Guerra fria

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-Vamo calar a boca todo mundo- Tóquio grita

-Acha que pode dar ordem?- Berlim diz extremamente bravo

-O que eu sei, é que temos a porra de um plano para ser seguido, ou o professor passou a vida fazendo um plano para nada Berlim?- Ela diz o olhando

-Vamos seguir o plano, temos mais cinco horas para o professor nós responder, se depois disso ainda estivermos sem resposta, ai sim, podemos pensar em atirar em policiais- Digo olhando para os dois, que agora permaneciam calados- Denver, fica de vigia dos reféns com o Rio, o resto pode voltar para suas posições- Assim que falo todos saem da sala, ficando apenas eu e o Berlim

-Ta começando a achar que manda nesse roubo,Viena- Ela diz pegando um copo

-Quando o lider aqui dentro parece ter merda na cabeça, alguém precisa se posicionar, e eu presumo que sou a única que não tem medo de você, e não é estourada como a Tóquio- Digo me sentando no sofá

-Vai me contar a verdade garota? Por que voltou?- Ele pergunta -Se não me falha a memória, a alguns anos você foi me visitar, disse que era a ultima vez que eu iria te ver, que me odiava e preferia que eu estuvesse morto, e não sua mãe- Ele relembra

• cinco anos atrás •

Eu tinha acadabo de completar dezoito anos e estava indo embora de casa, esperei muito por esse dia, o dia em que poderia mostrar que não sou uma criança que depende de um ladrão de merda como o Andres. Pego minhas malas e jogo dentro do meu carro, quando estou prestes a sair vejo meu pai entrando em casa pela porta dos fundos. Saio do carro e entro em casa novamente, dando de cara com ele na cozinha.

-Onde vai?- Ele pergunta lavando as mãos

-Para bem longe de você e dessa família, eu esperei anos para poder falar isso sem medo do que vai acontecer, você nunca foi e nunca vai ser um bom pai, eu te odeio, e queria que você estivesse morto no lugar da minha mãe- Digo o deixando sem palavras e finalmente saio da casa

• Hoje em dia •

-Eu sei bem tudo que disse aquela noite, e eu não voltei por você, como ja havia mencionado, ainda penso que você nunca foi um pai de verdade, mas não acho que teria sido melhor se você estivesse morto-Digo me levantando-Me arrependo de poucas coisas relacionadas a você, e a gente, então não ache que sinto um carinho de filha por você, pois eu não sinto, Berlim- Digo e saio de lá, voltando para os reféns

-Ta tudo bem lá em cima?-Denver pergunta

-Tudo ótimo- Digo sem querer muito papo

Estar aqui dentro me trás muitas lembranças, tanto boas quanto ruins, sei que um dia eu vou ter que perdoar meu pai, eu não ccomaigo viver o odiando para o resto da minha vida, mas também, não vou apressar as coisas.


Vida De Golpes- La Casa De PapelOnde histórias criam vida. Descubra agora