Forço um pedaço de ovo frito pela a boca, uma grande bola se formava na boca de meu estômago me desestimulando a comer, seguir os instintos no luto é tolice pois se assim fosse, já teria parado no hospital por infecção por não ir ao banheiro ou morrer por inanição.
Escuto a porta batendo, queria que minha mãe fosse tão racional quanto eu, ela jurou pegar o Kira pois tinha pistas, pistas essas que se recusava a partilhar comigo, não que eu quisesse em primeiro lugar.
A maneira que ela achou para superar o luto foi se afogar em investigação para levar Kira à justiça e no entanto, mesmo com os meus protestos, ela iria se encontrar com L.
Engulo o último pedaço do ovo e subo para o quarto novamente, tomo um banho e ajeito a cama, me sento e começo a ver TV, não conseguia dormir, toda vez que fechava os olhos eu queria abri-los para saber se haveria alguma chance de voltar no tempo e evitar a morte de meu pai, como uma típica história isekai.
Provavelmente vou reprovar na escola, vou as aulas mas sequer ponho um esforço para fazer o dever, ou as provas, ou qualquer coisa do tipo.
Meu celular vibra e então vejo uma mensagem de minha mãe.
Asayo, estou quase chegando no departamento de polícia, não volto tarde, se sentir fome deixei algum dinheiro na mesa.
Respiro fundo e então volto assistir TV, horas e mais horas se passam, essas horas eu refleti, quando tudo ir passar vou voltar para os EUA com minha mãe, ficar longe da zona de perigo.
Mais e mais horas se passam e então percebo que a cada minuto, ela demora mais para voltar, ligo para o seu celular mas ela não atende.
Ignoro e passo a noite inteira na TV, talvez houve um imprevisto e ela está trabalhando demais, ao ver o dia amanhecendo, me arrumo e vou para a aula.
O caminho parecia o mesmo, nada mudava, mas a cada dia eu ia me recuperando, papai não iria querer me ver triste para sempre, coloco um sorriso nos lábios e tento ir para a aula o mais otimista possível.
Bom, isso durou apenas ao voltar para casa e não ver minha mãe, liguei para a polícia e para meus avós, eles estavam velhos então tivemos que levar minha avó para o hospital por sua queda de pressão.
Até que deram minha mãe como morta, ela saiu para se suicidar e não deu algum alerta para me preocupar antes que acontecesse, foi isso que sua mensagem no meu celular dizia.
Minha vista escureceu e caí de joelhos aos prantos, por que tudo isso acontecia comigo? Era algum castigo? O que eu fiz para tudo isso acontecer comigo tão de repente!!
Isso foi o que se passou pela a cabeça de Asayo por dois dias inteiros, seus avós arrumaram as coisas para o funeral, seu coração estava partido.
Yagami sabia disso, ele não ousaria deixar essa oportunidade passar, ele se direcionou a casa de Asayo depois de dias de sumiço, ele tocou a campainha mas nada acontecia, ele tocou novamente e obteve a mesma resposta.
Ele havia olhado no computador pelas as câmeras, Asayo estava em casa, no quarto, por que não atendia.
Ele ligou porém ela não atendeu, apenas girou a maçaneta e logo se deu a visão da casa, estava bagunçada porém limpa, estranhamente limpa, como se ninguém estivesse passado por lá a dias.
Por um momento sua cabeça deu um estalo, ele entrou e foi em direção ao quarto de Asayo, sua desculpa seria "fiquei preocupado que tivesse feito algo a si mesma!" ela não ficaria com raiva dele.
Enquanto subia as escadas ele pensava mais, ela não o conhecia bem mas em poucos dias ele a conhecia melhor do que conhecia a si mesmo, a cada dia se convencia mais que no novo mundo, ela deveria fazer parte ao lado dele.
Seus pensamentos são cortados quando ele a vê enrolada na cama, o quarto estava com um cheiro esquisito o deixando confuso, ele não a tinha observado com frequência pois estava garantindo que criminosos morressem em qualquer hipótese.
- Asayo? Está tudo bem? - 5 minutos se passam mas assim como quando tocou a campainha, não obteve resposta alguma.
Ele tirou uma parte da coberta, ela estava acordada mas não lúcida, seus olhos estavam vermelhos e inchados e sua pele quente, quente de febre, ele pega um enveite pesado de seu quarto e o joga no chão, algum tempo depois ele liga para a ambulância que demora cerca de meia hora para chegar, meia hora que ele ficará parado a observando, quando os paramédicos chegaram, ele contou as recentes mortes da família da mesma e que ouviu um barulho de algo grande caindo e teve que entrar...
Ao menos a porta já estava aberta, como ele iria explicar que tinha uma cópia da chave..
『••✎••』
Meus olhos se abrem com dificuldade, a luz estava mirada em meu rosto, tento me levantar mas sou empedida por uma mão conhecida, viro o rosto e me deparo com Yagami.
- Você acordou, pensei que demoraria mais, esta sentindo alguma dor? - Sua voz mostrava uma genuína preocupação, mas não conseguia me concentrar na realidade.
- Desculpe, por ter te feito passar por perrengue.
- Não peça desculpas, não foi culpa sua, trate de ficar melhor logo - Ele segura minha mão.
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DIANA
FanficAsayo Penber era uma garota normal, simples e sem sal, mas mesmo assim chamou atenção de Light Yagami até porque, todos os Deuses tem seus anjos. Nessa trama policial e mórbida, Yagami desenvolve uma nova obsessão que agora são, Asayo e ao caderno. ...