Que porra. Já estamos nas férias e eu ainda vou ter que ver a cara dele?
Desde que eu aceitei que gostava dele, eu desejava não vê-lo nunca mais. Mas, pelo que parece, o universo não quer isso.
Merda.
— sejam bem-vindos. Agradeço por terem vindo. – Saito.
Quem tava lá também era a mãe do Bakugou e seu pai. Como ela chama essas pessoas sem me avisar? Eu nem to tão bonita assim pra receber o Bakugou e...
Pera, por que caralhos eu to me preocupando se estou bonita ou não?Merda, odeio esses sentimentos.
— ah, Saito, essa é sua filha? – ???
Uma mulher parecida com o Bakugou se aproxima. É a sua mãe.
— sim! Querida, quero te apresentar a família Bakugou. – Saito. Chega perto de mim e segura em meu ombro. — essa é a Mitsuki Bakugou, mãe do Katsuki.
— é um prazer. – Mitsuki. Sorri.
— é um prazer. – S/n. Eu tava meia tímida?
Merda, são sentimentos tão diferentes.
— é um prazer querida. Eu sou Masaru Bakugou. O pei desse garotão aqui. – Masaru.
Vejo Bakugou bufar.
— é um prazer, senhor. – S/n.
— você ja deve conhecer meu filho, Katsuki Bakugou. Espero que sejam amigos. – Mitsuki.
— a claro, nos conhecemos na U.A. – S/n.
— são amigos? – Masaru.
Olho pro Bakugou na mesma hora.
O garoto tava sério e me olhava, esperando que eu desse a resposta.Por que tudo fica pra mim?
— ah! Não, so conhecidos de sala. – S/n.
— ah, poxa. Queria que os dois fossem amigos. Inclusive, você é muito linda, S/n. Puxou a beleza da mãe. – Mitsuki.
Munha mãe sorri grande. Ela ama ser elogiada.
— sério? Sempre me disseram que ela era a cara do pai. – Saito.
O sorriso que tava no meu rosto desapareceu no mesmo estante que ela disse isso.
Eu? Parecida com o meu pai?
Nem fudendo.Se fosse outra pessoa falando isso, eu ja teria gritado e o ameaçado. Mas é a minha mãe, eu não posso fazer nada.
— ela não tem nada a ver com o pai. – Bakugou. Cruza os braços.
Ele... Percebeu?
— ah, Saito. Ainda tem coisas pra fazer? Eu posso ajudar. – Mitsuki.
— eu to com o bolo no forno. Quer me ajudar a fazer a cobertura? – Saito.
— claro. E deixe os pratos para mim. – Mitsuki.
— não precisa, você é visita. Deixe isso com a S/n. – Saito.
Já faço cara de tédio.
— claro que não. Ela vai ta ocupada. – olha pra mim. — os dois ai. – chama a minha atenção e a do Bakugou. — fiquem juntos. Vai ser ótimo pra vocês dois serem amigos! – Mitsuki.
— eu ia amar isso. – Saito.
— seria ótimo. – Masaru.
Eu tava parada ao lado do Bakugou, enquanto olhava os adultos. Os três nos olhavam com um sorriso no rosto.
É um pecado mentir pra eles?
Se eles soubessem o que eu e o Bakugou fazemos no off...— o que acha, filha? – Saito.
— eu... – S/n.
— claro, vamos tentar. – Bakugou.
Aquela resposta dele me fez arregalar os olhos. Esse é mesmo o Katsuki Bakugou?
Se fosse antes, ele teria gritado e dito que isso nunca iria acontecer.O que ta acontecendo?
— ótimo! S/n, leve ele pro seu quarto. Quando aqui ficar pronto, vou chamar vocês. – Saito.
— meu quarto? – S/n.
Eu e ele sozinhos? Sério?
— sim, querida. Privacidade aos dois. Se conheçam um pouco. – Mitsuki.
— Bakugou, você toca, né? – Saito.
— bateria. – Bakugou.
— a S/n é ótima na guitarra. Eu até a presenteei ela com uma. Vão la, ela pode te ensinar. Ela tem duas guitarras mesmo. – Saito.
— duas? – Bakugou.
— sim, uma que o Da... – Saito. Ela ia falar aquele nome, mas eu falo por cima.
— é, duas. Vem, vou te mostrar. – S/n. Seguro em seu braço e o puxo.
— juízo! – Masaru.
Puxei Bakugou pelo braço até meu quarto, e, assim que chegamos, fechei a porta rápido. Respirando fundo, me aliviei.
Não queria lembrar de quem era a minha guitarra favorita. Assim, eu fico desanimada de tocar.