que Aiko havia trazido para a casa; Procurei por alguns minutos e não achei nada, então voltei rapidamente, tirei minha blusa e amarrei em sua perna na intenção de estancar o pouco fluxo de sangue que insistia em escorrer da sua coxa para sua perna inteira.
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>Sabrina on<

Porque eu tinha que ser tão azarada dessa forma, caralho! Porque tantas coisas estavam acontecendo, e pasmem, quase nada que eu pudesse classificar como excelente ou pelo menos "bom".

Minha visão estava ficando meio turva, aliás, sangue e coisas médicas sempre me deixavam fraca, eu não aguentava ver essas coisas, mas, para não assustar o pobre coitado de Umild que parecia estar meio desesperado, eu me mantinha firme e forte, apenas esboçando alguns sinais de dor, o que era normal, afinal realmente estava ardendo como fogo aquela merda.

-Pode apertar meu braço se tiver doendo muito.
Sugeriu Umild enquanto segurava sua camiseta em minha perna em uma tentativa sucedida para que o sangue parasse seu fluxo.

-Que doendo o que, sou muito macho.
Respondi tentando brincar, por mais que meu interno estivesse urrando e pedindo socorro para minha alma que parecia ter se desligado do meu corpo pelo tamanho desespero que me acobertava.
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Após um tempo o pessoal chegou na casa e rapidamente se amontoaram ao meu redor como um formigueiro; Discutindo se me levariam para o hospital, ou se estava tudo bem; Se tampouco se desesperariam ou manteriam uma calma percebidamente inexistente.

No fim a decisão foi batida como um martelo de tribunal;

Eu teria de ser levada ao hospital.
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Olá meus amores!!

Desculpem pelo pequeno sumiço, essa fase fim de ano é bem complicada e agitada, mas aqui estou eu com dois capítulos fresquinhos para vocês. 🥳

Espero que gostem, e espero que continuem lendo essa história <3
Saibam que estou escrevendo com muito carinho para vocês.
E virão muitos capítulos pela frente ;)

Aliás, FELIZ ANO NOVO!!!! Desejo tudo de bom pra vocês meus pitchulos <3

Final:1198 palavras.

𝙎𝙤𝙗𝙧𝙚 𝙖𝙦𝙪𝙚𝙡𝙖 𝙫𝙞𝙖𝙜𝙚𝙢. (Umild e S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora