capítulo 2

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Verônica Lodge Point Of View

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Verônica Lodge Point Of View

Chegamos na Califórnia a alguns minutos, Betty está insuportável não cala a boca por nada só fica falando que vai alugar um apartamento sozinha. Essa idiota. Estamos esperando um táxi, e assim que ele chega vamos pra Los Angeles. Acabamos alugando um apartamento juntas, o FBI pagou tudo mesmo. O apartamento tem três quartos, cada uma pegou um e obviamente sobrou um, que foi usado como escritório por nós.

Monto um quadro negro na parede e coloco algumas fotos dos Blossom's e as notícias dos jornais no dia da morte da família. Ligo cada parte com barbantes de cores diferentes e cruzo os braços abaixo dos seios encarando o quadro negro.

- O que quer dizer cada cor do barbante?- Betty pergunta olhando pro meu quadro e senta na cadeira atrás da mesa e põe as mãos abaixo do queixo.

- Ah, são os diferentes estágios da investigação.- Falo e ela me olha.- O verde é solucionado. O amarelo em andamento. O azul é porque é bonitinho.- Ela ri baixo e olha quadro novamente.

- E o vermelho?- Betty pergunta e mordo o lábio.

- Ah...não solucionado.

- Só tem vermelho na parede.- Ela diz rindo e me olha.

Não me diga idiota.

- É, eu sei, obrigada.- Reviro os olhos e riu baixo.

Uma semana depois

Hoje era o dia em que eu iria no orfanato, e depois na mansão Blossom, ou o que sobrou dela. Betty iria me levar em ambos os locais, ela estava investigando quem entra e sai do orfanato a três dias. Até agora ela não me falou nada.

- A gente já vai?- Pergunta descendo a escada e ela concorda me olhando. Abro minha mala e tiro uma peruca loira e um óculos escuro.

- Meu Deus.- Betty diz rindo e me ajuda a por a peruca.- Você fica linda loira Verônica.

- Eu sei, e pode me chamar de Mônica.- Falo colocando o óculos e ela ri mais ainda.- Cadê seu profissionalismo?

- no meu cu.- Fala me olhando e abro a boca em choque.- Vou fazer uma identidade falsa pra você, Mônica. Me diz um sobrenome.

- Luna.- Falo e ela vai até o escritório.- Te dou 10 minutos.

Pego meu celular e fico olhando as últimas notícias. 10 minutos depois Betty desce a escada me olhando.

- Pontual.- Falo sorrindo.

- Claro. Fiz uma identidade e uma certidão de nascimento.- Ela diz me entregando uma pasta, pego e fico impressionada lendo, porém não demostro. A loirinha pega a chave do carro e sai do apartamento. Sigo ela trancando a porta por fora e vamos até o carro.

O caminho foi em silêncio, porém foi confortável. Não sei por que mas essa semana não foi tão ruim como pensei que seria, quer dizer a Betty é uma boa pessoa, só é insuportável as vezes.

Assim que chegamos no orfanato eu saio do carro com a pasta, Betty me olha e assina com a mão. Sorrio e entro no local indo direto pra diretoria.

- Bom dia, senhora?..- Uma moça pergunta me olhando.

- Mônica, Mônica Luna.- Falo e ela sorri apontando pra uma cadeira na qual me sento em seguida.

- Prazer Mônica, sou a diretora desse orfanato, pode me chamar de Heather.- Ela diz e concordo com a cabeça.- O que deseja?

- Sou assistente social.- Falo pegando meu celular e mando mensagem pra Betty fazer um documento que prove isso.- Vim aqui ver uma menina a..

- Cheryl Blossom.- Heather diz e concordo com a cabeça.- Posso ver seus documentos por favor?

- Claro.- Entrego a pasta pra ela e Betty me manda PDF com um certificado do MEC. Caralho como ela faz isso?. Pego o celular e amostro pra diretora, assim q ela ler se levanta sorrindo.

Tá sorrindo demais caralho.

- Vem comigo, por favor.- Ela diz saindo e levanta a seguindo.

Fomos até uma salinha de aula, parecia uma creche porém todas as crianças estavam comportada desenhando algo com tinta. Olho pela sala toda e vejo uma pequena ruivinha sentada em uma cadeira minúscula encostada na parede.

- Fique avontada senhora Luna, antes de sair vá até minha sala.- A diretora diz se retirando.

Peço licença a professora que estava dando aula às crianças e ela assente, entro na salinha e vou até a ruiva. Ela estava segurando um pincel mas sei olhar parecia está tão distante. Vontade de morde ela e leva pra casa, que fofa. Pego meu celular colocando pra gravar e deixo ele no meu bolso.

- Oi, tudo bem?- Pergunto baixo pra ela não se assustar e me abaixo na frente dela.

- Oi...- Cheryl diz e me olha, sorrio fraco com seu rostinho angelical.

- Como é seu nome pequena?- Pergunto mesmo sabendo a resposta.

- Chelyl Blossom i o seu?- Cheryl toca no meu óculos e riu baixo.

- Prazer Cheryl, meu nome é V-... Mônica Luna.- Falo e ela sorri.- O que você está desenhando aí?- Pergunto e ela me amostra o desenho. Era uma casinha branca com uns detalhes em vermelho. Tinham quatro pessoas na foto, franzo o cenho. Quatro pessoas...- Quem são esses?

- A mamãe, papai i o Jay-Jay i o bebê.- Ela diz e sorrio com sua fala.

Mas quem caralho é Jay-Jay??

- Quem é o Jay-Jay, pequena?

- Imãozinho do bb, ele é veio [velho] igual vucê.- Abro a boca ofendida e a ruivinha ri baixo. Que fofaaaaaa.

- Não sou tão velha assim.- Falo e ela concorda com a cabeça.- só tenho 24 anos.

- Jay-Jay tem axim o.- Cheryl me amostra as duas mãos e levanta os pés mesmo com os sapatinhos.

- 30 anos?- Pergunto meio confusa e ela nega com a cabeça.- 26?- Nega denovo.- 27?

- Xim!- Sorri batendo palma baixo.

- E onde ele está meu bem?- Pergunto a olhando.

- O bebê nawm sabi né titia.- Falo como que fosse óbvio e riu baixo.

- Pensei que o bebê sabia.- Ela nega com a cabeça e ri baixinho.- Fofura.- Meu relógio apita e suspiro.- Tenho que ir agora bebê, depois volto ok?

- pomete?- Cheryl pergunta levantando um mindinho e me derreto.

- Prometo de mindinho.- Selo meu mindinho no dela e ela sorri. Beijo sua bochecha e levanta.

Saio da sala, falo com o a diretora e vou pro carro. Desligo o gravador e olho pra Betty.

- Tem mais um integrante na família Blossom.

- Que? Quem?

- O irmão da Cheryl.

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