Capitulo 3

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                               Chica

"Ha boa" respondeu bonnie, mas serio mesmo, o Bonnie não conscegue disfarçar que é um maconheiro. Ele falando parece aqueles computadores antigos lentos, sempre com um olhar cansado, suas reações sempre atrasadas, e também não sei se é porque ele é um coelho mas os olhos dele quase sempre estão vermelhos.

Lembrei das batatas no óleo e voltei pra cozinha, enquanto ouvia as piadinhas sem graça do Freddy de canto. Eu sei que sou esfomeada, seria bom se as pessoas só parassem de querer me lembrar disso. Eu tento ser diferente, eu tô tentando me controlar, mas parece que ninguém percebe ou nem leva a serio. Eu só como uma porção pequena a cada três pratos, melhor do que mês passado que era a cada dois pratos. Alguns médicos que eu consultei dizem que isso é uma questão psicológica, eu aprendi que comer me acalma, talvez quando meu cachorro morreu quando eu era criança... minha vó sempre fazia comida porque me acalmava, e foi assim que eu aprendi a fugir dos meus problemas, mas isso nao faz sentido algum, eu so fico com fome quando estou triste, não tem nada de anormal nisso, não tem porque as pessoas tratarem como se fosse.

Depois de tudo isso passar na minha cabeça com apenas uma piadinha do Freddy, minha barriga parecia vazia. Eu peguei o prato das batatas e comi as que já estavam prontas.

"CHICA!" ouvi Freddy me chamar e entrar na cozinha desesperadamente. "Para com isso! As batatas tão em falta."

"Eu tô com o óleo cheio de batata, se acalma."

Bonnie segurou o braço de Freddy com força e olhou para o fundo dos olhos dele como se quisesse alguma coisa do Freddy. "Desculpa Chica" disse Freddy "Se você ouviu"

Suspirei "Tudo bem Freddy, você falou brincando." Mesmo que me ofendeu, Freddy é meu amigo, não foi a intenção dele, até por que ja ouvi muita gente falar muito pior.

"So tenha mais cuidado, essa pizzaria é do meu pai, mas pelo menos eu não conto" Ele sorriu pra mim e eu sorri de volta, eu só tenho a agradecer a ele. Conheci ele trabalhando aqui, e normalmente os outros funcionários não tem dificuldade nenhuma de dedurar meu transtorno para o patrão, mas o Freddy... ele entendeu meu problema, e prometeu não contar pro pai. E assim viramos amigos, e até entrei na banda dele. "Bonnie, ajuda a Chica ai por favor"

"Claro" não consegui segurar meu sorriso.

"Não precisa Bonnie"

"Precisa sim amiga" ele falou enquanto pegava o saco das batatas congeladas. Ele ficou mais ou menos meia hora pra me ajudar a recuperar o prato.

Era meia noite já, uma segunda feira normal, trabalhando que nem loca para  um salário mínimo. Mas as coisas irão mudar, eu sei que vão. Eu sou sempre a ultima a sair da pizzaria, então eu fico com a chave para trancar. Terminei de ajeitar algumas cadeiras, Freddy saiu quase que imediatamente quando chegou a hora de ser dispensado para levar o Bonnie pra casa deles, eles sao fofos, melhores amigos a 5 anos, conheci o Freddy só a 2 anos atrás, então não me importo com a conexão mais forte que os dois tenha, e aparentemente o Foxy também não, Foxy gosta bastante de ficar sozinho.

Fechei o cadeado da porta da entrada e vesti meu casaco, indo até meu carro eu ouço alguns movimentos na moita, eu ignoro, deve ser o vento ou algum animalzinho. Abri o carro mas o barulho começou a ficar mais agressivo, e assim minha atenção foi chamada, virei o rosto e simplesmente não parecia como um simples animal. Fiquei parada encarando a moita no escuro tentando ver se em algum momento eu conseguiria indentificar oque estava causando aquilo. Uma luz acendeu, e minha curiosidade não pode aguentar. Fui lentamente até a moita para não assustar o ser brilhante. Eu-.... ele é lindo...

Cheguei em casa com o bicho enrolado no meu casaco. Tranquei a porta e fechei as cortinas, deixando o lugar escuro. Botei ele em cima da mesa e tirei o casaco cobrindo ele, era um pequeno cupcake rosa com dois olhos e uma velinha acesa na cabeça. "Qual o seu nome pequeno?" Ele apenas me encarava como se fosse um bebê. "Você não tem nome pequenino? Que taaaaal.... Carl? Não.. nome sem criatividade e nem tem sentido um cupcake se chamar assim." Olhava atentamente para ele tentando sentir alguma conexão com ele e descifrar um nome. "Senhor..... Cupcake? Meh, menos criatividade ainda, mas pelo menos combina com vc" sorri para ele, ele era quase do tamanho da minha mão. Mas ele não parecia ser um cupcake de verdade que simplesmente ganhou vida, ele parece que era um robô, por mais realista que parecesse.

Eu estava me apoiando na cadeira abaixada para poder ver ele de bem pertinho. Mas acabo derrubando a cadeira, quando ela cai faz um estouro que até eu me assusto. Mas o cupcake pula de susto, literalmente. "Uaaaauu, você sabe pular? FAZ DENOVO!" A feição dele parecia surpreso com o meu intusiasmo, mas ele faz como pedido. "MEEEEUUU DEEEEEEUSSS!! VOCÊ É MUITO FOFO!!!" Segurei ele e abracei com força, estaria sufocando ele se ele respirasse. Reparei algumas palavras em baixo dele. *mecânicas henry* "Foi ai que você foi criado? Aonde fica isso bebê?" Sorri para ele enquanto ele fazia que sim com seu corpinho. "Aonde fica isso?" Foi mais uma pergunta retórico, não esperava ele ter uma resposta, ele fechou os olhos e se inclinou para baixo e começou a pular como se estivesse dançando. "É mímica?" Ele continuou "Chorando e ficou feliz?" Ele fez que não, e repetiu o movimento. "Nossa, difícil. É....... o primeiro e chorando ne?" Ele fez que sim. "O segundo você tá... dançando?" Ele fez que sim. "Chorando e dançando? Ao mesmo tempo?" Ele fez que sim. Essa situação so ficou estranha rápido, quer dizer, não que ter um cupcake vivo na minha mesa tenha sido um situação normal, só não tenho a minima ideia do que isso poderia significar.

Quatro dias depois os meninos decidiram se encontrar pra conversar em um café, nos estávamos na frente da casa do Foxy esperando ele terminar de se arrumar.

"Vamo Foxy, mais rápido ai!" gritou Freddy para a janela. Sempre que vamos nos encontrar usamos apenas uma carona, já que o Freddy é o mais velho, é ele quem dirige. E é sempre o Foxy quem mais demora. "Fooooxyyyy!"

"Espera aí" a voz de Foxy saiu de dentro da casa, irônico como aquele dia do ensaio era ele quem estava se pagando de impaciente. Ouvimos de repente um grito de dentro da casa, era do Foxy.

"Foxy?! Ta tudo bem ai?!" Um silencio constante....

Somos apenas nós. (Freddy x Bonnie)Onde histórias criam vida. Descubra agora